Resumo
Objetivo
O objetivo deste estudo é determinar se lesões prévias de ombro e joelho estavam associadas ao índice de fadiga isocinética e razão agonista/antagonista dos rotadores internos/externos do ombro e flexores/extensores do joelho em jogadores de voleibol.
Métodos
Esta é uma investigação transversal com 49 jogadores de voleibol de elite que competem em alto nível no Brasil. O índice de fadiga isocinética e os perfis de agonistas/antagonistas foram avaliados durante a pré-temporada. Além disso, para registro de lesões anteriores, os atletas responderam a um questionário padronizado. Conduzimos uma análise da curva de característica de operação do receptor (receiver operating characteristic, ROC) para determinar a força de associação e o ponto de corte clinicamente relevante de variáveis com significância estatística na área sob a curva (AUC) (α = 0,05). Um teste t independente comparou as variáveis isocinéticas entre atletas com e sem lesão prévia (α = 0,05).
Resultados
Os resultados da análise da curva ROC indicam que os valores do índice de fadiga dos isquiotibiais a 300o/s foram associados à presença de lesão prévia no joelho (área soba a curva [AUC] = 73%, p= 0,004), enquanto os valores do índice de fadiga dos rotadores externos do ombro a 360°/s não foram associados à presença de lesão prévia no ombro (AUC = 68%, p= 0.053).
Conclusões
Atletas de voleibol de elite que relataram lesões anteriores no joelho estavam propensos a um índice de fadiga maior do que aqueles que não relataram lesões. O treinamento de resistência de flexores do joelho pode ser útil para atletas com relatos de lesões no joelho na temporada anterior.
Palavras-chave
força muscular; lesões do ombro; traumatismos do joelho; voleibol