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Análise farmacobotânica de folha e caule de Tanacetum vulgare (L.)

Pharmacobotanical analysis of leaf and stem of Tanacetum vulgare (L.)

RESUMO

Tanacetum vulgare L., conhecida popularmente como catinga-de-mulata, é utilizada na medicina tradicional como vermífugo, digestivo e emenagogo. Objetivou-se analisar a morfoanatomia de folhas e caules dessa espécie medicinal com vistas ao controle da qualidade. Foram utilizadas técnicas usuais de microscopia de luz e eletrônica de varredura. As folhas são compostas, pinatissectas e anfiestomáticas. Tricomas tectores flageliformes simples e glandulares capitados são observados. A nervura central tem formato biconvexo, o pecíolo é côncavo-convexo, a ráque é plano-convexa e o caule é arredondado. Feixes vasculares colaterais, calotas de fibras perivasculares e colênquima lamelar estão presentes na folha e no caule. Os caracteres morfoanatômicos evidenciados contribuem na identificação do táxon e fornecem subsídios farmacobotânicos para o controle da qualidade de drogas vegetais e fitoterápicos.

Palavras-chave
Asteraceae; Caatinga-de-mulata; Controle da qualidade; Morfoanatomia

ABSTRACT

Tanacetum vulgare L., popularly known as tansy, is used in traditional medicine as a vermifuge, digestive and emmenagogue. This study aimed to analyze the morphoanatomical leaves and stems of this medicinal plant in order to control the quality. Usual techniques of light and scanning electron microscopy were used. The leaves are composed, pinatissect and amphistomatic. Simple and flagelliform non- glandular trichomes and capitate glandular trichomes are observed. The midrib has biconvex shape, the petiole is concavo-convex, the rachis is plano-convex, and the stem is rounded. Collateral vascular bundles, perivascular fiber caps and laminar collenchyma are encountered in the leaves and stems. Evidenced the morphological and anatomical features contribute to the identification of the taxon and provide pharmacobotanical data for the quality control of herbal drugs.

Key words
Asteraceae; Caatinga-de-mulata; Morpho-anatomy; Quality control

INTRODUÇÃO

Asteraceae, também conhecida como Compositae, engloba mais de 1.600 gêneros e 23.600 espécies (Panero & Funk, 2008PANERO, J.L.; FUNK, V.A. The value of sampling anomalous taxa in phylogenetic studies: major clades of the Asteraceae revealed. Molecular Phylogenetics and Evolution, v.47, p.757-782, 2008.). É a segunda família com maior número de espécies. No Brasil ocorrem aproximadamente 196 gêneros e 1900 espécies (Barroso et al., 1991BARROSO, G.M. et al. Sistemática de Angiospermas do Brasil. Imprensa Universitária, Universidade Federal de Viçosa, v.3, 1991. 309p.). Essa família tem sido objeto de estudos morfoanatômicos (Jasinski et al., 2014JASINSKI, V.C.G. et al. Morpho-anatomical characteristics of Baccharis glaziovii in support of its pharmacobotany. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.24, n.6, p. 609-616, 2014.; Bobek et al., 2015BOBEK, V.B. et al. Comparative pharmacobotanical analysis of Baccharis caprariifolia DC. and B. erioclada DC. from Campos Gerais, Paraná, Southern Brazil. Latin American Journal of Pharmacy, v.34, n.7, p. 1396-402, 2015.), citogenéticos (Dydak et al., 2009DYDAK, M. et al. Cytogenetic studies of three European species of Centaurea L. (Asteraceae). Hereditas, v.146, n.4, p.152-161, 2009.), fitoquímicos e farmacológicos (Florão et al., 2012FLORÃO, A. et al. Essential oils from species (Asteraceae) have anti-inflammatory effects for human cells. The Journal of Essential Oil Research, v.24, p.561-570, 2012.).

