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Desigualdade social, desenvolvimento humano e padrão de fecundidade no Brasil, 2000-2010

Resumo

Objetivos:

analisar o padrão de fecundidade no Brasil e sua relação com o desenvolvimento humano nas unidades de federação no Brasil em 2000 e 2010.

Métodos:

trata-se de estudo ecológico cuja unidade de análise foram as Unidades Federativas brasileiras no período de 2000 e 2010. A fecundidade foi avaliada considerando os indicadores sociais (IDH), indicadores de desigualdade (Gini, Theil e Razão de Renda) e os indicadores de fecundidade (taxa de fecundidade e idade média de fecundidade).

Resultados:

o Brasil vem experimentando rápida transição da fecundidade. O padrão das curvas de fecundidade modificou em todas as UF entre 2000 e 2010, com redução do tamanho da cúspide e postergação da fecundidade. Esta mudança foi mais evidente entre as UF com melhor desenvolvimento e menor desigualdade. A correlação entre indicadores sociais e de fecundidade perdeu força no período, corroborando a hipótese de transição.

Conclusões:

existe relação direta entre os indicadores de fecundidade e desigualdade, e inversa com desenvolvimento humano. Deve-se considerar as modificações na estrutura etária da população, bem como nos indicadores de desigualdade, para melhor planejamento de políticas públicas na saúde pública.

Palavras-chave
Fecundidade; Demografia; Índice de desenvolvimento humano; Postergação da fecundidade; Políticas públicas

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