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O papel da paridade no tipo de parto em mulheres com idade materna avançada

Resumo

Objetivos:

descrever o perfil das mulheres brasileiras com IMA (> 35 anos) segundo a paridade, além de analisar o papel da paridade na relação entre IMA e tipo de parto.

Métodos:

trata-se de um estudo transversal, baseado no inquérito “Nascer no Brasil”. Os dados foram coletados em 2011/2012. Executou-se o teste qui-quadrado para verificar a associação entre paridade e características maternas, do pré-natal, parto, hábitos maternos, doenças pré-gestacionais, complicações maternas e antecedentes obstétricos.

Resultados:

das 2.510puérperas com IMA, 20,2% eram primíparas, 54,4% tinham um ou dois partos anteriores e 25,4%o três ou mais partos anteriores. As primíparas apresentaram maior escolaridade, classe econômica mais elevada e IMC adequado, eram brancas; e possuíam melhores hábitos maternos quando comparadas às multíparas. Entretanto, também foram mais submetidas à cesariana, ainda que sem intercorrências relatadas.

Conclusão:

não se pode falar em gestantes com IMA como um grupo homogêneo no Brasil. Existem desigualdades que podem ser reveladas via paridade, uma vez que as primíparas apresentam características maternas, hábitos e acesso ao pré-natal e parto mais vantajosas que as multíparas.

Palavras-chave:
Saúde materno infantil; Idade materna; Complicações na gravidez; Parto

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