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Impacto do internamento em unidade de cuidados intensivos na amplitude de movimento de pacientes graves: estudo piloto

Objetivo:

Aferir a amplitude de movimento articular de pacientes graves durante o internamento numa unidade de cuidados intensivos.

Métodos:

Estudo prospectivo e longitudinal, realizado em uma unidade de cuidados intensivos de um hospital público da cidade de Salvador (BA), no período de setembro a novembro de 2010. A principal variável avaliada foi a amplitude de movimento articular passiva, por meio da goniometria dos cotovelos, joelhos e tornozelos, no momento da admissão e na alta. Todos os pacientes internados no período foram incluídos, sendo excluídos aqueles com tempo de internamento <72 horas e com reduções da amplitude de movimento articular na admissão.

Resultados:

A amostra foi composta por 22 indivíduos, com idade média de 53,5±17,6 anos, tempo de internamento na unidade de cuidados intensivos de 13,0±6,0 e de ventilação mecânica de 12,0±6,3 dias. O APACHE II foi 28,5±7,3, sendo que a maioria dos pacientes era independente funcional previamente ao internamento, com índice de Barthel prévio de 88,8±19. As perdas de amplitude de movimento articular foram 11,1±2,1°; 11,0±2,2°; 8,4±1,7°; 9,2±1,6°; 5,8±0,9° e 5,1±1,0°; para cotovelos, joelhos e tornozelos, respectivamente do lado direito e esquerdo (p<0,001).

Conclusão:

Houve uma tendência de decréscimo nas amplitudes de movimento de grandes articulações, como tornozelo, joelho e cotovelo, durante o internamento em unidade de cuidados intensivos.

Amplitude de movimento articular; Pacientes internados; Unidades de terapia intensiva


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