Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Volume: 28, Número: 1, Publicado: 2016
  • Métodos para implantação segura de hipotermia na unidade de terapia intensiva: um guia de como fazer Comentários

    Storm, Christian; Otto, Natalie M.
  • Ultrassonografia pulmonar: uma ferramenta útil no processo de desmame? Comentários

    Caltabeloti, Fabiola Prior; Rouby, Jean-Jacques
  • Big Data em saúde: estamos perto? Comentários

    Naidus, Elliot; Celi, Leo Anthony
  • Fatores associados à regulação da pressão parcial de oxigênio e da pressão parcial de gás carbônico durante suporte respiratório com oxigenação por membrana extracorpórea: dados de um modelo em suínos Artigos Originais

    Park, Marcelo; Mendes, Pedro Vitale; Costa, Eduardo Leite Vieira; Barbosa, Edzangela Vasconcelos Santos; Hirota, Adriana Sayuri; Azevedo, Luciano Cesar Pontes

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Explorar os fatores associados aos níveis sanguíneos da pressão parcial de oxigênio e da pressão parcial de gás carbônico. Métodos: Os fatores associados com a regulação do oxigênio e de gás carbônico foram investigados em um modelo com porcos em apneia com suporte de oxigenação por membrana extracorpórea venovenosa. Foi testada uma sequência predefinida de fluxos de sangue e gás. Resultados: A oxigenação associou-se principalmente com o fluxo da oxigenação por membrana extracorpórea (coeficiente beta = 0,036mmHg/mL/minuto), débito cardíaco (coeficiente beta = -11,970mmHg/L/minuto) e shunt pulmonar (coeficiente beta = -0,232mmHg/%). As mensurações iniciais da pressão parcial de oxigênio e da pressão parcial de gás carbônico também se associaram com oxigenação, com coeficientes beta de 0,160 e 0,442mmHg/mmHg, respectivamente. A pressão parcial de gás carbônico se associou com débito cardíaco (coeficiente beta = 3,578mmHg/L/minuto), fluxo de gás (coeficiente beta = -2,635mmHg/L/minuto), temperatura (coeficiente beta = 4,514mmHg/°C), pH inicial (coeficiente beta = -66,065mmHg/0,01 unidade) e hemoglobina (coeficiente beta = 6,635mmHg/g/dL). Conclusão: Elevações nos fluxos de sangue de gás em um modelo de oxigenação por membrana extracorpórea venovenosa durante apneia resultaram em aumento da pressão parcial de oxigênio e redução da pressão parcial de gás carbônico, respectivamente. Ainda, sem a possibilidade de uma inferência causal, a pressão parcial de oxigênio associou-se negativamente com o shunt pulmonar e o débito cardíaco, e a pressão parcial de gás carbônico teve associação positiva com o débito cardíaco, temperatura central e hemoglobina inicial.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: The aim of this study was to explore the factors associated with blood oxygen partial pressure and carbon dioxide partial pressure. Methods: The factors associated with oxygen - and carbon dioxide regulation were investigated in an apneic pig model under veno-venous extracorporeal membrane oxygenation support. A predefined sequence of blood and sweep flows was tested. Results: Oxygenation was mainly associated with extracorporeal membrane oxygenation blood flow (beta coefficient = 0.036mmHg/mL/min), cardiac output (beta coefficient = -11.970mmHg/L/min) and pulmonary shunting (beta coefficient = -0.232mmHg/%). Furthermore, the initial oxygen partial pressure and carbon dioxide partial pressure measurements were also associated with oxygenation, with beta coefficients of 0.160 and 0.442mmHg/mmHg, respectively. Carbon dioxide partial pressure was associated with cardiac output (beta coefficient = 3.578mmHg/L/min), sweep gas flow (beta coefficient = -2.635mmHg/L/min), temperature (beta coefficient = 4.514mmHg/ºC), initial pH (beta coefficient = -66.065mmHg/0.01 unit) and hemoglobin (beta coefficient = 6.635mmHg/g/dL). Conclusion: In conclusion, elevations in blood and sweep gas flows in an apneic veno-venous extracorporeal membrane oxygenation model resulted in an increase in oxygen partial pressure and a reduction in carbon dioxide partial pressure 2, respectively. Furthermore, without the possibility of causal inference, oxygen partial pressure was negatively associated with pulmonary shunting and cardiac output, and carbon dioxide partial pressure was positively associated with cardiac output, core temperature and initial hemoglobin.
  • Adaptação metabólica diante de hipercapnia persistente aguda em pacientes submetidos à ventilação mecânica por síndrome do desconforto respiratório agudo Artigos Originais

