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Avaliação clínica de pacientes submetidos à distração osteogênica no membro inferior em hospital universitário Trabalho desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Avaliar as características clínicas dos pacientes submetidos à distração osteogênica por falha óssea em hospital universitário.

MÉTODOS:

Estudo transversal, retrospectivo, com amostra de conveniência, de 2000 a 2012, das características clínicas de pacientes tratados e submetidos à distração osteogênica (transporte ósseo) com uso de fixador externo circular tipo Ilizarov. Foram usados os testes de qui-quadrado, exato de Fisher e U de Mann-Whitney, com nível de significância de 5% (p < 0,05).

RESULTADOS:

Foram 33 casos, 28 homens (84,8%). A idade mais frequente foi entre 21 e 40 anos. A maioria dos pacientes (57,6%) era da região metropolitana. O segmento mais afetado foi a perna (75,8%) e o lado foi o esquerdo (66,7%). A causa mais frequente foi a pseudoartrose infectada (75,8%). O tipo de transporte ósseo feito foi principalmente o bifocal (75,8% dos casos). A média de procedimentos prévios em outra instituição foi de 2,62 cirurgias (desvio padrão de 1,93) e a dos feitos após o início do tratamento foi de 1,89 cirurgia (desvio padrão de 1,29). O tempo de uso de fixador externo foi de 1,94 ano (desvio padrão de 1,34), com mínimo de um ano e máximo de seis. As quatro complicações mais encontradas foram infecção de base de pinos (57,6% dos casos), equino (30,3%), infecção profunda (24,2%) e encurtamento (21,2%).

CONCLUSÃO:

A necessidade de distração osteogênica por falhas ósseas foi mais frequente em adultos jovens, homens, na perna, com transporte bifocal, após múltiplas cirurgias prévias, com média de aproximadamente dois anos de tratamento e com várias complicações (as infecções foram as principais).

Palavras-chave:
Pseudoartrose; Osteogênese por distração; Técnica de Ilizarov

ABSTRACT

OBJECTIVE:

To evaluate the clinical characteristics from patients submitted to osteogenic distraction to correct bone gap at a university hospital.

METHODS:

Retrospective transversal study, with a convenience sample, from 2000 to 2012, evaluating clinical aspects of patients treated, submitted to osteogenic distraction (bone transport) with Ilizarov's external fixation device. The chi-squared, Fisher's, and Mann-Whitney's U tests were used with a 5% level of significance (p < 0.05).

RESULTS:

33 patients were studied, of whom 28 men (84.8%). The more frequent age was from 21 to 40 years. Most patients were from the metropolitan region of the capital (57.6%). The leg was the most affected limb (75.8%), and the left side was the most affected (66.7%). The most common cause was infected pseudoarthrosis (75.8%). The most common bone transportation type was bifocal (75.8%). Mean previous surgery at others institutions were 2.62 (1.93 standard deviation), and mean surgeries after treatment were 1.89 (1.29 standard deviation). Ilizarov's external fixation device was used for 1.94 years (1.34 mean deviation), from one to six years. The most common complications were pin infection (57.6%), equinus (30.3%), deep infection (24.2%), and shortening (21.2%).

CONCLUSION:

Osteogenic distraction for bone gaps were more frequent in young adults, men, in the leg, with bifocal transportation, after several previous surgeries, treated for a mean of two years, with many complications (infections were the most common).

Keywords:
Pseudoarthrosis; Osteogenesis, distraction; Ilizarov technique

Introdução

Traumatismos do esqueleto apendicular por alta energia apresentam elevada prevalência de lesões ósseas graves, que podem complicar para retardo de consolidação, pseudoartrose, infecção, consolidação viciosa ou falha óssea. O desafio constituído pelo tratamento das perdas ósseas tem instigado pesquisadores na busca de soluções adequadas para os diferentes tipos de lesão.11. Rodrigues FL, Mercadante MT. Tratamento da falha óssea parcial pelo transporte ósseo parietal. Acta Ortop Bras. 2005;13(1):9-12.

