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Exenteração orbitária: série de casos

RESUMO

Objetivo:

Descrever os casos de exenteração orbitária de um hospital terciário brasileiro.

Métodos:

Estudo retrospectivo, envolvendo pacientes submetidos à exenteração orbitária no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, entre os anos de 1993 a 2016. As cirurgias foram realizadas sob anestesia geral, por equipe multidisciplinar composta por oftalmologistas, otorrinolaringologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço.

Resultados:

Foram estudados 14 casos de exenteração orbitária, com média de idade de 63,36 ± 13,18 anos e nove homens (64,3%). Todas cirurgias foram realizadas para tratamento de tumores malignos, sendo mais frequente o carcinoma espinocelular (7 casos - 50,0%). Os sítios primários mais frequentes foram as pálpebras (50,0%), seguida pela conjuntiva (28,6%). A maioria das cirurgias foram do tipo exenteração estendida (57,1%), com cicatrização por granulação espontânea (64,3%). A sobrevida em 1 ano foi de 78,6% e em 5 anos de 71,4%.

Conclusão:

O carcinoma espinocelular foi a principal causa de indicação de exenteração orbitaria, sendo as pálpebras o sítio primário mais frequente. O procedimento mais realizado foi a exenteração estendida, com a grande maioria alcançando margens livres.

Descritores:
Exenteração orbitária; Neoplasias orbitárias; Carcinoma espinocelular; Frequência de ocorrência

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