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Olho seco em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Resumo

Objetivos:

Estudar a associação do olho seco com a atividade do lúpus eritematoso sistêmico (LES) e seus danos cumulativos. Verificar se o perfil epidemiológico, de tratamento e de auto anticorpos de pacientes com LES influencia a presença de olho seco.

Métodos:

Foram estudados 70 pacientes com LES para a presença de olho seco pelo teste de Schirmer, atividade da doença por SLEDAI (SLE Disease Activity Index) e dano cumulativo por SLICC/ACR DI (Clínicas Colaborativas Internacionais de Lúpus Eritematoso Sistêmico/American College of Rheumatology Damage Index). Os pacientes também foram submetidos ao questionário OSDI (índice de doenças da superfície ocular). Os dados epidemiológicos e de tratamento e o perfil de auto anticorpos foram extraídos dos prontuários.

Resultados:

Olho seco pelo teste de Schirmer esteve presente em 51,4% da amostra. Nenhuma associação da presença de olho seco com SLEDAI e SLICC/ACR DI foi encontrada (p = ns). Os sintomas subjetivos do olho seco medidos por OSDI mostraram uma correlação modesta com SLEDAI (Rho de Spearman = 0,32) . O perfil do tratamento não influenciou na presença de olho seco que era mais comum em uns pacientes mais idosos (p < 0, 1). Anti dsDNA teve uma associação negativa com a presença de teste positivo de Schirmer (p = 0, 8).

Conclusões:

Olho seco detectado pelo teste de Schirmer em pacientes com LES não tem associação com atividade da doença nem dano cumulativo. Anti dsDNA parece ter um efeito protetor neste contexto.

Descritores:
Lupus eritematoso sistêmico; Síndrome do olho seco; Autoanticorpos

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