Entre as principais técnicas usadas para reconstrução de perda óssea diafisária encontram-se o uso de enxerto ósseo tradicional, a tibialização da fíbula, a transposição de osso vascularizado e o transporte ósseo (distração osteogênica).22. Rigal S, Merloz P, Le Nen D, Mathevon H, Masquelet AC. Bone transport techniques in posttraumatic bone defects. Orthop Traumatol Surg Res. 2012;98(1):103-8. Essa última é dividida em: 1) encurtamento isolado; 2) encurtamento seguido de alongamento imediato por distração no foco de pseudoartrose após curto período de compressão; 3) encurtamento seguido de alongamento longe do foco de pseudoartrose por meio de corticotomia; 4) transporte ósseo segmentar vertical e progressivo após corticotomia.

Os primeiros relatos descritos de alongamento de membros foram feitos por Codvilla,33. Codivilla A. The classic: on the means of lengthening, in the lower limbs, themuscles and tissues which are shortened through deformity. Clin Orthop Relat Res. 2008;466(12):2903-9. em 1905, e o uso de fixador externo para produzir alongamento ósseo teve início em 1913, com Ombredanne.44. Ombredanne L. Allongement d'un femur sur unmembre trop court. Bull Mem Soc Chir Paris. 1913;39:1177-80. Entretanto, essa técnica não ganhou ampla aceitação até Ilizarov identificar os fatores mecânicos e fisiológicos que regem a regeneração óssea durante a distração osteogênica. Ilizarov e Ledyaev,55. Ilizarov GA, Ledyaev VI. The replacement of long tubular bone defects by lengthening distraction osteotomy of one of the fragments. Clin Orthop Relat Res. 1992;(280):7-10. em 1969, conseguiam preencher a falha óssea e alongar o membro após o desbridamento do osso infectado e, ao mesmo tempo, corrigir as deformidades. Seu método era revolucionário para os padrões de tratamentos ortopédicos da época.11. Rodrigues FL, Mercadante MT. Tratamento da falha óssea parcial pelo transporte ósseo parietal. Acta Ortop Bras. 2005;13(1):9-12.,66. Sailhan F. Bone lengthening (distraction osteogenesis): a literature review. Osteoporos Int. 2011;22(6):2011-5.and77. Tuffi GJ, Bongiovanni JC, Mestriner LA. Tratamento das pseudartroses infectadas da tíbia com falhas ósseas pelo método de Ilizarov, utilizando o transporte ósseo. Rev Bras Ortop. 2001;36(8):292-300.

Ilizarov preconiza essa técnica para corrigir os defeitos ósseos secundários a anomalias congênitas, ressecções tumorais, perda óssea traumática ou como consequência do desbridamento em osteomielites com tecido ósseo inviável.88. Picado CHF, Paccola CAJ, Andrade Filho EF. Correção da falha óssea femoral e tibial pelo método do transporte ósseo de Ilizarov. Acta Ortop Bras. 2000;8(4):178-91.and99. Ilizarov GA. Clinival application of the tension- stress effect for limb lengthening. Clin Orthop Relat Res. 1990;(250):8-26.

O objetivo deste trabalho é avaliar as características clínicas dos pacientes submetidos à distração osteogênica por falha óssea em um hospital universitário.

Metodologia

Estudo transversal, retrospectivo, amostra de conveniência, de 2000 a 2012, de pacientes tratados, submetidos à distração osteogênica (transporte ósseo) com uso de fixador externo circular tipo Ilizarov. A pesquisa teve autorização do Comitê de Ética do Hospital Universitário.

