RESUMO
Objetivou-se com este estudo avaliar se a produção de gases e a degradabilidade in vitro de dietas para ovinos podem ser influenciadas pelo uso do extrato etanólico de propólis.Foram avaliados cinco níveis de inclusão do extrato etanólico de própolis (EEP) nas dietas, sendo: sem adição de EEP; 6 mL de EEP; 12 mL de EEP; 24 mL EEP e 36 mL de EEP/kg de concentrado, sendo a dieta experimental constituída de 50% de capim elefante triturado (Pennisetum purpureum) como volumoso e 50% de concentrado (milho, farelo de soja e núcleo mineral e vitamínico). Houve efeito quadrático (P<0,05) para os volumes de produção de gases total (Vt),gases produzidos pelas frações de degradação rápida (Vf1) e para a degradabilidade in vitro em 120 horas (Deg120), onde os menores valores de Vt, Vf1 e Deg120, foram encontrados para a inclusão aproximada de 9 mL de EEP/Kg de concentrado, representando, 79,85 (Vt) e 55,08 (Vf1) mL/g de MS, e 79,14% de degradabilidade. Já produção de gás pela fermentação da fração de degradação lenta (Vf2) não foi significativo (P<0,05), com média de 25 mL/g MS. O tempo de colonização das partículas do alimento (λ) reduziu significativamente (P<0,05) com o aumento dos níveis de inclusão do EEP. Sendo assim, é possível concluir que o extrato etanólico de própolis até a inclusão de 9,4 mL/Kg de concentrado foi eficiente em inibir in vitro a produção de gases total (Vt) e a partir das frações de degradação rápida (Vf1)em 9,9 e 15,3%, respectivamente, além de promover uma redução de 5,3% na degradabilidade após 120 h de incubação (Deg120h), em dietas com proporção concentrado:volumoso de 50:50. Assim, a inibição na produção de gases foi proporcionalmente superior a redução da degradabilidade.
Palavras-chave:
degradação; fermentação; tempo de colonização