    Romano, Thiago Gomes; Correia, Mario Diego Teles; Mendes, Pedro Vitale; Zampieri, Fernando Godinho; Maciel, Alexandre Toledo; Park, Marcelo

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: A hipercapnia resultante da ventilação protetora na síndrome do desconforto respiratório agudo desencadeia uma compensação metabólica do pH que ainda não foi completamente caracterizada. Nosso objetivo foi descrever esta compensação metabólica. Métodos: Os dados foram recuperados a partir de uma base de dados registrada de forma prospectiva. Foram obtidas as variáveis dos pacientes no momento da admissão e quando da instalação da hipercapnia até o terceiro dia após sua instalação. Analisamos 41 pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo, incluindo 26 com hipercapnia persistente (pressão parcial de gás carbônico acima de 50mmHg por mais de 24 horas) e 15 sem hipercapnia (Grupo Controle). Para a realização da análise, utilizamos uma abordagem físico-química quantitativa do metabolismo acidobásico. Resultados: As médias de idade dos Grupos com Hipercapnia e Controle foram, respectivamente, de 48 ± 18 anos e 44 ± 14 anos. Após a indução da hipercapnia, o pH diminuiu acentuadamente e melhorou gradualmente nas 72 horas seguintes, de forma coerente com os aumentos observados no excesso de base padrão. A adaptação metabólica acidobásica ocorreu em razão de diminuições do lactato sérico e do strong ion gap e de aumentos na diferença aparente de strong ions inorgânicos. Além do mais, a elevação da diferença aparente de strong ions inorgânicos ocorreu por conta de ligeiros aumentos séricos de sódio, magnésio, potássio e cálcio. O cloreto sérico não diminuiu por até 72 horas após o início da hipercapnia. Conclusão: A adaptação metabólica acidobásica, que é desencadeada pela hipercapnia aguda persistente em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo, foi complexa. Mais ainda, aumentos mais rápidos no excesso de base padrão em pacientes com hipercapnia envolveram diminuições séricas de lactato e íons não medidos, e aumentos na diferença aparente de strong ions inorgânicos, por meio de ligeiros aumentos séricos de sódio, magnésio, cálcio e potássio. Não ocorreu redução do cloreto sérico.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: Hypercapnia resulting from protective ventilation in acute respiratory distress syndrome triggers metabolic pH compensation, which is not entirely characterized. We aimed to describe this metabolic compensation. Methods: The data were retrieved from a prospective collected database. Variables from patients' admission and from hypercapnia installation until the third day after installation were gathered. Forty-one patients with acute respiratory distress syndrome were analyzed, including twenty-six with persistent hypercapnia (PaCO2 > 50mmHg > 24 hours) and 15 non-hypercapnic (control group). An acid-base quantitative physicochemical approach was used for the analysis. Results: The mean ages in the hypercapnic and control groups were 48 ± 18 years and 44 ± 14 years, respectively. After the induction of hypercapnia, pH markedly decreased and gradually improved in the ensuing 72 hours, consistent with increases in the standard base excess. The metabolic acid-base adaptation occurred because of decreases in the serum lactate and strong ion gap and increases in the inorganic apparent strong ion difference. Furthermore, the elevation in the inorganic apparent strong ion difference occurred due to slight increases in serum sodium, magnesium, potassium and calcium. Serum chloride did not decrease for up to 72 hours after the initiation of hypercapnia. Conclusion: In this explanatory study, the results indicate that metabolic acid-base adaptation, which is triggered by acute persistent hypercapnia in patients with acute respiratory distress syndrome, is complex. Furthermore, further rapid increases in the standard base excess of hypercapnic patients involve decreases in serum lactate and unmeasured anions and increases in the inorganic apparent strong ion difference by means of slight increases in serum sodium, magnesium, calcium, and potassium. Serum chloride is not reduced.
  • Hiperinsuflação pulmonar com ventilador mecânico versus aspiração traqueal isolada na higiene brônquica de pacientes submetidos à ventilação mecânica Artigos Originais

