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Suscetibilidade da mosca-dos-chifres, Haematobia irritans irritans (Diptera: Muscidae), a inseticidas no Brasil

Desde a dispersão da mosca-dos-chifres, no Brasil, queixas sobre seu controle aumentaram em todo o país. Um amplo levantamento objetivando avaliar a suscetibilidade da mosca a inseticidas organofosforados (OF) e piretróides foi realizado de outubro de 2000 a abril de 2003. Bioensaios com papéis de filtro impregnados com cipermetrina, permetrina ou diazinon foram conduzidos em 154 populações da mosca-dos-chifres de 14 Estados e 78 municípios. Resistência à cipermetrina, ingrediente ativo presente na maioria dos produtos para controle da mosca-dos-chifres no Brasil, foi detectada em 98,46% das populações, com fatores de resistência (FR) variando de 2,5 a 719,9. Resistência à permetrina (FR < 6,3) foi encontrada em 96,67% das populações testadas, apesar da falta de uso de produtos contendo este princípio ativo. Em geral, resistência a piretróides foi detectada em 97,18% das populações, com frequências acima de 87% em todas as regiões do país. A situação da suscetibilidade da mosca-dos-chifres a inseticidas, no Brasil, pode ser caracterizada por uma elevada suscetibilidade aos organofosforados e ocorrência generalizada de resistência aos piretróides, potencialmente comprometendo a eficácia desses produtos na maioria dos casos. Embora resultados parciais tenham sido apresentados anteriormente, um quadro geral da suscetibilidade da mosca-dos-chifres no Brasil é apresentado pela primeira vez.

Mosca-dos-chifres; resistência a piretróides; resistência parasitária


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