Dentre os importantes gêneros de Asteraceae encontra-se Tanacetum L., que apresenta espécies difundidas na Europa e oeste da Ásia (Bremer, 2004BREMER, K. Molecular phylogenetic dating of asteroid flowering plants shows early cretaceous diversification. Systematic Biology, v.53, p.496-505, 2004.). Espécies do gênero são ricas em óleos essenciais e lactonas sesquiterpênicas e têm sido utilizadas popularmente como anti-helmíntico e para tratar a enxaqueca (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.). Estudos farmacológicos comprovaram atividade anti-inflamatória (Brown et al., 1997BROWN, A.M.G. et al. Effects of extracts of Tanacetum species on human polymorphonuclear leucocyte activity in vitro. Phytotherapy Research, v.11, p.479-484, 1997.), antibacteriana e antifúngica (Neszmelyi et al., 1992NESZMELYI, A. et al. Composition of the essential oil of clone 409 of Tanacetum vulgare and 2D NMR investigation of trans-chrysanthenyl acetate. Journal of Essential Oil Research, v.4, n.3, p.243-250, 1992.) para espécies do gênero.

Tanacetum vulgare L., conhecida popularmente como catinga-de-mulata, atanásia-das-boticas, anil-bravo, botão-amarelo, erva-contra-vermes, erva-dos-vermes, erva-lombrigueira, palma, tanaceto-comum, tanaceto, tanásia e tasneira é um subarbusto perene, ereto, aromático, nativo de terrenos úmidos da Europa e cultivado no Brasil (Lorenzi et al., 2008LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008. 162p.). É amplamente utilizada na medicina tradicional para o tratamento de enxaqueca, distúrbios estomacais, picadas de insetos, bronquite, artrites, gripe e também como emenagogo (Evans, 2002EVANS, W.C. Trease and Evans Pharmacognosy. 5.ed. London, Philadelphia, Torento, Sydney, Tokyo: Elsevier, 2002. 591p.; Lorenzi, 2008LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008. 162p.).

Farmacologicamente, o extrato de T. vulgare apresentou atividades anti-inflamatória (Williams et al., 1999WILLIAMS, A.C. et al. The flavonoids of Tanacetum parthenium and Tanacetum vulgare and their antiinflamatory properties. Phytochemistry, v.51, n.3, p.417-423, 1999.), antioxidante (Mantle et al., 2000MANTLE, D. et al. Comparison of relative antioxidant activities of British medicinal plant species in vitro. Journal of Ethnopharmacology, v.72,n.1-2, p.47-51, 2000.), antimalárica (Jansen, 2006JANSEN, F.H. The herbal tea approach for artemesinin as a therapy for malaria. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygienev, v.100, p.285-286, 2006.), vasorelaxante (Lahlou et al., 2008LAHLOU, S. et al. Vascular effect of Tanacetum vulgare L. leaf extract: In vitro pharmacological study. Journal of Ethnopharmacology, v.120, n.1, p.98-102, 2008.) e hipoglicemiante (Takagi, 2002TAKAGI, K. et al. Anti-inflammatory effect and pigmentation inhibitory effect of the pericarp of Jatoba (Hymenaea courbaril L.). Nature Medicine, v.56, p.108-112, 2002.). Também tem sido relatado efeito sobre úlcera gástrica (Holetz et al., 2002HOLETZ, F.B. et al. Screening of some plants used in the brazilian folk medicine for the treatment of infectious diseases. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v.97, p.1027-1031, 2002.).

Quimicamente a planta apresenta composição variada dependendo do quimiotipo. Estudos prévios evidenciaram componentes do óleo essencial, a exemplo de tujona, germacreno D, tanacetina, cânfora e borneol (Lorenzi, 2008LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008. 162p.; Muresan et al., 2014MURESAN, M.L. et al. Botanical and phytochemical studies on Tanacetum vulgare L., from Transylvania. Acta Medica Transilvanica, v.2, n.4, p. 300-302, 2014.). A presença da tujona no óleo essencial dessa espécie induz cuidados no uso devido à toxicidade do composto (Mengue et al., 2001MENGUE, S.S. et al. Uso de plantas medicinais na gravidez. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.11, n.1, p.21-35, 2001.).

