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Transtorno de ansiedade social de início precoce em adultos: características clínicas e terapêuticas

OBJETIVO: Investigar a existência de possíveis diferenças clínicas e terapêuticas entre pacientes com transtorno de ansiedade social (TAS) de início precoce (< 18 anos) e início tardio (>18 anos). MÉTODOS: Quarenta e sete pacientes com diagnóstico de transtorno de ansiedade social de início precoce (75,8%) e 15 de início tardio (24,2%) foram comparados quanto a: idade, modo de início, subtipo, presença de comorbidades psiquiátricas (avaliada através da entrevista clínica semi-estruturada para o diagnóstico da DSM-IV - SCID), gravidade dos sintomas e resposta após um mínimo de 10 semanas de tratamento farmacológico (avaliados pela Impressão Clínica Global - CGI). Os testes estatísticos utilizados foram os testes do chi² com correção de Yates ou exato de Fisher e os testes t de Student ou de Mann-Whitney. O nível de significância estatística utilizada foi de 5%. RESULTADOS: Os pacientes com início precoce dos sintomas fóbico sociais foram mais freqüentemente inativos (chi² = 4,28; gl = 1; p = 0,04), tiveram mais freqüentemente o subtipo generalizado de fobia social (chi² = 6,53; gl = 1; p = 0,01) e apresentaram com maior freqüência comorbidade psiquiátrica (chi² = 6,71; gl = 1; p = 0,01). Não foi observada diferença em relação à gravidade dos sintomas e à resposta terapêutica entre os dois grupos. CONCLUSÃO: Os achados sugerem a existência de um provável subtipo de transtorno de ansiedade social de início precoce, com maiores taxas de absenteísmo, maior amplitude dos sintomas fóbicos e mais complicações psiquiátricas.

Transtornos de ansiedade; Transtornos fóbicos; Idade de início; Absenteísmo


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