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Relação entre sinais clínico-patológicos e gravidade da leishmaniose visceral canina

A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma zoonose com aspectos clínicos e laboratoriais variáveis. O objetivo deste trabalho foi identificar os principais achados hematológicos e bioquímicos em cães naturalmente infectados com Leishmania (Leishmania)infantum e associar esses parâmetros com as formas clínicas da LVC. Foram analizadas amostras sanguíneas provenientes de 51 cães, sendo 15 cães não infectados (grupo controle) e 36 infectados, os quais foram classificados clinicamente em três grupos: assintomáticos (n=12), oligossintomáticos (n=12) e sintomáticos (n=12). Todos os cães infectados apresentaram valores na relação albumina/globulina (A/G) abaixo do limite inferior de referência. Os valores médios de proteína total, uréia, α-2 globulina, globulina e A/G dos grupos de cães infectados permaneceram fora dos intervalos de referências e significativamente diferente quando comparados aos do grupo controle. Anemia foi registrada somente nos grupos de animais que manifestavam sinais clínicos da enfermidade, sendo que nas análises estatísticas constatou-se frequencia significativamente maior de alterações no eritrograma quando comparados ao grupo assintomático. Associação significativa foi observada entre anemia e a presença de sinais clínicos, onde os cães com os maiores valores de eritrograma apresentavam a melhor condição clínica. Os resultados fornecem evidência adicional que as formas clínicas da LVC podem refletir no eritrograma.

Leishmaniose visceral canina; formas clínicas; achados laboratoriais; anemia; relação


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