Apesar do conhecimento sobre adulteração e substituição de drogas vegetais, observa-se que a publicação de monografias oficiais no controle de qualidade não coincide com as necessidades do mercado consumidor (Kato et al., 2012KATO, Y. et al. Farmacobotânica e atividade antiúlcera de plantas medicinais brasileiras in “Farmacognosia: coletânea científica”. Ouro Preto: UFOP, 2012. pp. 177–196). Nesse sentido, vários estudos farmacobotânicos de espécies vegetais medicinais têm sido desenvolvidos (Budel et al., 2009BUDEL, J.M. et al. Contribuição ao estudo farmacognóstico de Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker (guaco), visando o controle de qualidade da matéria-prima. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.19, n.2, p.545-552, 2009.; Squena et al., 2012SQUENA, A.P. et al. Análise morfoanatômica de partes vegetativas aéreas de Pereskia aculeata Mill., Cactaceae. Cadernos da Escola de Saúde, v.2, n.8, p.189-207, 2012.; Folquitto et al., 2014FOLQUITTO, D.G. et al. Analytical micrography and preliminary phytochemistry of the leaves and stems of Lobelia exaltata Pohl. (Campanulaceae). Latin American Journal of Pharmacy, v.33, n.2, p.245-250, 2014.; Pereira et al., 2014PEREIRA, C.B. et al. Architecture of the aerial vegetative organs and scanning electron micrographs of Dioscorea bulbifera L. for quality control. Latin American Journal of Pharmacy, v.33, n.7, p.1100-1105, 2014.; Santos et al., 2015SANTOS, V.L.P. et al. Anatomical investigations of Piper amalago (jaborandi-manso) for the quality control. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.25, p.85-89, 2015.).

Considerando as análises do controle da qualidade da droga vegetal, a morfoanatomia é a primeira a ser desenvolvida com a matéria prima, objetivando a identificação da espécie vegetal. Desta forma, o trabalho visou analisar as características farmacobotânicas do caule e da folha de T. vulgare, a fim de contribuir para a identificação da espécie medicinal, com aplicação no controle da qualidade de plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos.

MATERIAL E MÉTODO

Material vegetal

Foram coletadas partes aéreas floridas de pelo menos 5 exemplares de Tanacetum vulgare L. (Asteraceae), em dia de sol, em abril de 2014, no Horto Medicinal do Curso de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (25º5’23”S 50º6’23”W), Ponta Grossa, Paraná. Os exemplares foram submetidos à confecção de exsicatas, identificadas pela Taxonomista Dra. Inês Janete Mattozo Takeda e o representante equivalente está depositado no Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa – HUPG sob o número 390349. O material coletado foi devidamente processado para a realização do estudo morfoanatômico.

Estudo farmacobotânico

As pesquisas referentes aos caracteres farmacobotânicos foram efetuadas com folhas e caules de Tanacetum vulgare, a partir de 5 cm do ápice da planta. O material vegetal foi fixado em FAA 70 (Johansen, 1940JOHANSEN, D.A. Plant microtechnique. New York:McGraw Hill Book, 1940. 523p.), e estocados em solução de etanol a 70% (v/v) (Berlyn & Miksche, 1976BERLYN, G.P., MIKSCHE, J.P. Botanical microtechnique and cytochemistry. Ames: Iowa State University Press, 1976. 326p.). A análise morfológica foi realizada com as folhas e caules in natura e com o auxílio de lupa. A nomenclatura para descrever os caracteres morfológicos foi baseada em Radford (1974)RADFORD, A.E., DICKISON, W.C., MASSEY, J.R., BELL, C.R. Vascular Plant Systematics. New York: Harper & Row Publischers, 1974. 891p..

Foram preparadas lâminas semipermanentes com o material seccionado nos sentidos transversal e longitudinal, à mão livre, submetido à coloração de azul de astra e fucsina básica (Roeser, 1972ROESER, K.R. Die Nadel der Schwarzkiefer-Massenprodukt und Kunstwerk der Natur. Mikrokosmos, v.61, n.2, p.33-36, 1972.) ou de azul de toluidina (O’brien et al., 1964O’BRIEN, T. P. et al. Polychromatic staining of plant cell walls by toluidine blue O. Protoplasma, v.59, n.2, p.368-73, 1964.). As lâminas foram montadas com glicerina diluída a 50% (v/v) (Berlyn & Miksche, 1976BERLYN, G.P., MIKSCHE, J.P. Botanical microtechnique and cytochemistry. Ames: Iowa State University Press, 1976. 326p.) e para a lutagem foi utilizado esmalte incolor.

