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Fatores associados ao óbito neonatal de mães adolescentes

Resumo

Objetivos:

analisar fatores associados ao óbito neonatal de mães adolescentes.

Métodos:

estudo transversal de base hospitalar em instituição terciária, randomizado, com dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de prontuários. A população do estudo compreendeu 1.341 adolescentes de 10 a 19 anos assistidos durante o parto na instituição entre 2012 a 2016. As variáveis independentes foram características sociodemográficas, assistenciais, relacionadas ao pré-natal, parto, nascimento e internamento do recém-nascido, além das características do bebê. Realizou-se análise de regressão logística para avaliar a associação entre óbito neonatal e variáveis explanatórias.

Resultados:

os fatores associados ao óbito foram municípios do interior e outros estados (OR=2,68; IC95%=1,24-5,81), índices de apgar menor que sete no 1º(OR=9,52; IC95%=4,15-21,81) e no 5º(OR=4,17; IC95%=1,53-11,34) minutos de vida e peso ao nascer menor que 999g (OR=13,37; IC95%= 3,64-49,04) e entre 1500 a 2499g (OR=3,43; IC95%= 1,37-8,58).

Conclusões:

o apgar e o baixo peso ao nascer se associaram ao óbito neonatal de mães adolescentes além da procedência de municípios do interior e outros estados. Estes achados mostram além de riscos clássicos, potenciais dificuldade das adolescentes em dispor de assistência nos seus lugares de residência. Para reduzir os riscos há necessidade de reorganizar a rede assistencial materno-infantil e garantir uma rede de proteção social a estas meninas.

Palavras-chave
Mortalidade neonatal; Gravidez na adolescência; Adolescente; Gravidez; Óbito neonatal

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