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Corredor de segurança sacro-ilíaco: análise para inserção segura de parafusos íliossacrais

OBJETIVO:

Lesões pélvicas posteriores, especialmente da articulação sacro-ilíaca, têm alta mortalidade e morbidade. Fixação definitiva é necessária para estabilização, parafusos percutâneos são uma opção no sacro. Estruturas nobres próximas à região trazem riscos à fixação. Assim, é importante conhecer a anatomia tridimensional da região posterior da pelve. Desvios da mão do cirurgião da ordem de 4º podem direcionar os parafusos àquelas estruturas; dismorfismos do sacro superior e redução ruim da lesão podem contribuir para mau posicionamento dos parafusos. Este estudo objetiva avaliar as dimensões do corredor de segurança para inserção segura de parafuso iliossacral e relações com sexo e idade dos pacientes.

MÉTODOS:

Selecionadas randomicamente 100 tomografias computadorizadas de pelve de pacientes sem doenças pélvicas, atendidos em hospital terciário de ensino. Feitas medições por computador, calculada por dois métodos a área mais segura para inserção de parafusos, resultado expresso em mm (não em graus), para ser mais uma referência cirúrgica.

RESULTADOS:

Houve diferença significativa no tamanho da vértebra sacral analisada, que tem volume maior em homens do que em mulheres. Não houve significância estatística entre tamanho vertebral e idade. Encontrou-se pelos dois métodos área segura para inserção de parafusos. Conclusões: A idade não influencia o tamanho do corredor. O cirurgião tem um corredor de segurança considerado menor ao inserir parafusos em uma pelve feminina do que masculina. Porém, como foi considerada para estatística a menor vértebra encontrada (feminina), concluiu-se que esse corredor é de 20 mm em qualquer direção, a tomar-se como referência o centro vertebral.

Fixação de fratura; Fixação interna de fraturas; Ílio; Ossos pélvicos; Parafusos ósseos; Sacro


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