Os dados foram coletados a partir da revisão de prontuários e armazenados em uma tabela Excel 2007. A análise estatística foi feita pelo programa SPSS para Windows, versão 16.0. Para avaliar a influência das variáveis em relação aos tipos de complicações foram usados os testes de qui-quadrado, exato de Fisher e U Mann- Whitney, com nível de significância em 5% (p < 0,05).

Foram encontrados 33 casos tratados nesse período, por esse método. Foram coletados os seguintes dados: o sexo, a idade dos pacientes no início do tratamento, variável dividida em faixas etárias, a procedência, o segmento afetado (tíbia e/ou fêmur), o lado, a causa, o tipo de transporte ósseo feito (bifocal, trifocal convergente ou de perseguição), o número de cirurgias prévias e o número cirurgias depois de instituído o tratamento, o tempo de uso do fixador externo e as complicações encontradas durante o tratamento.

As complicações foram especificadas em: infecção de base de pinos, infecção profunda, equino, flexo de joelho, limitação de ADM, desvio de eixo, refratura, amputação ou desarticulação, encurtamento, pinçamento de partes moles e outras quaisquer que não as citadas. Essas foram agrupadas em complicações que não necessitaram de cirurgia para sua correção (grupo 1), que necessitaram de cirurgia para sua correção (grupo 2) e as que foram consideradas com sequelas por insucesso do tratamento (grupo 3).

Resultados

Foram estudados 33 casos, 28 homens (84,8%) e cinco mulheres (15,2%). A idade foi estratificada em faixas (fig. 1), o grupo mais frequente foi de 21 a 40 anos.

Figura 1
Distribuição conforme faixas etárias.

A maioria dos pacientes (57,6%) era da região metropolitana, o restante proveniente principalmente do interior de Goiás. O segmento mais afetado foi a perna isoladamente (75,8%) e o lado acometido o esquerdo em dois terços dos casos (66,7%).

As causas que levaram à opção pelo método de tratamento foram estratificadas em cinco subgrupos (fig. 2), a mais frequente foi a pseudoartrose infectada (75,8% dos casos).

Figura 2
Distribuição dos casos tratados por causa.

O tipo de transporte ósseo (fig. 3) feito foi principalmente o bifocal (75,8% dos casos).

Figura 3
Tipo de transporte ósseo feito.

As variáveis foram distribuídas e organizadas na tabela 1.

Tabela 1
Distribuição das variáveis de acordo com a amostra

O número de cirurgias prévias feitas e as demais feitas na vigência do tratamento pelo método de transporte ósseo foram organizados na tabela 2. Observa-se que a média de procedimentos prévios em outras instituições foi de 2,62 cirurgias (desvio padrão de 1,93) e a dos feitos após o início do tratamento foi de 1,89 cirurgia (desvio padrão de 1,29). O tempo de uso de fixador externo foi de 1,94 ano (desvio padrão de 1,34), com mínimo de um ano e máximo de seis.

Tabela 2
Média e desvio padrão do número de cirurgias em relação à amostra

As quatro complicações mais encontradas foram infecção de base de pinos (57,6% dos casos), equino (30,3%), infecção profunda (24,2%) e encurtamento (21,2%). Houve correlação positiva entre as complicações e o número de cirurgias prévias (p = 0,041) e ao tempo de uso do fixador (p = 0,012) (fig. 4). As complicações foram organizadas e comparadas nas Tabela 3, Tabela 4 and Tabela 5, nas quais as complicações foram separadas em três grupos, foram retiradas as infecções superficiais em pinos: grupo 1, complicações menores, sem necessidade de nova cirurgia para correção (exemplo: leve equino); grupo 2, complicações que necessitaram de cirurgia para correção (exemplo: desvio de eixo acentuados); e grupo 3, complicações que necessitaram de amputação (exemplo: infecções profundas graves).

Figura 4
Radiografias em anteroposterior e em perfil de osteomielite crônica já operada várias vezes (A) e após diafisectomia e transporte ósseo para preenchimento da falha (B).