    Assmann, Crisiela Brum; Vieira, Paulo José Cardoso; Kutchak, Fernanda; Rieder, Marcelo de Mello; Forgiarini, Soraia Genebra Ibrahim; Forgiarini Junior, Luiz Alberto

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Determinar a eficácia da manobra de hiperinsuflação pulmonar com o ventilador mecânico, em comparação à aspiração traqueal isolada, para remover secreções, normalizar a hemodinâmica e melhorar a mecânica pulmonar em pacientes em ventilação mecânica. Métodos: Ensaio clínico randomizado cruzado incluindo pacientes em ventilação mecânica por mais de 48 horas internados na unidade de terapia intensiva. Os pacientes foram randomizados para receber a aspiração traqueal isolada (Grupo Controle) e hiperinsuflação pulmonar por meio do ventilador mecânico (Grupo HVM). Mensuraram-se parâmetros hemodinâmicos e de mecânica respiratória, assim como a quantidade de secreção aspirada. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes. A média de idade dos pacientes foi de 44,7 ± 21,6 anos, sendo 31 do sexo masculino. O Grupo HVM apresentou maior quantidade de secreção aspirada (3,9g versus 6,4g; p = 0,0001), variação na média da complacência dinâmica (-1,3 ± 2,3 versus -2,9 ± 2,3; p = 0,008), volume corrente expirado (-0,7 ± 0,0 versus -54,1 ± 38,8; p = 0,0001) e diminuição significativa da pressão inspiratória de pico (0,2 ± 0,1 versus 2,5 ± 0,1; p = 0,001), em comparação com o Grupo Controle. Conclusão: Na amostra estudada, a técnica de HVM apresentou maior quantidade de secreção aspirada, aumento significativo da complacência dinâmica e volume corrente expirado, além de diminuição significativa da pressão de pico inspiratória.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To determine the efficacy of lung hyperinflation maneuvers via a mechanical ventilator compared to isolated tracheal aspiration for removing secretions, normalizing hemodynamics and improving lung mechanics in patients on mechanical ventilation. Methods: This was a randomized crossover clinical trial including patients admitted to the intensive care unit and on mechanical ventilation for more than 48 hours. Patients were randomized to receive either isolated tracheal aspiration (Control Group) or lung hyperinflation by mechanical ventilator (MVH Group). Hemodynamic and mechanical respiratory parameters were measured along with the amount of aspirated secretions. Results: A total of 50 patients were included. The mean age of the patients was 44.7 ± 21.6 years, and 31 were male. Compared to the Control Group, the MVH Group showed greater aspirated secretion amount (3.9g versus 6.4g, p = 0.0001), variation in mean dynamic compliance (-1.3 ± 2.3 versus -2.9 ± 2.3; p = 0.008), and expired tidal volume (-0.7 ± 0.0 versus -54.1 ± 38.8, p = 0.0001) as well as a significant decrease in peak inspiratory pressure (0.2 ± 0.1 versus 2.5 ± 0.1; p = 0.001). Conclusion: In the studied sample, the MVH technique led to a greater amount of aspirated secretions, significant increases in dynamic compliance and expired tidal volume and a significant reduction in peak inspiratory pressure.
  • Fatores na admissão à unidade de terapia intensiva associados à readmissão em pacientes onco-hematológicos graves: estudo retrospectivo de coorte Artigos Originais

    Rodrigues, Cinthia Mendes; Pires, Ellen Maria Campos; Feliciano, Jorge Patrick Oliveira; Vieira Jr., Jose Mauro; Taniguchi, Leandro Utino