Para a preparação de lâminas permanentes, utilizou-se o material estocado em FAA: folhas e caules. O método utilizado foi o de inclusão em parafina. O material foi desidratado em série etanólica de 80%, 90% e três etapas de 100%, com intervalos de uma hora cada. Logo após, o material ficou em repouso em duas etapas, de 30 minutos cada, no xilol. Em seguida, o material passou três vezes pela parafina líquida (60ºC), sendo duas de 30 minutos e uma de 15 minutos, dentro da estufa. Foi então feita a inclusão do material na parafina dentro de uma caixa de papel para então ser submetido à corte em micrótomo e posterior confecção de lâminas. Para a coloração empregaram-se azul de astra e fucsina básica (Brito & Alquini, 1996BRITO, C.J.F.A., ALQUINI, Y. A new method for staining botanical material embedded in glycol methacrylate (GMA). Arquivos de Biologia e Tecnologia, v.39, n.4, p.949-51, 1996.).

Foram realizadas secções transversais à mão livre de folhas e caules de T. vulgare e os reativos empregados foram solução de floroglucina clorídrica para verificação de lignina (Foster, 1949FOSTER, A.S. Practical plant anatomy. 2.ed. Princeton: D. Van Nostrand, 1949. 176p.), Sudam III para substâncias lipofílicas (Sass, 1951SASS, J.E. Botanical microtechnique. 2.ed. Ames: Iowa State College, 1951. 252p.) e cloreto férrico para compostos fenólicos (Johansen, 1940JOHANSEN, D.A. Plant microtechnique. New York:McGraw Hill Book, 1940. 523p.).

Os resultados dos testes histoquímicos e da análise anatômica foram registrados por meio de fotomicrografias em microscópio fotônico Olympus CX 31, acoplado à câmera digital C7070.

A caracterização morfológica das superfícies caulinares e foliares de T. vulgare foi realizada em microscópio eletrônico de varredura. Para tal procedimento, as amostras foram fixadas em FAA 70, desidratadas em série etanólica crescente e pelo ponto crítico no equipamento Balzers CPD-010 e, após montagem em suporte metálico, submetidas à metalização com ouro, em aparelho Balzers Sputtering SCD-030. As eletromicrografias foram realizadas em microscópio eletrônico de varredura Phillips SEM 505 (Souza, 1998SOUZA, W. Técnicas básicas de microscopia eletrônica aplicadas às Ciências Biológicas. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Microscopia Eletrônica. 1998. p. 57-60. 179p.) e Sputter Coater – SC7620.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Morfologicamente, T. vulgare (Figura 1A) atinge de 0,3-1 m e evidencia caule marrom arrouxeado, medindo cerca de 1-2cm de diâmetro e folhas verdes escuras, mais claras na face adaxial (Figuras 1B, 1C). As folhas medem de 15-18 cm de comprimento e 7-8 cm de largura; são compostas, pecioladas, pubescentes (Figuras 1D, 1E, 1F, 2A) pinatissectas e os segmentos são serreados (Figuras 1A, 1B, 1C, 1E). Difere de Tanacetum parthenium (L.) Sch. Bip. que apresenta folhas pinatissectas à profundamente pinatifidas, sendo os segmentos crenados (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.).

FIGURA 1
Tancacetum vulgare L., Asteraceae. A. Ramos vegetativos e reprodutivos; B. Folha em face adaxial; C. Folha em face abaxial; D. Vista frontal da face adaxial (Microscopia Eletrônica de Varredura - MEV); E. Vista frontal da face abaxial (MEV); F. Vista frontal da face abaxial (MEV). ab: face abaxial, ad: face adaxial, cu: cutícula, es: estômato, fo: folíolo, ne: nervura, pe: pecíolo, tg: tricoma glandular, tt: tricoma tector. Barras: A (5cm), B, C (2cm).
FIGURA 2
Tancacetum vulgare L., Asteraceae. Folha – A. Vista frontal da face adaxial evidenciando tricoma glandular e a base dos tricomas tectores. B. Vista frontal da face abaxial, mostrando tricoma glandular, estômato e paredes anticlinais das células epidérmicas. C, D, E. Secção transversal do limbo foliar - C. Organização dos parênquimas fotossintetizantes. D. Detalhe do feixe vascular de pequeno porte. E. Pormenor do estômato. btt: base de um tricoma tector, cse: câmara subestomática, ep: epiderme, es: estômato, fl: floema, pe: parênquima esponjoso, pp: parênquima paliçádico, tg: tricoma glandular, xi: xilema. Barras: A, B (20µm), C (200µm), D, E (50µm).