Tabela 3
Distribuição das complicações de acordo com a amostra

Tabela 4
Distribuição das complicações por grupos de acordo com a amostra

Tabela 5
Comparação das variáveis em relação aos tipos de complicações

Discussão

Distração osteogênica ou calotase é uma técnica cirúrgica amplamente usada em cirurgia ortopédica para o tratamento de várias condições patológicas, como discrepância do comprimento de membros, deformidades ósseas e grandes falhas ósseas secundárias a trauma, infecção ou ressecção de tumores malignos, semelhantemente ao perfil encontrado em nosso estudo. O princípio básico da técnica é um processo de regeneração óssea a partir da distração gradual de duas superfícies vascularizadas, que forma assim novo tecido ósseo.66. Sailhan F. Bone lengthening (distraction osteogenesis): a literature review. Osteoporos Int. 2011;22(6):2011-5.

O novo osso é gerado no espaço entre os dois segmentos ósseos que são distraídos gradual e progressivamente. A taxa de distração pode variar de acordo com o sítio de distração, geralmente é próximo de 1 mm/dia. A distração pode ser feita com um fixador externo, como um fixador circular de Ilizarov ou um fixador monoplanar longitudinal, que preenche o defeito intercalar, enquanto no local submetido à distração ocorre neoformação óssea, conhecida como regenerado ósseo.

Uma das limitações dessa técnica é o longo período de tempo necessário para que o tecido ósseo recém-formado amadureça, mineralize e, finalmente, consolide. Deve-se manter o fixador externo por um longo período, até a consolidação, o que pode gerar complicações cirúrgicas, sociais e psicológicas.66. Sailhan F. Bone lengthening (distraction osteogenesis): a literature review. Osteoporos Int. 2011;22(6):2011-5.,1010. Blum AL, BongioVanni JC, Morgan SJ, Flierl MA, dos Reis FB. Complications associated with distraction osteogenesis for infected nonunion of the femoral shaft in the presence of a bone defect: a retrospective series. J Bone Joint Surg Br. 2010;92(4):565-70.,1111. Sangkaew C. Distraction osteogenesis with conventional external fixator for tibial bone loss. Int Orthop. 2004;28(3):171-5.and1212. Robert Rozbruch S, Weitzman AM, Tracey Watson J, Freudigman P, Katz HV, Ilizarov S. Simultaneous treatment of tibial bone and soft-tissue defects with the Ilizarov method. J Orthop Trauma. 2006;20(3):197-205. Nossos pacientes fizeram em média mais de quatro cirurgias até o término do tratamento, com uso de fixador dinâmico por dois anos e com diversas complicações, aproximadamente 90% delas sem sequelas graves. Esse método elimina muitas vezes a necessidade de cirurgias para cobertura cutânea e amputações, pois a pele acompanha o osso transportado e permite também correção de deformidades ósseas, dismetrias e cura de infecção.

