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Sensibilização com antígenos de Eustrongylides sp. (Nematoda: Dioctophymatidae) induzindo a produção de IgG e IgE em modelo murino

Resumo

Consumir peixe constitui papel importante na dieta humana. Hoplias malabaricus, comumente chamado de traíra, peixe de água doce largamente apreciado no Brasil, é frequentemente infectado com larvas de quarto estágio (L4) de Eustrongylides sp. O presente estudo objetivou avaliar o potencial alergênico do Extrato Bruto de L4 de Eustrongylides sp. (EBE). Camundongos BALB/c foram imunizados intraperitonealmente (IP) por 10 μg de EBE com 2 mg de hidróxido de alumínio nos dias 0 e 35. Após imunização, determinaram-se níveis específicos de anticorpos IgG e IgE e avaliou-se a imunidade celular pela reação intradérmica no pavilhão auricular. Realizou-se sensibilização epicutânea na região dorsal pela exposição ao antígeno, utilizando-se câmara tipo Finn, contendo 50 μg de CEE ou solução salina. Após exposições, foram avaliados níveis específicos de anticorpos. Na imunização via IP, houve aumento gradual nos níveis de anticorpos IgG e produção de IgE transitória. Foi observado aumento significativo na espessura do pavilhão auricular na reação de hipersensibilidade celular. Na exposição ao antígeno pela via epicutânea, o EBE induziu aumento significante nos níveis de anticorpos IgG e IgE específicos e induziu imunidade celular. Pela primeira vez, observou-se que a imunização intraperitoneal e contato epicutâneo com antígenos larvares de Eustrongylides sp. são capazes de induzir sensibilização imunológica em camundongos.

Palavras-chave:
Nematoide; potencial alergênico; sensibilização epicutânea; sensibilização intraperitoneal; modelo murino

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