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Uma comparação entre a medição e a classificação da ruptura do manguito rotador no pré-operatório e no intraoperatório* * Estudo realizado no Departamento de Profissões da Saúde, Faculdade de Saúde, Psicologia e Assistência Social, Universidade Metropolitana de Manchester, Manchester, Reino Unido.

Resumo

Objetivo

Avaliar a concordância no tamanho de ruptura obtido por imagem préoperatória e por medição intraoperatória, e determinar a precisão da imagem préoperatória na classificação do tamanho da ruptura e na identificação de rupturas em cada tendão do manguito rotador.

Métodos

Os dados de 44 pacientes recrutados para um ensaio controlado randomizado foram revisados retrospectivamente. O tamanho e a localização do manguito rotador foram confirmados por ultrassom ou ressonância magnética préoperatórios, e avaliados durante a cirurgia. Um teste t e o gráfico de Bland e Altman foram usados para determinar a concordância entre as medições pré-operatória e intraoperatória. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) foram calculados para o tamanho do rompimento e o envolvimento do tendão do manguito rotador.

Resultados

Houve boa concordância para medidas de tamanho da ruptura (91%) e classificação (89%) pré-operatória e durante a cirurgia. Ao classificar o tamanho da ruptura, a sensibilidade e o VPP foram elevados para rupturas de tamanho médio (100%), e menor para rupturas grandes (75%), o que indica que todas as rupturas de tamanho médio, mas nem todas as grandes, foram identificadas pré-operatoriamente. Para a identificação de rupturas, a sensibilidade pré-operatória e o VPP foram maiores para o supraespinal (84%), com sensibilidade e VPP progressivamente menores para o infraespinal (57%), o subescapular (17%), e o redondo menor (0%).

Conclusões

Por meio da imagem pré-operatória, pode-se medir ou classificar com precisão o tamanho da ruptura. Quando há discordância, não está claro se o tamanho da ruptura é subestimado no exame ou superestimado durante a cirurgia. A alta sensibilidade demonstra que uma ruptura do supraespinal é geralmente detectada por escaneamento. As sensibilidades mais baixas para o infraespinal e o subescapular indicam que a identificação de rupturas nestes tendões é menos precisa.

Palavras-chave
lesões do manguito rotador; ombro; imagem por ressonância magnética; ultrassonografia

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