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Uso da adrenalina com lidocaína em cirurgia da mão Trabalho desenvolvido no Hospital Universitário Pedro Ernesto e na Policlínica Piquet Carneiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Objetivo:

Por causa do dogma existente em nosso meio de que não deve ser usada anestesia local com adrenalina na cirurgia da mão, fizemos um estudo com o uso de lidocaína com adrenalina para demonstrar sua segurança, utilidade e eficácia.

Métodos:

Fizemos um trabalho prospectivo no qual, a partir de julho de 2012, usamos como anestesia local uma solução de lidocaína 1% com adrenalina 1:100.000 nas cirurgias em punho, mão e dedos e avaliamos a quantidade de sangramento, as alteracões sistêmicas, os sinais de déficit arterial e as compliçates, entre outros parâmetros. Descrevemos as técnicas de infiltração de procedimentos específicos individualmente.

Resultados:

Operamos 41 pacientes e optamos por descrever separadamente um levantamento de retalho microcirúrgico lateral do braço, que ocorreu sem sangramento excessivo e no tempo habitual. Em apenas três casos houve sangramento e uso de pinça bipolar excessivos. Não houve alterações sistêmicas verificadas pelos anestesiologistas ou complicates relacionadas à isquemia e necrose nas feridas ou nos dedos e em nenhum caso foi necessário o uso do torniquete.

Conclusões:

O uso de lidocaína com adrenalina na cirurgia da mão mostrou-se técnica anestésica local segura, sem compliçates relacionadas à necrose, forneceu campo cirúrgico exsangue eficiente, permitiu os procedimentos cirúrgicos sem uso do torniquete pneumático, evitou seus riscos e beneficiou os pacientes com menor sedação.

Anestesia local; Adrenalina; Cirurgia; Mão; Dedos


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