OBJETIVOS: Investigar a aplicabilidade da escala Bayer - Atividades de Vida Diária e sua eficiência em diferenciar indivíduos com demência leve a moderada de indivíduos normais. MÉTODO: Foram selecionados 33 pacientes com diagnóstico de demência leve a grave, de acordo com os critérios da CID-10, e 59 controles. Todos os indivíduos foram avaliados pelo Mini-Exame do Estado Mental e pela Escala de Avaliação Clínica de Demência e os informantes responderam à Bayer - Atividades de Vida Diária. RESULTADOS: A consistência interna da Bayer - Atividades de Vida Diária foi alta (Cronbach Alpha = 0,981). A pontuação média do Mini-Exame do Estado Mental e da Bayer - Atividades de Vida Diária foi significativamente diferente entre os pacientes com demência e o grupo controle (p < 0,001). Os valores do Mini-Exame do Estado Mental e da Bayer - Atividades de Vida Diária foram significativamente diferentes entre a Escala de Avaliação Clínica de Demência 0 (controles; n = 59) e a Escala de Avaliação Clínica de Demência 1 (demência leve; n = 15), a Escala de Avaliação Clínica de Demência 0 e a Escala de Avaliação Clínica de Demência 2 (demência moderada; n = 13) e entre a Escala de Avaliação Clínica de Demência 1 e a Escala de Avaliação Clínica de Demência 2 (p < 0,003). DISCUSSÃO: A Bayer - Atividades de Vida Diária e o Mini-Exame do Estado Mental diferenciaram controles idosos de pacientes com demência leve ou moderada, e pacientes com demência leve daqueles com demência moderada. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a Bayer - Atividades de Vida Diária, aplicada aos cuidadores, é um instrumento que pode ajudar no diagnóstico e seguimento de pacientes brasileiros com demência leve a moderada.
Demência; Diagnóstico; Atividades cotidianas; MMSE; Envelhecimento