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Avaliação toxicológica e efeito do extrato acetato de etila da fibra de Cocos nucifera L. (Palmae) sobre a resposta inflamatória in vivo

Toxicological evaluation and effect of ethyl acetate extract of the fiber of Cocos nucifera L. (Palmae) on inflammatory response in vivo

Objetivou-se investigar o efeito do extrato acetato de etila de Cocos nucifera (EAECN) sobre parâmetros fisiológicos e sobre a inflamação tópica induzida por xileno. EAECN foi obtido a partir da água da fibra da casca do coco verde e o teste fitoquímico indicou a presença de taninos condensados, flavononas, flavonóis, flavononóis, xantonas e esteróides. EAECN foi administrado aos camundongos Swiss por via oral em dose única diária de 10, 30, 100 e 250 mg Kg-1 por cinco dias consecutivos para os protocolos de toxicidade e inflamação tópica. No ensaio de toxicidade foram observadas as freqüências cardíacas e respiratórias, a presença de diarréia, analgesia e apatia e realizada a contagem total dos leucócitos do sangue periférico, avaliação macroscópica dos órgãos e peso relativo do rim, fígado, timo e baço. O efeito do EAECN sobre a inflamação tópica foi realizado utilizando-se grupos testes com as diferentes concentrações de EAECN e grupos controles positivos que receberam, pela mesma via nas mesmas condições, NaCl 0,9% ou DMSO a 5% ou o antiinflamatório padrão, Dexametasona (6 mg Kg-1). Todos os animais receberam o agente flogístico (25 µL) nas partes interna e externa da orelha duas horas após o último tratamento, enquanto os animais do grupo controle negativo não receberam qualquer tratamento. Após 50 minutos da aplicação do xileno, os animais foram sacrificados, e uma porção de cada orelha foi retirada e pesada. A diferença de peso entre as orelhas representa o efeito induzido pelos tratamentos. EAECN não desenvolveu toxicidade, não alterou a contagem total de leucócitos, não alterou o peso e nem o peso relativo dos órgãos dos animais tratados em relação aos controles. EAECN não inibiu a inflamação provocada pelo xileno, apresentando efeito pró-inflamatório dependente da dose. Conclui-se que EAECN nos protocolos utilizados não é tóxico e não possui atividade antiinflamatória tópica.

Cocus nucifera; xileno; Inflamação tópica; toxicidade; parâmetros fisiológicos


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