A epiderme é o sistema de revestimento de todas as partes do vegetal durante o crescimento primário e pode diferir em forma, estrutura, ocorrência de células especializadas, disposição de estômatos, organização e tipo de tricomas (Rudall, 1994RUDALL, P. Anatomy of flowering plants: an introduction to structure and development. 2.ed. Cambridge: Cambridge University, 1994. 158p.). Este sistema está sujeito a alterações estruturais decorrentes dos fatores ambientais (Cutter, 1986CUTTER, E.G. Anatomia vegetal: células e tecidos. 2.ed. São Paulo: Rocca, 1986. 304p.). Em Asteraceae é comum a presença de estômatos anomocíticos e anisocíticos, com predominância do primeiro tipo (Metcalfe & Chalk, 1988METCALFE, C.F., CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons. Oxford: Clarendon Press, 1988. v.1. 806p.).

Em vista frontal, os folíolos apresentam paredes anticlinais das células epidérmicas retas na face adaxial (Figura 2A) e ondeadas na face abaxial (Figura 1F, 2B). A ornamentação cuticular mostra-se levemente estriada (Figura 1F). Os estômatos são do tipo anomocítico (Figura 2B) e encontram-se em ambas as faces epidérmicas, caracterizando a folha como anfiestomática. Características semelhantes foram observadas em T. parthenium, entretanto, nessa espécie as paredes anticlinais das células epidérmicas mostraram-se sinuosas em ambas as faces (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.).

Em secção transversal, a epiderme é unisseriada (Figura 2C), formada por células de retangulares a orbiculares e apresenta cutícula delgada. Estômatos anomocíticos estão localizados acima das demais células epidérmicas (Figuras 2C, 2E). As características epidérmicas analisadas vão ao encontro dos resultados da pesquisa morfoanatômica que analisou a influência dos fatores ambientais de T. vulgare em trabalho de Stevovic et al. (2010)STEVOVIC, S. et al. Environmental study of heavy metals influence on soil and Tansy. African Journal of Biotechnology, v.9, n.16, p.2413-2421, 2010..

A descrição dos tricomas constitui característica de grande valia na diagnose do fármaco, principalmente quando este se apresenta fragmentado, triturado ou mesmo pulverizado, auxiliando no controle da qualidade da matéria prima. Castro et al. (1997)CASTRO, M.M. et al. Utilização de estruturas secretoras na identificação dos gêneros de Asteraceae de uma vegetação de cerrado. Revista Brasileira de Botânica, v.20, n.2, p.163-174, 1997. afirmaram que os tipos e a localização dos tricomas nos órgãos vegetais, analisados em conjunto, têm valor diagnóstico. A presença dessas estruturas é comum em Asteraceae (Metcalfe & Chalk, 1988METCALFE, C.F., CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons. Oxford: Clarendon Press, 1988. v.1. 806p.).

Nesse sentido, T. vulgare apresenta tricomas tectores flageliformes simples e tricomas glandulares capitados sésseis (Figuras 1D, 1E, 1F). Os tricomas tectores flageliformes simples (Figuras 1D, 1E, 1F) são formados por cerca de 5 células arredondadas na base (Figura 2A) e a célula apical é alongada e em forma de flagelo (Figura 1F). A base desses tricomas mostrou-se lignificada nos testes histoquímicos. Tricomas semelhantes foram amplamente relatados para Asteraceae (Budel & Duarte, 2008BUDEL, J.M.; DUARTE, M.R. Estudo farmacobotânico de folha e caule de Baccharis uncinella DC., Asteraceae. Acta Farmacéutica Bonaerense, v.27, p.740-746, 2008.; Oliveira et al., 2011OLIVEIRA, A.M.A. et al. Comparative morpho-anatomical study of Baccharis curitybensis Heering ex Malme and Baccharis spicata (Lam.) Baill. Latin American Journal of Pharmacy, v.30, n.8, p.1560-1566, 2011.; Jasinski et al., 2014JASINSKI, V.C.G. et al. Morpho-anatomical characteristics of Baccharis glaziovii in support of its pharmacobotany. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.24, n.6, p. 609-616, 2014.). Tanacetum parthenium evidenciou tricoma flageliforme semelhante, entretanto, a base deste tricoma mostrou-se formada por uma grande célula basal cônica, seguida por cerca de 6 células retangulares (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.).

