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Múltipla resistência de ciatostomíneos de equinos: um estudo de caso em estabelecimentos militares no Rio Grande do Sul, Brasil

Resumo

O sistema semi-intensivo de criação de equinos favorece infecções por nematoides gastrointestinais. O tratamento dessas infecções é baseado no uso de anti-helmínticos. No entanto, o uso inadequado desses medicamentos levou à resistência parasitária aos princípios ativos disponíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das principais classes de antiparasitários (ATP), utilizados no controle em animais adultos e jovens, incluindo: benzimidazois (fenbendazol), pirimidinas (pamoato de pirantel), lactonas macrocíclicas (ivermectina e moxidectina), bem como a combinação de ingredientes ativos (ivermectina + pamoato de pirantel). O estudo foi realizado em dois estabelecimentos militares, localizados no Rio Grande do Sul (RS), de janeiro a dezembro de 2018. Os intervalos entre os tratamentos foram realizados de 30 a 90 dias. As avaliações coproparasitológicas foram determinadas pela redução da contagem de ovos nas fezes. Foram identificadas larvas de ciatostomíneos nas coproculturas pré e pós tratamentos. Os resultados demonstraram a resistência parasitária múltipla dos ciatostomíneos ao fenbendazol, moxidectina em animais jovens, febendazole e pamoato de pirantel em animais adultos. Estabelecer o diagnóstico da resistência parasitária auxiliará na elaboração de um controle parasitário profilático, reduzindo o tratamento supressivo com ATP juntamente com alternativas de controle integrado. Dessa forma, o avanço da resistência parasitária poderá ser retardado.

Palavras-chave:
Equinos; eficácia anti-helmíntica; resistência parasitária

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