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Artroplastia de ulna distal no manejo dos pacientes com distúrbios pós-traumáticos da articulação radioulnar distal: mensuração da qualidade de vida Trabalho feito no Setor de Mão, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Mensurar a qualidade de vida e os resultados clínico-funcionais dos pacientes com diagnóstico de osteoartrose da radioulnar distal submetidos ao tratamento cirúrgico pela técnica de artroplastia total da ulna com a prótese total ou parcial Ascension(r)da ulna distal.

MÉTODOS:

Foram avaliados 10 pacientes com 12 meses de seguimento de artroplastia total ou parcial de ulna distal. Todos apresentavam osteoartrose pós-traumática e ou instabilidade crônica e sintomática da articulação radioulnar distal. O estudo foi prospectivo. Sete pacientes tinham procedimentos prévios no punho (2-darrach, 3-Sauvé-kapandji, 2-reconstruções ligamentares do complexo da fibrocartilagem) e três apresentaram fraturas da ulna distal que evoluíram com dor, instabilidade e osteoartrose da radioulnar distal. Foram analisados a qualidade de vida (DASH), a porcentagem do grau de força de preensão palmar (kgf) e o arco de movimento de pronossupinação em relação ao lado não afetado, a dor (VAS), o retorno ao trabalho e a avaliação subjetiva da radiografia e das complicações.

RESULTADOS:

Os pacientes apresentaram, em média, o arco de movimento de 174,5oe o lado normal 180o. A qualidade de vida foi analisada pela aplicação do questionário DASH e o valor médio encontrado foi 5,9. A avaliação da dor, com o uso da escala VAS, foi de 2,3, em média. O grau de força de preensão palmar (kgf) foi de 50,7, em média, o que representa 90,7% da força do lado não acometido. A taxa de complicações foi de 10%. Esse paciente apresentou discreta instabilidade dorsal da ulna, dor persistente e não retornou ao trabalho. Esse paciente segue no ambulatório e no setor de terapia ocupacional, com pouca melhoria. Não deseja fazer novo procedimento. O tempo de seguimento, em média, foi de 16,8 meses, com mínimo de 10 e máximo de 36 meses.

CONCLUSÃO:

Esse conceito está a teste do tempo. A implantação de uma prótese é uma adição muito interessante ao arsenal cirúrgico para aqueles que são especializados em cirurgia da mão. A artroplastia de ulna distal é um método seguro, eficaz, com melhoria clínico-funcional e da qualidade de vida dos pacientes e apresenta baixo índice de complicações

Palavras-chave:
Fraturas do rádio; Fraturas da ulna; Prótese articular

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