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Helmintos gastrintestinais e lesões histopatológicas relacionadas em cisnes de pescoço negro Cygnus melancoryphus do Santuário da Natureza Carlos Anwandter, Sul do Chile

Resumo

O cisne de pescoço negro é distribuído por toda a América do Sul, e enfrenta problemas de conservação no Chile, sendo protegido pela Lei Estadual de Caça. O objetivo deste estudo foi identificar helmintos em cisnes e avaliar o dano tecidual por meio de histopatologia. Um total de 19.291 parasitas foi isolado de 21 aves examinadas, sendo 17 espécies identificadas, entre nematóides, trematódeos e tênias. Destes, 12 são novos registros de hospedeiros, 13 são reportados pela primeira vez no Chile, e 5 são novos registros para a região Neotropical. Além disso, os trematódeos Schistosomatidae gen. sp. e Echinostoma echinatum detectados têm importância zoonótica. Em relação à histopatologia, uma resposta inflamatória foi encontrada em todo o trato digestivo. Entretanto, é difícil estabelecer uma associação estrita de tais lesões com parasitas isolados, porque outros fatores também poderiam ser responsáveis. Em alguns casos, houve uma associação óbvia entre parasitas e lesões, embora a resposta inflamatória e a necrose fossem mínimas, como foi o caso dos gêneros Capillaria, Retinometra, Catatropis, Echinostoma e Schistosomatidae gen. sp. Entretanto, Epomidiostomum vogelsangi causou lesões granulomatosas com importante resposta inflamatória e necrose, mas sempre circunscrita às camadas superficiais da moela. Por outro lado, Paramonostomum não foi associado com uma resposta inflamatória óbvia apesar da alta carga parasitária.

Palavras-chave:
Cygnus melancoryphus; helmintos; histopatologia; zoonoses; Chile

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