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Redução da ansiedade de estudantes de medicina após reforma curricular

OBJETIVOS: Características da estrutura curricular podem interferir no nível de ansiedade dos alunos do curso médico. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de ansiedade nos alunos do curso médico, antes e depois de uma reforma no currículo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, comparando com outros cursos, do mesmo campus da universidade, que não tiveram mudanças curriculares. MÉTODO: As amostras do estudo foram obtidas em dois tempos distintos: 1) dois anos antes da reforma; 2) pós a reforma, quando o currículo reformado se encontrava em seu quarto ano de funcionamento. Da amostra pré (currículo prévio) participaram 307 alunos do curso médico e 217 alunos dos cursos de psicologia e biologia; e da amostra pós (currículo novo), 330 alunos do curso médico e 194 alunos dos cursos de psicologia e biologia. A ansiedade foi avaliada pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado, formulário Traço (IDATE-T). RESULTADOS: Comparando-se as amostras pré e pós pode-se observar que os estudantes que seguiam o primeiro currículo apresentaram escores do IDATE-T significantemente maiores, no primeiro (42,9 + 1,08) e segundo (41,9 + 1,1) anos, do que os estudantes sob o novo currículo (38,1 + 1,0 e 37,9 + 1,06, respectivamente). Os alunos dos demais cursos e os alunos do quinto ano do curso médico, que seguiam o mesmo currículo, não apresentaram diferenças significativas entre as duas amostras. CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que algumas alterações introduzidas no currículo de uma escola médica podem diminuir o nível de ansiedade de seus alunos, nos dois primeiros anos do curso.

Educação médica; Currículo; Ansiedade; Estudantes de medicina; Treinamento


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