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Prevalência de depressão em diferentes grupos de pacientes internados no Hospital Universitário da Bahia

INTRODUÇÃO: Diversos estudos epidemiológicos mostram que 10% a 20% dos pacientes com doenças clínicas apresentam sintomas depressivos. Todavia, apenas um terço desses casos é diagnosticado pelos clínicos e 10% a 30% recebem tratamento. O objetivo deste trabalho foi o de estimar a prevalência de depressão em grupos de pacientes internados no Hospital Universitário da Bahia. MÉTODO: Pacientes adultos internados no Hospital Universitário da Bahia foram sorteados aleatoriamente nas diversas enfermarias do hospital no primeiro semestre de 2001. Foi aplicado o Inventário de Beck para Depressão (BDI), e a amostra foi dividida em grupos de pacientes com doenças clínicas, cirúrgicas e neoplásicas. RESULTADOS: Dentre os 196 pacientes com idade média de 46,3±14,9 anos, de ambos os gêneros, foram observados escores de BDI significativamente maiores (p=0,03) naqueles com doenças clínicas se comparado aos pacientes com patologias cirúrgicas e neoplásicas (16,4±11,7 vs. 12,2±6,5 e 11,8±8,0, respectivamente). Estabelecendo-se pontos de corte do BDI, a prevalência de depressão foi de 51,5% (57,7 nos clínicos, 42,9 nos cirúrgicos e 34,2 naqueles com neoplasias) para <FONT FACE=Symbol>³</FONT>14 e 24,5% (29,2 clínicos, 9,5 cirúrgicos e 15,8 neoplasias) para <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 21, sendo também mais prevalente entre os pacientes clínicos (p=0,03 e p=0,06). CONCLUSÃO: A elevada prevalência de depressão neste estudo evidencia a necessidade de maior atenção sobre os estados depressivos em pacientes internados em hospitais gerais.

Depressão; Pacientes internados; Prevalência; Questionários


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