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Fatores de risco associados às soropositividades para Leishmania spp. e Trypanosoma cruzi em cães no Estado da Paraíba, Brasil

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi determinar a soropositividade paraLeishmania spp. e Trypanosoma cruzi em cães do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, bem como identificar fatores de risco. Foram utilizados 1.043 cães e, para o diagnóstico sorológico de doença de Chagas (DC) e leishmaniose visceral canina (LVC), foi utilizada a reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Animais positivos para ambas as doenças (pela RIFI) foram submetidos ao ELISA. Dos 1.043 cães investigados, 81 foram soropositivos para Leishmania spp., resultando em prevalência de 7,8% (IC 95% = 6,1-9,4%) e, para T. cruzi, 83 (7,9%; IC 95% = 6,3-9,6%) animais foram soropositivos. Quarenta e nove animais (4,6%; IC 95% = 3,6-6,2%) apresentaram sororeatividade mista. Criação semidomiciliar (OR = 2,044), criação solta (OR = 4,151), ambiente de terra (OR = 3,425) e ambiente de terra/cimento (OR = 3,065) foram apontados como fatores de risco para LVC, e criação semidomiciliar (OR = 2,353), criação solta (OR = 3,454) e contato com bovinos (OR = 2,015) para DC. Conclui-se que LVC e DC estão presentes em cães do Estado da Paraíba, o que sugere revisão e intensificação das medidas de controle através do constante monitoramento da população canina.

Palavras-chave:
Cães; Leishmania infantum; Trypanosoma cruzi; fatores de risco; Nordeste do Brasil

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