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Anomalia de Axenfeld-Rieger e distrofia corneana endotelial: uma série de casos

Relato dos resultados do estudo de uma família com distrofia corneana endotelial associada a uma disgenesia do segmento anterior, a anomalia de Axenfeld-Rieger. Paciente de 56 anos, feminina, queixava-se de visão borrada. O exame na lâmpada de fenda evidenciou embriotoxo posterior bilateral e guttata no centro da córnea, edema estromal e dobras na membrana de Descemet, caracterizando distrofia endothelial de Fuchs. A filha de 27 anos estava assintomática. A biomicroscopia revelou embriotoxo posterior nasal e temporal bilateral e guttata central. A gonioscopia evidenciou processos iridocorneanos até a linha de Schwalbe, que se encontrava anteriorizada e proeminente. A pressão intra-ocular estava normal. Não foram observadas alterações sistêmicas. Sua irmã, 25 anos, sexo feminino, apresentava alterações muito similares, assim como seu irmão (22 anos). Outra irmã de 19 anos apresentava alterações do ângulo iridocorneano, porém sem distrofia de Fuchs, até o presente. Este trabalho relata os resultados de estudo de uma família com córnea guttata central ou distrofia de Fuchs associada à anomalia de Axenfeld-Rieger. Duas doenças hereditárias com expressão simultânea em toda a família sugerem uma etiologia molecular e genética única, com alta penetrância.

Anormalidades do olho; Distrofia endotelial de Fuchs; Segmento anterior do olho; Córnea; Síndrome; Relatos de casos


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