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Tabagismo e outros fatores de risco pré-gestacional para nascimento espontâneo prematuro

OBJETIVOS: investigar fatores de risco pré-gestacional para nascimento espontâneo prematuro e o papel do tabagismo e seus efeitos cumulativos na prematuridade. MÉTODOS: um estudo transversal baseado em um banco de dados maternos e perinatais, analisou todos os nascimentos ocorridos, em um hospital terciário, no período de abril de 2002 a julho de 2004. Nascimentos prematuros, únicos e espontâneos, de nascidos vivos, sem malformações, foram selecionados como casos. Controles foram selecionados como nascidos vivos e a termo, únicos e sem malformações durante o mesmo período. Três desfechos foram estudados: todos nascimentos prematuros com menos de 37 semanas, aqueles com menos de 35 e 32 semanas de gestação. Regressão Logística foi utilizada na determinação do efeito independente de cada um dos fatores de risco. RESULTADOS: idade materna de menos de 20 anos, baixa escolaridade, baixo índice de massa corporal pré-gestacional e tabagismo se mostraram independente e significativamente associados com nascimento espontâneo e prematuro para os três desfechos. Para todos os fatores de risco, exceto tabagismo materno, as razões de chance aumentaram linearmente com o decréscimo da idade gestacional. O teste para tendência linear se mostrou significante para idade materna de menos de 20 anos e para baixo índice de massa corporal pré-gestacional. CONCLUSÕES: os efeitos cumulativos do tabagismo apontam para a necessidade de incentivar o abandono do hábito de fumar entre as gestantes, especialmente entre aquelas com baixo índice de massa corporal e em idade mais avançada, devido ao risco aumentado de prematuridade neste grupo específico.

Prematuridade; Fatores de risco; Tabagismo


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