Resumo
O acesso à água é um direito de todas as pessoas, e agências governamentais são responsáveis por alocar a água para garantir seu uso sustentável para múltiplos usuários. No entanto, decidir a melhor estratégia de alocação não é uma tarefa simples, pois em sistemas complexos, que dependem de uma série de decisões individuais por parte das pessoas, as políticas de água podem ter impactos imprevisíveis. Considerando a alocação de água em um corpo hídrico, apresentamos um modelo baseado em agentes que aloca água e possui uma estratégia de comportamento adaptável dos agentes de sobrepor a decisão do gestor quando os direitos de água são negados. Realizamos uma comparação de cenários da susceptibilidade dos agricultores em sobrepor e da disponibilidade de água no Canal do Sertão, no estado de Alagoas, nordeste do Brasil. No cenário de capacidade reduzida de água, os agentes com direitos de água nos últimos segmentos do canal foram incapazes de retirar água devido a agentes que a retiraram ilegalmente. A sustentabilidade do sistema mostrou-se sensível ao nível de susceptibilidade de captura de água ilegal, merecendo atenção e investimentos no setor de fiscalização. Além do efeito estudado, o modelo pode ser aplicado para avaliar e comparar vantagens e impactos nos níveis de água para diferentes políticas de água, como subsídios financeiros e créditos, ou diferentes estratégias de alocação de água.
Palavras-chave:
Hidro-complexidade; Socio-hidrologia; Mesa