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Desenvolvimento neuropsicomotor e estabilidade genômica associados aos níveis de folato e ferro sanguíneos de pré-escolares

Resumo

Objetivos:

avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor e a estabilidade genômica associados ao folato e ferro sanguíneos em pré-escolares.

Métodos:

estudo transversal, no qual avaliou-se exames bioquímicos (hemograma completo, ferritina sérica, ferro e folato), desenvolvimento neuropsicomotor (Teste Denver

II) e genotoxicidade (citoma de micronúcleos em células bucais esfoliadas) de 55 crianças com 36-59 meses de idade. Para a análise dos dados, empregou-se os testes T de Student, Kruskal-Wallis e correlação de Pearson ou Spearman, com nível de significância de p<0,05.

Resultados:

a prevalência de anemia foi de 1,8%. Pelo teste de Denver II foram classificadas 32,7% das crianças como normais e 67,3% como suspeita de atraso. As crianças com suspeita de atraso apresentaram pequena redução no hematócrito e hemoglobina (p=0,05 e p=0,14), redução intermediária de ferro e folato (p=0,29 e p=0,23) e redução marcante de ferritina (p=0,03). Ferro e folato associaram-se significativamente com a frequência de células com lesões no DNA (p<0,05). A frequência de células binucleadas associou-se positivamente com Red Cell Distribution Width (RDW) (r=0,56; p=0,02), nas crianças sem atraso e negativamente com folato (r=-0,33; p=0,05), nas crianças com atraso.

Conclusões:

este estudo mostrou baixa prevalência de anemia, mas elevada taxa de crianças com suspeita de atraso neuropsicomotor, possivelmente associada com baixos níveis de ferritina. Ademais, observou-se associação entre ferro e folato com dano no DNA, o que pode ter contribuído para o atraso neuropsicomotor.

Palavras-chave
Ferro; Folato; Criança; Desenvolvimento neuropsicomotor; Estabilidade genômica

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