Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Reumatologia, Volume: 53, Número: 2, Publicado: 2013
  • Alexandre e as Diretrizes: a importância da estratégia e as Diretrizes para diagnóstico e tratamento medicamentoso da artrite reumatoide Editorial

    Mota, Licia Maria Henrique da; Pinheiro, Geraldo da Rocha Castelar
  • Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo Editorial

    Danowski, Adriana; Levy, Roger A.
  • Diretrizes para o diagnóstico da artrite reumatoide Documentos De Diretrizes

    Mota, Licia Maria Henrique da; Cruz, Bóris Afonso; Brenol, Claiton Viegas; Pereira, Ivânio Alves; Rezende-Fronza, Lucila Stange; Bertolo, Manoel Barros; Freitas, Max Vitor Carioca; Silva, Nilzio Antônio da; Louzada-Junior, Paulo; Giorgio, Rina Dalva Neubarth; Lima, Rodrigo Aires Corrêa; Kairalla, Ronaldo Adib; Kawassaki, Alexandre de Melo; Bernardo, Wanderley Marques; Pinheiro, Geraldo da Rocha Castelar
  • Diretrizes para o tratamento da artrite reumatoide Documentos De Diretrizes

    Mota, Licia Maria Henrique da; Cruz, Bóris Afonso; Brenol, Claiton Viegas; Pereira, Ivânio Alves; Rezende-Fronza, Lucila Stange; Bertolo, Manoel Barros; Freitas, Max Vitor Carioca; Silva, Nilzio Antônio da; Louzada-Junior, Paulo; Giorgio, Rina Dalva Neubarth; Lima, Rodrigo Aires Corrêa; Bernardo, Wanderley Marques; Pinheiro, Geraldo da Rocha Castelar
  • Diretrizes para o tratamento da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo Documentos De Diretrizes

    Danowski, Adriana; Rego, Jozelia; Kakehasi, Adriana M.; Funke, Andreas; Carvalho, Jozelio Freire de; Lima, Isabella V. S.; Souza, Alexandre Wagner Silva de; Levy, Roger A.

    Resumo em Português:

    A síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF) é uma doença sistêmica autoimune caracterizada por trombose arterial e venosa, morbidade gestacional e presença de níveis séricos de anticorpos antifosfolipídeos elevados e persistentemente positivos. O tratamento da SAF ainda é sujeito a controvérsias, já que qualquer decisão terapêutica potencialmente irá confrontar-se com o risco de uma cobertura antitrombótica insuficiente ou com o risco excessivo associado à anticoagulação e seus principais efeitos adversos. Esta diretriz foi elaborada a partir de nove questões clínicas relevantes e relacionadas ao tratamento da SAF pela Comissão de Vasculopatias da Sociedade Brasileira de Reumatologia. O objetivo deste trabalho foi criar uma diretriz que incluísse as questões mais relevantes e controversas no tratamento da SAF, com base na melhor evidência científica disponível. As questões foram estruturadas por meio do P.I.C.O. (paciente, intervenção ou indicador, comparação e outcome/desfecho), o que possibilitou a geração de estratégias de busca da evidência nas principais bases primárias de informação científica (MEDLINE/Pubmed, Embase, Lilacs/Scielo, Cochrane Library, Premedline via OVID). Também realizou-se busca manual da evidência e de teses (BDTD e IBICT). A evidência recuperada foi selecionada a partir da avaliação crítica, utilizando instrumentos (escores) discriminatórios de acordo com a categoria da questão terapêutica (JADAD para ensaios clínicos randomizados e New Castle Ottawa Scale para estudos não randomizados). Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, eles foram selecionados pela força da evidência e pelo grau de recomendação, segundo a classificação de Oxford.

    Resumo em Inglês:

    The antiphospholipid syndrome (APS) is a systemic autoimmune disease characterized by arterial and venous thrombosis, gestational morbidity and presence of elevated and persistently positive serum titers of antiphospholipid antibodies. The treatment of APS is still controversial, because any therapeutic decision potentially faces the risk of an insufficient or excessive antithrombotic coverage associated with anticoagulation and its major adverse effects. This guideline was elaborated from nine relevant clinical questions related to the treatment of APS by the Committee of Vasculopathies of the Brazilian Society of Rheumatology. Thus, this study aimed at establishing a guideline that included the most relevant and controversial questions in APS treatment, based on the best scientific evidence available. The questions were structured by use of the PICO (patient, intervention or indicator, comparison and outcome) process, enabling the generation of search strategies for evidence in the major primary scientific databases (MEDLINE/PubMed, Embase, Lilacs, Scielo, Cochrane Library, Premedline via OVID). A manual search for evidence and theses was also conducted (BDTD and IBICT). The evidence retrieved was selected based on critical assessment by using discriminatory instruments (scores) according to the category of the therapeutic question (JADAD scale for randomized clinical trials and Newcastle-Ottawa scale for non-randomized studies). After defining the potential studies to support the recommendations, they were selected according to level of evidence and grade of recommendation, according to the Oxford classification.
  • Treinamento de força versus hidroginástica: uma análise transversal comparativa da densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa Artigos Originais

