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Efetividade do uso de times de resposta rápida para reduzir a ocorrência de parada cardíaca e mortalidade hospitalar: uma revisão sistemática e metanálise

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a efetividade de times de resposta rápida com uso de identificação precoce de deterioração clínica, na redução das ocorrências de parada cardiorrespiratória e morte no hospital.

Fontes de dados:

Realizaram-se buscas nas bases de dados MEDLINE, LILACS, Cochrane Library e Center for Reviews and Dissemination.

Seleção de estudos:

Incluímos trabalhos que avaliaram a efetividade de times de resposta rápida em unidades hospitalares de pacientes adultos, publicados em inglês, português ou espanhol, no período entre 2000 e 2016. Consideraram-se elegíveis revisões sistemáticas, ensaios clínicos, estudos de coorte e ecológicos pré-pós. A qualidade dos trabalhos foi avaliada de forma independente por dois dos pesquisadores com utilização das escalas Newcastle-Ottawa e Jadad modificada, e da ferramenta Assessment of Multiple Systematic Reviews.

Extração dos dados:

Os resultados foram resumidos e tabulados. Quando os autores dos estudos incluídos relataram medidas de risco, estimamos a efetividade como 1-RR ou 1-OR. Nos estudos pré-pós, estimamos a efetividade como a diminuição porcentual nas taxas após a intervenção.

Resultados:

Identificou-se um total de 278 trabalhos, dos quais 256 foram excluídos após avaliação do resumo, e dois outros após avaliação do texto completo. Na metanálise dos estudos que relataram dados de mortalidade, calculamos uma proporção de risco de 0,85 (IC95% 0,76 - 0,94); para os trabalhos que relataram dados de parada cardíaca, o cálculo da proporção de risco foi de 0,65 (IC95% 0,49 - 0,87). A evidência foi de baixa qualidade em razão da heterogeneidade e do risco de viés nos ensaios primários.

Conclusão:

Os times de resposta rápida podem reduzir a incidência de morte e parada cardíaca no hospital, embora a qualidade da evidência seja baixa para ambos os desfechos.

Descritores:
Equipe de assistência ao paciente; Mortalidade; Parada cardíaca; Qualidade da assistência à saúde; Revisão sistemática

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