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Contradições diagnósticas na síndrome do túnel do carpo* * Trabalho feito no Serviço de Cirurgia da Mão e Microcirurgia da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Resumo

Objetivo

Diante da divergência sobre a necessidade de exames complementares, como ultrassonografia (US) e eletroneuromiografia (ENMG) para o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo (STC), objetivamos elucidar qual deles apresenta maior precisão na confirmação da presença ou não desta afecção.

Métodos

Um total de 175 pacientes de um ambulatório de cirurgia da mão foram avaliados clinicamente, e os resultados dos testes clínicos (Tinel, Phalen e Durkan), da US (normal ou alterada) e da ENMG (normal, leve, moderada e grave) foram anotados, cruzados, e submetidos a análise estatística para verificar a concordância entre eles.

Resultados

A idade média da amostra era de 53 anos, sendo prevalente o sexo feminino (159 casos). Dos pacientes com teste clínico positivo, 43,7% apresentavam US normal, e 41,7%, ENMG sem alterações. Foram encontrados resultados negativos no Tinel em 46,9% no Phalen em 47,4%, e no Durkan em 39,7%. No cruzamento entre a ENMG e os demais métodos diagnósticos, houve pouca concordância estatística.

Conclusão

Não houve concordância entre os resultados dos exames clínicos, da US e da ENMG no diagnóstico da STC, e não há exame clínico ou complementar para STC que determine a conduta terapêutica com precisão.

Nível de Evidência IV, Série de Casos.

Palavras-chave
eletromiografia; neuropatia mediana; parestesia; síndrome do túnel do carpo

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