    Balsamo, Sandor; Mota, Licia Maria Henrique da; Santana, Frederico Santos de; Nascimento, Dahan da Cunha; Bezerra, Lídia Mara Aguiar; Balsamo, Denise Osti Coscrato; Borges, João Lindolfo Cunha; Paula, Ana Patrícia de; Bottaro, Martim

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: Há um grande número de estudos mostrando que o treinamento de força tem um efeito positivo sobre a densidade mineral óssea (DMO). Porém, existem poucos estudos comparando a DMO entre praticantes de hidroginástica e treinamento de força. OBJETIVO: Comparar, em uma análise transversal, a DMO de mulheres praticantes de treinamento de força com mulheres praticantes de hidroginástica, na pós-menopausa. MÉTODOS: A amostra foi composta de 63 mulheres, divididas em três grupos: treinamento de força (FORÇA: n = 15; 51,4 ± 2,7 anos), hidroginástica (HIDRO: n = 22; 54,5 ± 3,3 anos) e controles não treinadas (CONTROLE: n = 26; 52,0 ± 3,3 anos). Todas as voluntárias estavam em terapia de reposição hormonal há no mínimo um ano. Os grupos FORÇA e HIDRO treinavam há pelo menos um ano antes do início do estudo (média de anos de treinamento - FORÇA: 4,5 ± 2,0; HIDRO: 4,2 ± 2,2). RESULTADOS: O grupo FORÇA apresentou maior DMO de corpo total, colo femoral e coluna lombar L2-L4 quando comparado ao grupo-controle (todos P < 0,05). O grupo HIDRO apresentou maior DMO no corpo total, quadril total e coluna lombar L2-L4 quando comparado ao grupo-controle (todos P < 0,05). Entretanto, não foram observadas diferenças entre os grupos FORÇA e HIDRO em nenhum dos sítios avaliados. CONCLUSÕES: Estes achados sugerem que não apenas o treinamento de força, mas também a hidroginástica podem ser estratégias não farmacológicas para prevenção da perda de DMO em mulheres na pós-menopausa.

    Resumo em Inglês:

    INTRODUCTION: Many studies have shown that resistance training has a positive effect on bone mineral density (BMD). However, few studies have compared the BMD of individuals undergoing resistance training and those training aquatic weight-bearing exercises. OBJECTIVE: To compare, in a cross-sectional study, the BMD of postmenopausal women undergoing resistance training and postmenopausal women training aquatic weight-bearing exercises. METHODS: The sample comprised 63 women divided into the following three groups: resistance training (STRENGTH: n = 15; 51.4 ± 2.7 years); aquatic weight-bearing exercises (WA-TER: n = 22; 54.5 ± 3.3 years); and non-trained controls (CONTROL: n = 26; 52.0 ± 3.3 years). All volunteers were on hormone replacement therapy for at least one year. The STRENGTH and WATER groups were training for at least one year prior to study beginning (mean years of training - STRENGTH: 4.5 ± 2.0; WATER: 4.2 ± 2.2). RESULTS: The STRENGTH group had higher BMD of total body, femoral neck, lumbar spine L2-L4 as compared with the CONTROL group (all P < 0.05). The WATER group had higher BMD of total body, total hip, lumbar spine L2-L4 as compared with the CONTROL group (all P < 0.05). However, no difference was observed between the STRENGTH and WATER groups regarding the sites assessed. CONCLUSIONS: Those findings suggest that not only the resistance training, but also aquatic weight-bearing exercises might be a non-pharmacological strategy to prevent BMD loss in postmenopausal women.
  • Ausência de associação entre os polimorfismos do gene interleucina-18 e artrite reumatoide Artigos Originais

    Farias, Ticiana Della Justina; Canto, Luisa Matos do; Medeiros, Mayara Delagnelo; Sereia, Aline Fernanda Rodrigues; Back, Lia Kubelka Fernandes de Carlos; Mello, Filipe Martins de; Zimmermann, Adriana Fontes; Pereira, Ivânio Alves; Muniz, Yara Costa Netto; Marrero, Andrea Rita; Souza, Ilíada Rainha de

