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Dirofilariose canina em Porto Velho: primeiro registro, mapa de distribuição e ocorrência de mosquitos positivos

O objetivo deste estudo foi de registrar pela primeira vez a dirofilariose canina no estado de Rondônia e confirmar sua transmissão neste estado. Amostras de sangue de 727 cães foram colhidas aleatoriamente na cidade de Porto Velho. As amostras foram analisadas em busca de microfilárias e antígenos circulantes usando três técnicas diferentes: microscopia ótica de gota espessa corada com Giemsa e imunocromatografia de fluxo lateral e PCR. Mosquitos foram colhidos no domicilio e peridomicílio de todos os casos de cães positivos, estes mosquitos foram testados pela PCR na detecção de DNA de Dirofilaria immitis. Noventa e três das 727 amostras de sangue foram positivas na técnica de imunoensaio (12,8%). Nenhuma amostra foi positiva na gota espessa. Entre os 93 cães positivos, 89 (95,7%) foram nascidos em Porto Velho. Nenhuma diferença na frequencia de infecção foi observada entre cães criados dentro da casa ou no quintal. O PCR dos mosquitos resultou em apenas um pool positivo. Este resultado mostra que a transmissão de dirofilariose canina está ocorrendo na cidade de Porto Velho e a frequência que ocorre nos cães é considerada moderada. As técnicas de imunocromatografia e PCR são mais eficazes na detecção de dirofilariose comparadas a gota espessa. A confirmação de transmissão de dirofilariose canina em Porto Velho, coloca esta doença no ranking de diagnóstico diferencial de nódulos pulmonares em seres humanos em Rondônia.

Dirofilariose canina; Dirofilaria immitis ; PCR; imunocromatografia; gota espessa; Brasil


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