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Manguito capturado: Um fator de mau prognóstico no reparo do manguito rotador

Resumo

Objetivo

Descrever uma nova apresentação de ruptura e rerruptura do manguito rotador (MR), a qual denominamos manguito capturado (MC). Objetivamos também avaliá-la clinicamente e por meio de imagens.

Métodos

Foram avaliados retrospectivamente 16 pacientes com diagnóstico intraoperatório de MC no período de março de 2005 a setembro de 2017; por meio de exames de imagem (radiografia e ressonância magnética [RM]) e escores funcionais (UCLA e Constant & Murley). Nas imagens, analisamos a evolução para artropatia do manguito rotador e presença de rerrupturas. Funcionalmente, comparamos o lado afetado com o contralateral e as lesões extensas com nãoextensas.

Resultados

Cinco (31,25%) pacientes evoluíram com artropatia do manguito rotador e 10 (62,5%) tiveram rerrupturas. Três (75%) pacientes com lesões não extensas tiveram UCLA e Constant & Murley bons/excelentes. Nos pacientes com lesões extensas, quando avaliado Constant & Murley, 6 (50%) apresentaram resultados bons/excelentes, e no escore UCLA, 7 (58,3%). Comparando o lado acometido (Constant 74,72 pontos; UCLA 20 pontos) com o contralateral (Constant 96,96 pontos; UCLA 25,63 pontos), houve pior resultado funcional com significância estatística.

Conclusão

O diagnóstico de MC é suspeitado por achados característicos na RM e confirmado na artroscopia. Os ombros acometidos apresentam piores escores funcionais pós-operatórios.

Palavras-chave
manguito rotador; ombro; ruptura; aderências subacromiais

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