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Analisar a associação dos polimorfismos do gene interleucina-18 (IL-18) com artrite reumatoide (AR) e com fatores de risco de doenças cardiovasculares (DCV). MÉTODOS: A amostra foi constituída por 97 pacientes com AR e 151 controles saudáveis. Nos primeiros, foram analisados fatores de risco de DCV, tais como níveis do colesterol, hipertensão arterial, tabagismo e fator reumatoide, bem como o nível da proteína C-reativa (CRP). O DNA foi extraído e foram analisados os polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) nas posições -607C/A e -137G/C do gene IL-18 em ambos os grupos. O equilíbrio de Hardy-Weinberg (EHW) e o odds ratio (OR) foram realizados, considerando IC 95% e P < 0,05. RESULTADOS: As frequências do alelo -607A nos pacientes com AR e nos controles foram de 0,443 e 0,424 e do alelo -137C foram de 0,304 e 0,291, respectivamente. As frequências do genótipo estavam em EHW, exceto em controles no locus -137 (P = 0,006). Não foi encontrada associação dos polimorfismos do gene IL-18 com AR, nem com fatores de risco de DCV, incluindo o nível do colesterol e de CRP (P > 0,05). Além disso, observaram-se mais indivíduos fumantes entre pacientes com AR em comparação aos controles (OR = 1,691; P = 0,088), e os níveis de CRP eram ligeiramente mais elevados em pacientes fumantes quando comparados aos de pacientes não fumantes (OR = 2,673; P = 0,061). CONCLUSÕES: Ao analisar uma amostra de pacientes com AR no sul do Brasil, não foi encontrada associação dos polimorfismos do gene IL-18 com AR, nem com os fatores de risco de DCV.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To assess the association of the polymorphisms of the interleukin-18 (IL-18) gene with rheumatoid arthritis (RA) and with risk factors for cardiovascular diseases (CVD). METHODS: This sample comprised 97 patients with RA and 151 healthy controls. In the patients, risk factors for CVD were analyzed, such as cholesterol levels, arterial hypertension, smoking habit, C-reactive protein (CRP) level, and rheumatoid factor. DNA was extracted and the single nucleotide polymorphisms (SNP) at the -607C/A and -137G/C positions of the IL-18 gene were assessed in both groups. The Hardy-Weinberg equilibrium (HWE) was calculated and the odds ratio (OR) test performed, considering a 95% CI and P < 0.05. RESULTS: The frequencies of the -607A allele in patients with RA and in controls were 0,443 and 0.424, respectively, and of the -137C allele, 0.304 and 0.291, respectively. The genotype frequencies were in HWE, except for controls in the -137 locus (P = 0.006). Association of the polymorphisms of the IL-18 gene was found with neither RA nor risk factors for CVD, including cholesterol level and CRP (P > 0.05). In addition, more smokers were found among patients with RA as compared with controls (OR = 1.691; P = 0.088), and the CRP levels were slightly higher in patients who smoked than in patients who did not (OR = 2.673; P = 0.061). CONCLUSIONS: In this sample of patients with RA in the South of Brazil, association of the polymorphisms of the IL-18 gene was observed with neither RA nor risk factors for CVD.
  • O que o reumatologista deve saber sobre a vacina contra febre amarela Artigos De Revisão

    Oliveira, Ana Cristina Vanderley; Mota, Licia Maria Henrique da; Santos-Neto, Leopoldo Luiz dos; Tauil, Pedro Luiz

    Resumo em Português:

    Os pacientes portadores de doenças reumáticas são mais suscetíveis à infecção, quer seja pela própria doença de base ou pelo tratamento empregado. É papel do reumatologista prevenir as infecções nesse grupo de pacientes e, dentre as estratégias empregadas, encontra-se a vacinação. No grupo das doenças infecciosas que podem ser prevenidas está a febre amarela. Sua vacina é segura e eficaz na população em geral, mas, assim como as vacinas contendo organismos vivos atenuados, deve ser evitada sempre que possível em portadores de doenças reumáticas em uso de medicamentos imunossupressores. Sendo a febre amarela endêmica em grande parte do Brasil, e estando a vacinação contra essa doença indicada para a população residente em extensa parte do território nacional (além dos viajantes para essas regiões), torna-se essencial que o reumatologista tenha conhecimento da doença, das indicações e contraindicações da vacina contra a febre amarela. Nosso artigo tem o objetivo de destacar os principais aspectos que o reumatologista precisa conhecer sobre a vacina contra a febre amarela, para decidir por sua indicação ou contraindicação após avaliação do risco-benefício em situações específicas.

