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Resistência anti-helmíntica em uma propriedade de bovinos leiteiros em Minas Gerais

Oitenta e quatro bezerras meio sangue Gir × holandês (F1) com seis meses de idade, naturalmente infectadas por helmintos gastrintestinais e mantidas em pastejo rotacionado receberam diferentes tratamentos anti-helmínticos. O grupo A recebeu anti-helmínticos segundo manejo empregado na propriedade (oito tratamentos, sete com produtos à base de lactonas macrocíclicas). O grupo B recebeu tratamento estratégico (ivermectina 3,15%) no inicio e final de período chuvoso. Mensalmente, no período de abril de 2002 a dezembro de 2003, foram realizadas contagens de ovos por grama de fezes (OPG) e coproculturas. Não houve redução significativa (p > 0,05) nas contagens de OPG em nenhum dos grupos após os tratamentos anti-helmínticos, e as larvas encontradas na coprocultura foram Cooperia, Haemonchus, Oesophagostomum e poucos Trichostrongylus, com predominância de Cooperia nos quatro meses iniciais e Haemonchus nos meses seguintes. No ano de 2003, bezerros traçadores foram alocados mensalmente nos pastos, apresentando altas cargas parasitárias na maioria dos meses do ano, sendo as principais espécies identificadas: Cooperia punctata e Haemonchus contortus. Os resultados indicam que os nematódeos da fazenda apresentam resistência anti-helmíntica, principalmente às lactonas macrocíclicas, e o desenvolvimento de imunidade foi primordial para reduzir a carga parasitária dos animais mestiços.

Bovinos; resistência anti-helmíntica; Cooperia; lactonas macrocíclicas; Haemonchus


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