Os tricomas glandulares capitados (Figuras 1D, 1F) sésseis estão localizados em depressão na epiderme e reagiram positivamente à pesquisa de compostos lipofílicos nos testes histoquímicos. Descrição similar é encontrada em T. vulgare em British Herbal Pharmacopoeia (1983). Diferentemente, Tanacetum parthenium apresenta tricoma glandular capitado bisseriado (Simmons et al., 2002SIMMONS, C.B. et al. Morphocytological characterization of feverfew, Tanacetum parthenium (L.) Schultz Bip. Journal of Herbs Spices & Medicinal Plants, v.9, p.29-45, 2002. ; American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.).

O mesofilo é isobilateral, sendo formado por uma camada de parênquima paliçádico em ambas as faces e por 2-3 camadas de parênquima esponjoso (Figura 2C). Feixes vasculares de pequeno porte, do tipo colateral estão distribuídos na região central do mesofilo (Figura 2D) e são envoltos por endoderme. Estes dados vão ao encontro de Stevovic et al. (2010)STEVOVIC, S. et al. Environmental study of heavy metals influence on soil and Tansy. African Journal of Biotechnology, v.9, n.16, p.2413-2421, 2010. para T. vulgare. Divergindo dessa constatação, T. parthenium evidenciou mesofilo dorsiventral (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.).

A anatomia da nervura central e do pecíolo em secção transversal das espécies vegetais tem se mostrado relevantes na identificação e diferenciação das espécies (Akinnubi et al., 2013AKINNUBI, M.F. et al. Petiole anatomy of some species of Asteraceae in southwest Nigeria. African Journal of Plant Science, v.7, n.12, p.608-612, 2013.; Wosch et al., 2015WOSCH et al. Comparative study of Passiflora taxa leaves: I. A morpho-anatomic profile. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n.4, p. 328-343, 2015.). A nervura central, em secção transversal, possui formato biconvexo (Figura 3A). A epiderme uniestratificada é revestida por cutícula espessa e estriada (Figuras 3B, 3c), e, subjacente, ocorrem 2-3 camadas de colênquima lamelar em ambas as faces (Figuras 3B , 3C). O sistema vascular é representado por um feixe vascular único do tipo colateral (Figuras 3A, 3D). Uma calota de fibras aposta ao xilema e outra ao floema pode ser observada (Figuras 3A, 3D).

FIGURA 3
Tancacetum vulgare L., Asteraceae. Secção transversal da folha. A. Organização geral da nervura central. B. Detalhe da face adaxial da nervura central, mostrando sistema de revestimento e colênquima. C. Detalhe da face adaxial da nervura central, mostrando sistema de revestimento e colênquima. D. Pormenor do feixe vascular colateral. co: colênquima, ep: epiderme, cu: cutícula, fi: fibras, fl: floema, pf: parênquima fundamental, xi: xilema. Barras: A (200µm), B, C, D (50µm).

Em T. vulgare, o pecíolo tem formato côncavo-convexo (Figura 4A). A epiderme do pecíolo é uniestratificada e a cutícula delgada e levemente estriada reagiu positivamente à pesquisa de compostos lipofílicos com o reativo Sudam III (Figura 4D), da mesma forma que no folíolo, nervura central, raque e caule. O sistema vascular é composto por cerca de onze feixes vasculares do tipo colateral (Figura 4A). Entre esses feixes podem aparecer outros de menor porte (Figura 4E).

FIGURA 4
Tanacetum vulgare L., Asteraceae. Secção transversal do pecíolo. A. Visão geral; B. Detalhe da figura anterior; C. Pormenor do feixe vascular; D. Colênquima e cutícula em reação com Sudam III; E. Detalhe dos feixes maior e menor porte. co: colênquima, cu: cutícula, ep: epiderme, fi: fibras, fl: floema, fv: feixe vascular, xi: xilema. Barras: A (200µm), B (100µm), C, D, E (20µm).

Calotas de fibras localizadas apostas ao sistema vascular é uma característica relevante na diagnose das drogas vegetais (Wosch et al., 2015WOSCH et al. Comparative study of Passiflora taxa leaves: I. A morpho-anatomic profile. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n.4, p. 328-343, 2015.). Na espécie em estudo, são observadas duas calotas de fibras perivasculares, uma localizada aposta ao floema e outra ao xilema (Figuras 4A, 4B, 4C, 4E), sendo que a do floema é mais desenvolvida (Figuras 4A, 4B, 4E). Na direção dos feixes mais desenvolvidos, encontra-se cerca de cinco camadas de colênquima lamelar, somente na face abaxial (Figura 4D).