    Resumo em Inglês:

    Patients with rheumatic diseases are more susceptible to infection, due to the underlying disease itself or to its treatment. The rheumatologist should prevent infections in those patients, vaccination being one preventive measure to be adopted. Yellow fever is one of such infectious diseases that can be avoided.The yellow fever vaccine is safe and effective for the general population, but, being an attenuated live virus vaccine, it should be avoided whenever possible in rheumatic patients on immunosuppressive drugs. Considering that yellow fever is endemic in a large area of Brazil, and that vaccination against that disease is indicated for those living in such area or travelling there, rheumatologists need to know that disease, as well as the indications for the yellow fever vaccine and contraindications to it. Our paper was aimed at highlighting the major aspects rheumatologists need to know about the yellow fever vaccine to decide about its indication or contraindication in specific situations.
  • Atualização na terapêutica da calcinose em dermatomiosite Artigos De Revisão

    Shinjo, Samuel Katsuyuki; Souza, Fernando Henrique Carlos de

    Resumo em Português:

    Calcinose é uma afecção do tecido conjuntivo classificada em quatro tipos: metastática, idiopática, iatrogênica e distrófica. Esta última é o que acontece, por exemplo, em dermatomiosite, principalmente na forma juvenil, e é caracterizada por uma deposição anormal de sais de cálcio em pele afetada, tecidos subcutâneos, músculos ou tendões, sendo os níveis séricos de cálcio e fósforo normais. O tratamento da calcinose em dermatomiosite continua sendo um desafio, havendo poucas descrições na literatura, de pouca evidência científica. Não se apresenta, até o momento, nenhuma terapia altamente eficaz no combate e resolução dessa comorbidade. No presente trabalho, abordamos o conceito de calcinose, particularmente em dermatomiosite, assim como o seu tratamento descrito na literatura.

    Resumo em Inglês:

    Calcinosis is a connective tissue disorder classified into the following four types: metastatic; idiopathic; iatrogenic and dystrophic. Dystrophic calcinosis can occur, for example, in dermatomyositis, mainly in juvenile dermatomyositis, and is characterized by an abnormal deposition of calcium salts in affected skin, subcutaneous tissues, and muscles or tendons, with normal serum levels of calcium and phosphate. The treatment of calcinosis in dermatomyositis remains a challenge, with few descriptions in the literature of low scientific evidence. So far, no therapy has proved to be highly effective in the combat and resolution of that comorbidity. The present study discusses the concept of calcinosis, particularly in dermatomyositis, as well as its treatment described in the literature.
  • Condrólise de quadril em uma adolescente: evolução clínica e radiológica Relatos De Caso

    Sakamoto, Ana Paula; Ramos, Larissa Lucati; Fernandes, Artur da Rocha Corrêa; Terreri, Maria Teresa

    Resumo em Português:

    A condrólise idiopática de quadril é uma condição rara, caracterizada por destruição progressiva da cartilagem articular da cabeça do fêmur e do acetábulo, sem etiologia conhecida. A CIQ tem início insidioso e acomete com maior frequência meninas na adolescência. Os pacientes apresentam dor intensa em quadril, restrição de movimentação e até claudicação. O objetivo do trabalho foi demonstrar um caso dessa doença rara: uma adolescente de 11 anos de idade, com condrólise, em acompanhamento por três anos. As provas de atividade inflamatória eram normais. Os exames de imagem (radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética) foram essenciais para o diagnóstico. O tratamento baseou-se no controle da dor e preservação da mobilidade articular, incluindo atividades físicas de baixo impacto, anti-inflamatórios não hormonais e droga modificadora de doença, com boa resposta após um ano de tratamento. Intervenção cirúrgica não foi necessária.

