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Incidência e prevalência de esclerose sistêmica em Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Resumo

Introdução:

A esclerose sistêmica (ES) é uma enfermidade autoimune, extremamente heterogênea na sua apresentação clínica e segue um curso variável e imprevisível. Embora algumas discrepâncias nas taxas de incidência e prevalência entre regiões possam refletir as diferenças metodológicas na definição e verificação dos casos, elas também podem refletir as verdadeiras diferenças locais.

Objetivos:

Conhecer a prevalência e incidência da ES na cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul (MS), Brasil, de janeiro a dezembro de 2014.

Métodos:

Todos os serviços de saúde de Campo Grande (MS) que tinham atendimentos na especialidade de reumatologia foram convidados a participar do estudo por meio de ficha padronizada de avaliação clínica e sociodemográfica. Médicos de qualquer especialidade poderiam reportar um caso suspeito de ES, mas obrigatoriamente o diagnóstico definitivo deveria ser feito por um reumatologista, para garantir a padronização dos critérios diagnósticos e excluir outras doenças que se assemelham à ES. No fim do estudo 15 reumatologistas relataram ter atendido pacientes com diagnóstico de ES e enviaram os formulários preenchidos com os dados epidemiológicos dos pacientes.

Resultados:

A taxa de incidência de ES em Campo Grande em 2014 foi de 11,9 por milhão/habitantes e a de prevalência foi de 105,6 por milhão/habitantes. Os pacientes com ES eram principalmente mulheres, da cor branca, média de 50,58 anos, forma limitada da doença e tempo de evolução médio da doença de 8,19 anos. Em relação aos exames laboratoriais, observou-se a positividade de 94,4% para o ANA, 41,6% para ACA e 19,1% para anti-Scl70, o anticorpo anti-POL3 foi feito em apenas 37 pacientes, com positividade de 16,2%.

Conclusões:

A capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, apresentou dados de incidência e prevalência de ES inferiores aos encontrados em estudos americanos e próximos aos dados observados em estudos europeus.

Palavras-chave
Esclerose sistêmica; Esclerodermia; Incidência; Prevalência; Brasil

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