Na espécie em estudo, a raque apresenta formato plano-convexo, onde podem ser observadas duas arestas na face adaxial. Na face abaxial são observadas 5 costelas formadas pelos feixes vasculares de maior porte (Figura 5A). A epiderme é uniestratificada e a cutícula é delgada e estriada (Figura 5B). Na direção dos feixes de maior porte são encontradas 3 camadas de colênquima lamelar (Figura 5B). O sistema vascular é formado por 5 feixes colaterais de grande porte (Figuras 5A, 5C) e entre esses, feixes menores podem ser encontrados (Figuras 5A, 5D). Calotas de fibras perivasculares, anteriormente descritas para o pecíolo, são observadas na raque, tanto nos feixes maiores como nos menores (Figuras 5A, 5B, 5C, 5D).

FIGURA 5
Tanacetum vulgare L., Asteraceae. Secção transversal da raque. A. Visão geral; B. Detalhe da calota de fibras e do colênquima; C. Pormenor do feixe vascular; D. Detalhe dos feixes de menor porte. co: colênquima, cu: cutícula, ep: epiderme, fi: fibras, fl: floema, pf: parênquima fundamental, xi: xilema. Barras: A (200µm), B, C, D (200µm).

O caule, seccionado transversalmente, apresenta formato circular. A epiderme é uniestratificada e coberta por cutícula delgada e estriada (Figura 6C). O felogênio instala-se internamente à epiderme e forma em direção à periferia, células grandes e alongadas (Figura 6B). O córtex consiste de 4 a 5 camadas de células parenquimáticas ovais, de paredes delgadas e com muitos cloroplastos (Figuras 6A, 6B)

FIGURA 6
Tanacetum vulgare L., Asteraceae. Secção transversal do caule. A. Aspecto geral. B. Detalhe do sistema de revestimento e córtex; C. Pormenor da epiderme e da cutícula estriada. D. Detalhe da calota de fibras perivasculares. E. Sistema vascular, mostrando floema, câmbio e xilema. F. Pormenor do espessamento dos elementos traqueais. co: colênquima, cx: córtex, cu: cutícula, en: endoderme, ep: epiderme, fe: felogênio, fi: fibras, fl: floema, xi: xilema. Barras: C (5 µm), F (20µm), B, D, E (50µm), A (100µm).

Limitando internamente o córtex, observa-se uma endoderme com estrias de Caspary visíveis (Figura 6D). Calotas de fibras perivasculares estão apostas ao floema (Figuras 6A, 6D). O sistema vascular é típico, sendo o floema localizado centrifugamente e o xilema de modo centrípeto. Ocorrem fibras no floema e os elementos traqueais apresentam espessamento da parede secundária do tipo helicoidal (Figura 6F). A medula é formada por células de parede fina e não lignificadas. Caracterísitcas semelhantes foram descritas para T. pathenium (American Herbal Pharmacopoeia, 2007AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEIA and Therapeutic Compendium. Feverfew Aerial Parts, Tanacetum Parthenium (L) Schultz-Bip. Califórnia: Scotts Valley, 2007. 34 p.). As fibras e o xilema reagiram positivamente à pesquisa de lignina na presença de floroglucina clorídrica, tanto no caule como na nervura central, pecíolo e raque.

As características descritas neste estudo auxiliam no controle da qualidade da droga vegetal rasurada, triturada ou ainda pulverizada, com aplicação na indústria de fitoterápicos, destacando-se folhas compostas, pinatissectas com segmentos serreados e anfiestomáticas, tricomas tectores flageliformes simples e glandulares capitados sésseis, nervura central com formato biconvexo, pecíolo côncavo-convexo, raque plano-convexa, caule arredondado; feixes vasculares colaterais, calotas de fibras perivasculares e colênquima lamelar. Adicionalmente, os testes histoquímicos revelaram a presença de compostos lipofílicos na cutícula e nos tricomas glandulares, presença de compostos lignificados na base dos tricomas tectores flageliformes, nas calotas de fibras perivasculares e no xilema.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Centro de Microscopia da Universidade Federal do Paraná e ao Laboratório Multiusuários da Universidade Estadual de Ponta Grossa pelas eletromicrografias.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2016

Histórico

  • Recebido
    10 Mar 2015
  • Aceito
    22 Jul 2015
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