    Resumo em Inglês:

    Idiopathic chondrolysis of the hip is a rare condition of unknown etiology characterized by progressive destruction of the hyaline cartilage that covers the femoral head and acetabulum. Idiopathic chondrolysis of the hip has an insidious beginning and affects more often female adolescents. Patients report severe hip pain, mobility limitation, and even claudication. This study aimed at reporting one case of that rare disease: an 11-year-old female adolescent with chondrolysis, followed up for three years. Inflammatory activity tests were normal. Imaging tests (radiography, ultrasonography and magnetic resonance) were essential for the diagnosis. The treatment was based on pain control and preservation of the joint mobility, and included low-impact physical activity, non-steroidal anti-inflammatory drugs, and disease-modifying antirheumatic drugs, with good response after 12 months of treatment. Surgery was not necessary.
  • Vasculite mesentérica em paciente com lúpus eritematoso sistêmico juvenil Relatos De Caso

    Albuquerque-Netto, Adão F.; Cavalcante, Erica G.; Sallum, Adriana M. E.; Aikawa, Nádia E.; Tannuri, Uenis; Silva, Clovis Artur Almeida da

    Resumo em Português:

    A vasculite mesentérica lúpica (VML) é uma rara causa de dor abdominal aguda. Há poucos relatos de caso demonstrando VML em adultos e, particularmente, em crianças e adolescentes. No entanto, para o nosso conhecimento, a prevalência dessa grave vasculite em uma população pediátrica com lúpus ainda não foi estudada. Portanto, dados de 28 anos consecutivos foram revisados e incluídos 5.508 pacientes em seguimento no Hospital da Faculdade de Medicina da Univesidade de São Paulo (FMUSP). Identificamos 279 (5,1%) casos que preencheram critérios de classificação diagnóstica do American College of Rheumatology para lúpus eritematoso sistêmico (LES) e um (0,4%) desses apresentou VML. Este paciente recebeu diagnóstico de LES aos 11 anos de idade. Aos 13 anos foi hospitalizado com dor abdominal difusa e aguda, náuseas, vômitos biliosos, distensão e rigidez abdominal, com descompressão brusca positiva. O paciente foi prontamente submetido à laparotomia exploradora, identificando isquemia intestinal segmentar, com edema de parede intestinal e aderências. Foi realizada ressecção parcial de intestino delgado, com lise das aderências e pulsoterapia com metilprednisolona. A análise histopatológica identificou arterite de vasos mesentéricos. Após 13 dias, apresentou recorrência de dor abdominal difusa intensa, sendo novamente submetido à laparotomia exploradora, identificando obstrução em intestino delgado por aderências, com gangrena intestinal. Nova ressecção intestinal foi realizada, além de pulsoterapia com metilprednisolona e infusão de imunoglobulina. Portanto, VML é uma rara e grave manifestação abdominal na população com lúpus pediátrico, e pode ser a única manifestação de atividade da doença. Além disso, este estudo reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento imediato.

    Resumo em Inglês:

    Lupus mesenteric vasculitis (LMV) is a rare cause of acute abdominal pain. Few cases of LMV have been reported in adults, children and adolescents. However, to our knowledge, the prevalence of that severe vasculitis in a pediatric population with lupus is yet to be studied. This study reviewed data from 28 consecutive years and included 5,508 patients being followed up at the hospital of the Faculdade de Medicina of the Univesidade de São Paulo (FMUSP). We identifi ed 279 (5.1%) patients meeting the American College of Rheumatology classifi cation criteria for the diagnosis of systemic lupus erythematosus (SLE), one of whom (0.4%) had LMV. That male patient was diagnosed with SLE at the age of 11 years. At the age of 13 years, he was hospitalized with diffuse and acute abdominal pain, nausea, bilious vomiting, abdominal distension, rebound tenderness, and abdominal muscle guarding. The patient underwent laparotomy immediately, and segmentary intestinal ischemia with intestinal wall edema and adhesions were identifi ed. Partial small bowel resection with lysis of the adhesions was performed, as were pulses of intravenous methylprednisolone. The histopathologic analysis evidenced mesenteric arteritis. After 13 days, the diffuse and intense abdominal pain recurred, and the patient underwent a new laparotomy, during which adhesive small bowel obstruction with intestinal gangrene was identifi ed. New intestinal resection was performed, and the patient received pulses of intravenous methylprednisolone and infusion of immunoglobulin. Thus, LMV is a rare and severe abdominal manifestation of the pediatric population with lupus, and can be the only manifestation of disease activity. In addition, this study stresses the importance of the early diagnosis and immediate treatment.
  • Errata: Qualidade de vida de pacientes com lúpus eritematoso influencia a capacidade cardiovascular em teste de caminhada de 6 minutos Errata

    Balsamo, Sandor; Nascimento, Dahan da Cunha; Tibana, Ramires Alsamir; Santana, Frederico Santos de; Mota, Licia Maria Henrique da; Santos-Neto, Leopoldo Luiz dos
Sociedade Brasileira de Reumatologia Av Brigadeiro Luiz Antonio, 2466 - Cj 93., 01402-000 São Paulo - SP, Tel./Fax: 55 11 3289 7165 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: sbre@terra.com.br