Esse método baseia-se no princípio de "tensão de tração", que possibilita o alongamento ósseo sob uma nova visão biológica, mas também leva ao desenvolvimento de uma nova técnica denominada de osteossíntese de compressão-afastamento. Tecnicamente, o transporte ósseo é de difícil execução e exige acompanhamento criterioso durante o caminho percorrido pelo osso. Muitas vezes, necessita de cirurgias adicionais para corrigir desvios no acoplamento dos fragmentos transportados ou de colocação de enxerto ósseo para aumentar o contato nesses sítios.1313. Lavini F, Dall'Oca C, Bartolozzi P. Bone transport and compression- distraction in the treatment of bone loss of the lower limbs. Injury. 2010;41(11):1191-5.,1414. Mekhail AO, Abraham E, Gruber B, Gonzalez M. Bone transport in the management of posttraumatic bone defects in the lower extremity. J Trauma. 2004;56(2):368-78.,1515. El-Alfy B, El- Mowafi H, El- Moghazy N. Distraction osteogenesis in management of composite bone and soft tissue defects. Int Orthop. 2010;34(1):115-8.,1616. Dhar SA, Mir MR, Ahmed MS, Afzal S, Butt MF, Badoo AR, et al. Acute peg in whole docking in the management of infected non-union of long bones. Int Orthop. 2008;32(4):559-66.,1717. Sakurakichi K, Tsuchiya H, Watanabe K, Takeuchi A, Matsubara H, Tomita K. Distraction osteogenesis of a fresh fracture site using an external fixator. J Orthop Sci. 2006;11(4):390-3.,1818. Mahaluxmivala J, Nadarajah R, Allen PW, Hill RA. Ilizarov external fixator: acute shortening and lengthening versus bone transport in the management of tibial non-unions. Injury. 2005;36(5):662-8.,1919. Grivas TB, Magnissalis EA. The use of twin-ring Ilizarov external fixator constructs: application and biomechanical proof-of principle with possible clinical indications. J Orthop Surg Res. 2011;6:41.and2020. Song HR, Cho SH, Koo KH, Jeong ST, Park YJ, Ko JH. Tibial bone defects treated by internal bone transport using the Ilizarov method. Int Orthop. 1998;22(5):293-7. Inúmeras complicações são descritas, incluindo alterações vasculares que podem resultar em amputação, semelhantemente ao que encontramos em nossa amostra.

Técnicas ablativas, como a amputação do membro, em muitos casos, são a melhor opção para o tratamento de perda óssea, uma vez que alcançam resultados mais rápidos e menos onerosos ao paciente e ao sistema de saúde. Durante a escolha do tratamento devem-se analisar, além dos fatores biológicos, os fatores sociais e psicológicos do paciente. Dentre os fatores biológicos consideramos o aporte sanguíneo, a função articular e muscular e a presença, localização e gravidade de lesão nervosa. Reconstrução está indicada apenas caso possa prever um bom prognóstico funcional e o paciente apresente boas condições psicossociais.11. Rodrigues FL, Mercadante MT. Tratamento da falha óssea parcial pelo transporte ósseo parietal. Acta Ortop Bras. 2005;13(1):9-12.and55. Ilizarov GA, Ledyaev VI. The replacement of long tubular bone defects by lengthening distraction osteotomy of one of the fragments. Clin Orthop Relat Res. 1992;(280):7-10.

Durante a distração osteogênica, tanto o osso quanto as partes moles são alongados e isso pode ajudar o fechamento espontâneo das lesões de tecidos moles sem a necessidade de cirurgias plásticas de cobertura cutânea. Alguns autores consideram que a restauração do envelope de partes moles deve ser feito antes ou no momento da reconstrução óssea.77. Tuffi GJ, Bongiovanni JC, Mestriner LA. Tratamento das pseudartroses infectadas da tíbia com falhas ósseas pelo método de Ilizarov, utilizando o transporte ósseo. Rev Bras Ortop. 2001;36(8):292-300. O uso do fixador externo de Ilizarov possibilita a correção simultânea da pseudoartrose, da falha óssea, do encurtamento e das deformidades angulares e favorece meio propício para resolução do processo infeccioso, comprovou por inúmeras publicações ser superior a outros métodos de tratamento, o que também foi observado em nossos resultados.20, 21,22-23

Conclusão

A necessidade de distração osteogênica por falhas ósseas foi mais frequente em adultos jovens (21-40 anos), homens, procedentes da capital, nos ossos da perna, devido à pseudoartrose infectada, após múltiplas cirurgias prévias. O transporte mais feito foi o bifocal, com média de aproximadamente dois anos de tratamento, e com várias complicações, nas quais infecções foram as mais frequentes, permaneceu a maioria sem sequelas graves no fim do tratamento.

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  • Trabalho desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2016

Histórico

  • Recebido
    17 Out 2015
  • Aceito
    26 Nov 2015
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