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Determinar os fatores na admissão associados a readmissões na unidade de terapia intensiva em pacientes onco-hematológicos. Métodos: Estudo retrospectivo de coorte utilizando a base de dados de uma unidade de terapia intensiva de um hospital oncológico terciário. Os participantes foram 1.872 pacientes onco-hematológicos graves admitidos à unidade de terapia intensiva entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014, e que sobreviveram e receberam alta da unidade. Utilizamos análises univariada e multivariada para identificar os fatores de risco na admissão associados com readmissões mais tarde à unidade de terapia intensiva. Resultados: Dos 1.872 que sobreviveram e receberam alta da unidade de terapia intensiva, 172 (9,2%) pacientes foram readmitidos após terem recebido alta da unidade. Os pacientes readmitidos tinham enfermidade mais grave, quando comparados aos do grupo que não foi readmitido, além de taxa de mortalidade hospitalar mais elevada (32,6% versus 3,7%, respectivamente; p < 0,001). Na análise multivariada, os fatores de risco independentes para readmissão à unidade de terapia intensiva foram: sexo masculino (OR: 1,5; IC95%: 1,07 - 2,12; p = 0,019), cirurgia de emergência como causa da admissão (OR: 2,91; IC95%: 1,53 - 5,54; p = 0,001), maior tempo de permanência no hospital antes da transferência para a unidade de terapia intensiva (OR: 1,02; IC95%: 1,007 - 1,035; p = 0,003) e ventilação mecânica (OR: 2,31; IC95%: 1,57 - 3,40; p < 0,001). Conclusão: Nesta coorte de pacientes onco-hematológicos foram identificados alguns fatores de risco associados à readmissão na unidade de terapia intensiva, a maioria não passível de intervenção. A identificação dos fatores de risco na alta da unidade de terapia intensiva pode ser uma abordagem promissora.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: The purpose of our study was to determine the admission factors associated with intensive care unit readmission among oncohematological patients. Methods: Retrospective cohort study using an intensive care unit database from a tertiary oncological center. The participants included 1,872 critically ill oncohematological patients who were admitted to the intensive care unit from January 2012 to December 2014 and who were subsequently discharged alive. We used univariate and multivariate analysis to identify the admission risk factors associated with later intensive care unit readmission. Results: One hundred seventy-two patients (9.2% of 1,872 oncohematological patients discharged alive from the intensive care unit) were readmitted after intensive care unit discharge. The readmitted patients were sicker compared with the non-readmitted group and had higher hospital mortality (32.6% versus 3.7%, respectively; p < 0.001). In the multivariate analysis, the independent risk factors for intensive care unit readmission were male sex (OR: 1.5, 95% CI: 1.07 - 2.12; p = 0.019), emergency surgery as the admission reason (OR: 2.91, 95%CI: 1.53 - 5.54; p = 0.001), longer hospital length of stay before intensive care unit transfer (OR: 1.02, 95%CI: 1.007 - 1.035; p = 0.003), and mechanical ventilation (OR: 2.31, 95%CI: 1.57 - 3.40; p < 0.001). Conclusions: In this cohort of oncohematological patients, we identified some risk factors associated with intensive care unit readmission, most of which are not amenable to interventions. The identification of risk factors at intensive care unit discharge might be a promising approach.
  • Complicaciones postoperatorias y resultados clínicos en pacientes operados por cáncer torácico y gastrointestinal: Estudio de cohorte prospectivo Artigos Originais

    Martos-Benítez, Frank Daniel; Gutiérrez-Noyola, Anarelys; Echevarría-Víctores, Adisbel

