Resumo
A leishmaniose visceral canina é uma zoonose endêmica no Brasil. Os cães são os principais hospedeiros em ambientes urbanos. O tratamento ganhou popularidade desde que o governo brasileiro autorizou a miltefosina para tratamento canino. O objetivo deste estudo foi investigar o impacto clínico e parasitológico do tratamento a curto prazo com miltefosina e alopurinol, isoladamente e/ou em combinação. Foi avaliada a capacidade da farmacoterapia em reduzir os sinais clínicos da doença e também os níveis de anticorpos, usando-se o teste de anticorpos de fluorescência indireta (RIFI) e a carga parasitária na pele, via qPCR, após 28 dias de tratamento. Os protocolos terapêuticos promoveram declínio significativo dos sinais clínicos e da carga parasitária na pele dos cães (p < 0,01). Foi observada uma correlação moderada entre a carga parasitária da pele e o escore clínico em todos os três grupos de tratamento (r > 0,5). Já os níveis de anticorpos não diminuíram nesse curto período. Concluiu-se que o tratamento com alopurinol, em curto prazo, reduziu a quantidade de parasitos na pele dos cães com leishmaniose visceral. No entanto, sua eficiência é potencializada quando associada a miltefosina.
Palavras-chave:
Miltefosina; Alopurinol; Leishmania infantum; qPCR; pele