Resumo
Balantidium coli é um protozoário que pode determinar disenteria em humanos, suínos e primatas não humanos apresentando potencial zoonótico. Na literatura ainda são escassas as informações sobre a eficiência das diferentes técnicas laboratoriais para o diagnóstico dessa parasitose. Este estudo comparou e avaliou o desempenho das técnicas de Lutz, Ritchie modificada, Faust, Sheather modificada e do exame direto para a detecção de cistos desse protozoário. Entre 2012 e 2014, foram coletadas 1905 amostras fecais de animais cativos no Estado do Rio de Janeiro. Dessas, 790 foram obtidas da ampola retal de suínos e 1115 dos recintos de primatas não humanos. Cistos de B. coli foram 22,4 % mais evidenciados pelo exame direto; e pela técnica de Lutz, 21% das amostras. Concordância regular (Kappa = 0,41; p < 0,05) foi observada somente entre exame direto e Lutz. As técnicas de flutuação, Faust et al. e Sheather modificada não apresentaram boa recuperação dos cistos. Diferença estatística significativa (p < 0,05) na frequência de cistos entre suínos e primatas não humanos pode ser observada somente no exame direto e na técnica de Lutz. A metodologia mais eficiente para diagnóstico dessa parasitose foi observada pela associação do exame direto e da técnica de sedimentação espontânea.
Palavras-chave:
Balantidium coli; técnicas parasitológicas; cistos; diagnóstico laboratorial