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Organização dos cuidados de reabilitação nas unidades de cuidados intensivos portuguesas

RESUMO

Objetivo:

Descrever os diferentes modelos de prestação de cuidados de reabilitação em prática nas unidades de cuidados intensivos de adultos portuguesas.

Métodos:

Estudo observacional simples (transversal), realizado por meio de inquérito on-line enviado aos enfermeiros-chefes ou responsáveis das 58 unidades de cuidados intensivos de adultos que integram a base de dados da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Resultados:

Foram identificados três modelos de organização dos cuidados de reabilitação: cuidados prestados pela equipe da unidade de cuidados intensivos (22,9%), cuidados prestados por equipes externas especializadas (25,0%), um misto dos modelos anteriores, conjugando as duas situações (52,1%). No primeiro modelo, os cuidados eram prestados essencialmente por enfermeiros com especialização em reabilitação e, no segundo, por fisioterapeutas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os modelos no que diz respeito à disponibilidade de cuidados, em horas/dia ou dias/semana (p = 0,268 e 0,994 respetivamente), ou a resultados como tempo de internamento em cuidados intensivos, tempo de ventilação ou taxa de mortalidade na unidade (p = 0,418, 0.923 e 0,240 respetivamente).

Conclusão:

A organização dos cuidados de reabilitação nas unidades de cuidados intensivos portuguesas é singular e heterogênea. Apesar dos diferentes modelos de organização de cuidados, a disponibilidade de horas de cuidados é semelhante, bem como os resultados gerais observados nos doentes.

Descritores:
Cuidados críticos; Enfermagem em reabilitação; Serviço hospitalar de fisioterapia/organização & administração; Portugal

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