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Análise do emprego do parafuso antirrotacional nos dispositivos cefalomedulares nas fraturas do fêmur proximal Trabalho realizado no Grupo do Quadril, Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, SP, Brasil.

Objetivo:

analisar a influência do dispositivo antirrotacional no posicionamento do parafuso deslizante das hastes cefalomedulares usadas no tratamento das fraturas transtrocanterianas.

Métodos:

estudo prospectivo de série de casos composta por 58 pacientes com diagnóstico de fraturas transtrocanterianas instáveis submetidos à osteossíntese com haste cefalomedular dotada de dispositivo antirrotacional. A casuística foi avaliada quanto a sexo, idade e classificação da fratura. Os parâmetros radiográficos avaliados no pós-operatório imediato foram: ângulo de redução, limites anatômicos, distância "ponta-ápice" (TAD), deslocamento do parafuso deslizante em relação ao eixo central do colo femoral e posicionamento do dispositivo antirrotacional.

Resultados:

houve preponderância do sexo feminino, com maioria na oitava e nona décadas de vida. Foram classificados como Tronzo III 33 pacientes (56,9%), seis como Tronzo IV (10,4%) e 19 como Tronzo V (19,8%). O ângulo de redução médio no sexo feminino foi 130,5º e 129,4º no masculino. O diâmetro médio do colo e da cabeça variou com significância estatística entre homens e mulheres. O TAD médio foi de 19,7 mm no sexo feminino e 21,6 mm no masculino. Em 10 pacientes (17,85%) o TAD foi superior a 25 mm. Em 19 pacientes (33,9%) a colocação do parafuso deslizante poderia ocorrer no eixo central do colo. O deslocamento médio do implante para não violação da cortical superior do colo foi de 4,06mm do eixo central.

Conclusão:

no implante estudado, dotado de dispositivo antirrotacional, o posicionamento do parafuso deslizante no eixo central do colo está condicionado a diâmetro mínimo de 34 mm do colo femoral.

Fraturas do quadril; Fixação interna de fraturas; Pinos ortopédicos


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