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Estimativa do impacto econômico da implantação de um protocolo hospitalar para detecção e tratamento precoce de sepse grave em hospitais púbicos e privados do sul do Brasil

OBJETIVO: Analisar o impacto econômico de um protocolo de detecção precoce de sepse em dois hospitais gerais. MÉTODOS: Analisamos os dados colhidos em um estudo prospectivo em pacientes sépticos antes e após a implantação do protocolo de detecção precoce de sepse grave. Realizamos uma análise de custo-efetividade comparando: taxa de mortalidade, custo do tratamento da sepse e custos indiretos atribuídos a anos de vida produtiva perdidos por óbito prematuro em ambas as fases. RESULTADOS: Foram incluídos 217 pacientes, 102 na Fase I e 115 na Fase II. Após a implantação do protocolo, em hospital privado e em hospital público, as taxas de mortalidade caíram de 50% para 32,2%, e de 68,6% para 41% (p<0,05). A média de anos de vida produtiva perdida devida a sepse caiu de 3,18 para 0,80 e de 9,81 para 4,65 (p<0,05) com um ganho médio de 2,38 e 5,16 anos de vida produtiva para cada paciente séptico. Considerando o produto interno bruto per capita do Brasil, a estimativa de produtividade perdida devida a sepse caiu entre 3,2 e 9,7 bilhões de dólares americanos, variando com base na incidência de sepse. Os custos hospitalares foram similares em ambas as fases. CONCLUSÃO: Um protocolo para detecção e tratamento precoce em pacientes hospitalizados com sepse é altamente custo-efetiva do ponto de vista social.

Sepse; Sepse; Análise custo-benefício; Brasil


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