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Estudo-piloto: células NK nas gestantes com LES

O sistema imune inato desempenha papel central na reprodução, tendo as células NK participação marcante. Durante a gravidez, seu comportamento pode esclarecer pontos cruciais na patogênese das complicações que podem ocorrer em gestantes com LES. OBJETIVO: Quantificar as células NK circulantes e sua viabilidade em gestantes com LES. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliaram-se amostras de sangue de quatro grupos de dez pacientes cada: 1 GLES: Gestantes com LES; 2 PLES: Pacientes com LES não gestantes; 3 Gcontroles: Gestantes controles; 4 Controles: Mulheres não gestantes saudáveis. Em todas as pacientes, a quantidade e a viabilidade das células NK foram medidas por citometria de fluxo, assim como por apoptose total por coloração para anexina V e iodeto de propidium. RESULTADOS: Devido à variabilidade dos resultados, a mediana de cada grupo foi utilizada para avaliar: porcentagem CD56+ [GLES (0,10), PLES (0,12), Gcontroles (0,15), Controles (0,08)]; apoptose total [GLES (0,06), PLES (0,04), Gcontroles (0,11), Controles (0,11)]. Os resultados da contagem de células vivas tiveram baixa variabilidade, por isso média e desvio-padrão foram utilizados para comparação: [GLES (0,91 ± 0,06), PLES (0,95 ± 0,03), Gcontroles (0,86 ± 0,11), Controles (0,88 ± 0,08). CONCLUSÃO: Apesar de não terem alcançado valor de significância estatística, o percentual de apoptose total nos grupos com LES foi menor que o dos controles, e a porcentagem de células vivas foi maior. Isso sugere que, em pacientes com LES, grávidas ou não, as células NK têm vida útil prolongada (ou tem turnover menor/diferente), o que indica um maior estímulo imune, fazendo com que as células NK levem mais tempo para ativar o processo de apoptose.

gravidez; lúpus eritematoso sistêmico; células NK


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