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo: Determinar la influencia de las complicaciones postoperatorias sobre los resultados clínicos en pacientes operados por cáncer torácico y gastrointestinal. Métodos: Se realizó un estudio de cohorte prospectivo de 179 pacientes consecutivos que fueron operados de tórax o vías digestivas por cáncer y admitidos en una unidad de cuidados intensivos oncológicos. Se evaluó la incidencia de las complicaciones postoperatorias mediante el Postoperative Morbidity Survey y su influencia sobre la mortalidad y estadía hospitalaria. Resultados: Se presentaron complicaciones postoperatorias en 54 sujetos (30,2%); las más frecuentes fueron las pulmonares (14,5%), el dolor (12,9%), las cardiovasculares (11,7%), las infecciosas (11,2%) y las de la herida quirúrgica (10,1%). En el análisis multivariado de regresión logística las complicaciones pulmonares (OR 18,68; IC95% 5,59 - 62,39; p < 0,0001), cardiovasculares (OR 5,06; IC95% 1,49 - 17,13; p = 0,009), gastrointestinales (OR 26,09; IC95% 6,80 - 100,16; p < 0,0001), infecciosas (OR 20,55; IC95% 5,99 - 70,56; p < 0,0001) y renales (OR 18,27; IC95% 3,88 - 83,35; p < 0,0001) se relacionaron de forma independiente con la mortalidad hospitalaria. La ocurrencia de al menos una complicación incrementó la probabilidad de permanecer hospitalizado (Log Rank test; p = 0,002). Conclusiones: Las complicaciones postoperatorias son trastornos frecuentes y asociados con malos resultados clínicos, por lo que se deben realizar cambios estructurales y de proceso para reducir la morbilidad y mortalidad postoperatorias.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: This study sought to determine the influence of postoperative complications on the clinical outcomes of patients who underwent thoracic and gastrointestinal cancer surgery. Methods: A prospective cohort study was conducted regarding 179 consecutive patients who received thorax or digestive tract surgery due to cancer and were admitted to an oncological intensive care unit. The Postoperative Morbidity Survey was used to evaluate the incidence of postoperative complications. The influence of postoperative complications on both mortality and length of hospital stay were also assessed. Results: Postoperative complications were found for 54 patients (30.2%); the most common complications were respiratory problems (14.5%), pain (12.9%), cardiovascular problems (11.7%), infectious disease (11.2%), and surgical wounds (10.1%). A multivariate logistic regression found that respiratory complications (OR = 18.68; 95%CI = 5.59 - 62.39; p < 0.0001), cardiovascular problems (OR = 5.06, 95%CI = 1.49 - 17.13; p = 0.009), gastrointestinal problems (OR = 26.09; 95%CI = 6.80 - 100.16; p < 0.0001), infectious diseases (OR = 20.55; 95%CI = 5.99 - 70.56; p < 0.0001) and renal complications (OR = 18.27; 95%CI = 3.88 - 83.35; p < 0.0001) were independently associated with hospital mortality. The occurrence of at least one complication increased the likelihood of remaining hospitalized (log-rank test, p = 0.002). Conclusions: Postoperative complications are frequent disorders that are associated with poor clinical outcomes; thus, structural and procedural changes should be implemented to reduce postoperative morbidity and mortality.
  • Avaliação da dor durante coleta de sangue em crianças sedadas e submetidas à ventilação mecânica Artigos Originais

    Dantas, Layra Viviane Rodrigues Pinto; Dantas, Thiago Silveira Pinto; Santana Filho, Valter Joviniano; Azevedo-Santos, Isabela Freire; DeSantana, Josimari Melo

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a dor e observar parâmetros fisiológicos em crianças sedadas e submetidas à ventilação mecânica durante um procedimento de rotina. Métodos: Estudo observacional realizado em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Foram avaliadas 35 crianças, com idades entre 1 mês e 12 anos, em três momentos distintos: antes, durante e 5 minutos após coleta de sangue arterial para análise gasométrica (procedimento doloroso). Utilizou-se a Escala Face, Legs, Activity, Cry and Consolability para avaliação da dor e foram registradas a frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio e pressão arterial (sistólica e diastólica). O nível de sedação dos participantes foi verificado utilizando-se a escala Comfort-B, aplicada antes da mensuração da dor e da avaliação dos parâmetros fisiológicos. Resultados: Durante os estímulos dolorosos, ocorreu aumento do escore da Escala Face, Legs, Activity, Cry and Consolability (p = 0,0001). Houve também aumento da frequência cardíaca (p = 0,03), da frequência respiratória (p = 0,001) e da pressão arterial diastólica (p = 0,006) em razão da dor causada pelo procedimento de rotina. Conclusões: Avaliação da dor com uso de escalas padrão, como a Escala Face, Legs, Activity, Cry and Consolability, e observação de parâmetros fisiológicos, deve ser realizada rotineiramente para melhorar o manejo da dor nas unidades de terapia intensiva pediátricas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: This study assessed pain and observed physiological parameters in sedated and mechanically ventilated children during a routine procedure. Methods: This observational study was performed in a pediatric intensive care unit. Thirty-five children between 1 month and 12 years of age were assessed before, during, and five minutes after an arterial blood collection for gas analysis (painful procedure). Face, Legs, Activity, Cry and Consolability scale was used to assess pain. In addition, patients' heart rate, respiratory rate, peripheral saturation of oxygen and blood pressure (diastolic and systolic) were recorded. COMFORT-B scale was applied before the pain and physiological parameter assessments to verify sedation level of the subjects. Results: There was an increase in Face, Legs, Activity, Cry and Consolability score (p = 0.0001) during painful stimuli. There was an increase in heart rate (p = 0.03), respiratory rate (p = 0.001) and diastolic blood pressure (p = 0.006) due to pain caused by the routine procedure. Conclusions: This study suggests that assessments of pain using standard scales, such as Face, Legs, Activity, Cry and Consolability score, and other physiological parameters should be consistently executed to optimize pain management in pediatric intensive care units.
  • Características e evolução de crianças com bronquiolite viral aguda submetidas à ventilação mecânica Artigos Originais

