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Zona de segurança no acesso posterossuperior do ombro: estudo em cadáver Trabalho desenvolvido no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Grupo de Ombro e Cotovelo, São Paulo, SP, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Os autores fizeram o acesso posterossuperior do ombro usado no tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular, a partir da dissecção de 20 ombros de 10 cadáveres adultos recém-resfriados, e analisaram as distâncias da via às estruturas neurovasculares próximas.

MÉTODOS:

Introduziu-se um fio de Kirschner no topo da base do processo coracoide pelo acesso posterossuperior do ombro, na área de origem dos ligamentos conoide e trapezoide, para reproduzir o trajeto da inserção de duas âncoras para reconstrução anatômica dos ligamentos coracoclaviculares. Mediu-se a menor distância do ponto de inserção do fio de Kirschner ao nervo e à artéria/veia supraescapular.

RESULTADOS:

A média da distância do nervo supraescapular até a origem dos ligamentos coracoclaviculares no topo da base do processo coracoide foi de 18,10 mm (13,77 a 22,80) no ombro direito e 18,19 mm (12,59 a 23,75) no ombro esquerdo. A média da distância da artéria/veia supraescapular até a origem dos ligamentos coracoclaviculares foi de 13,10 mm (09,28 a 15,44) no ombro direito e 14,11 mm (08,83 a 18,89) no ombro esquerdo. Não houve diferença estatística comparativa entre os lados contralaterais.

CONCLUSÃO:

A via de acesso posterossuperior do ombro para reconstrução anatômica dos ligamentos coracoclaviculares no tratamento das luxações acromioclaviculares deve ser feita com respeito ao limite de 08,83 mm medialmente.

Palavras-chave:
Ombro/anatomia e histologia; Ombro/inervação; Articulação acromioclavicular/cirurgia; Procedimentos cirúrgicos operatórios

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