    Ferlini, Roberta; Pinheiro, Flávia Ohlweiler; Andreolio, Cinara; Carvalho, Paulo Roberto Antonacci; Piva, Jefferson Pedro

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Analisar as características de crianças com bronquiolite viral aguda submetidas à ventilação mecânica em 3 anos consecutivos, relacionando a evolução com os parâmetros de ventilação mecânica e o balanço hídrico. Métodos: Estudo longitudinal de uma série de casos de lactentes (< 1 ano) submetidos à ventilação mecânica por bronquiolite viral aguda entre janeiro de 2012 e setembro de 2014 na unidade de terapia intensiva pediátrica. Os prontuários foram revisados e foram coletados dados antropométricos e dados referentes à ventilação mecânica, ao balanço hídrico, à evolução e a complicações maiores. Resultados: Incluídos 66 lactentes (3,0 ± 2,0 meses e peso médio de 4,7 ± 1,4kg), sendo 62% do sexo masculino, com etiologia viral identificada em 86%. O tempo médio de ventilação mecânica foi 6,5 ± 2,9 dias, tempo de unidade de terapia intensiva pediátrica de 9,1 ± 3,5 dias, com mortalidade de 1,5% (1/66). O pico de pressão inspiratória médio manteve-se em 30cmH2O nos 4 primeiros dias de ventilação mecânica, reduzindo-se na pré-extubação (25cmH2O; p < 0,05). Pneumotórax ocorreu em 10% e falha de extubação em 9%, sendo a metade por obstrução alta. O balanço hídrico cumulativo no quarto dia de ventilação mecânica foi 402 ± 254mL, correspondendo a um aumento de 9,0 ± 5,9% no peso. Tiveram aumento de 10% ou mais no peso 37 pacientes (56%), sem associação significativa aos parâmetros ventilatórios no 4º dia de ventilação mecânica, falha de extubação ou tempos de ventilação mecânica e unidade de terapia intensiva pediátrica. Conclusão: A taxa de ventilação mecânica na bronquiolite viral aguda tem se mantido constante, apresentando baixa mortalidade, poucos efeitos adversos e associada a balanço hídrico cumulativo positivo nos primeiros dias. Melhor controle hídrico poderia reduzir o tempo de ventilação mecânica.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To analyze the characteristics of children with acute viral bronchiolitis subjected to mechanical ventilation for three consecutive years and to correlate their progression with mechanical ventilation parameters and fluid balance. Methods: Longitudinal study of a series of infants (< one year old) subjected to mechanical ventilation for acute viral bronchitis from January 2012 to September 2014 in the pediatric intensive care unit. The children's clinical records were reviewed, and their anthropometric data, mechanical ventilation parameters, fluid balance, clinical progression, and major complications were recorded. Results: Sixty-six infants (3.0 ± 2.0 months old and with an average weight of 4.7 ± 1.4kg) were included, of whom 62% were boys; a virus was identified in 86%. The average duration of mechanical ventilation was 6.5 ± 2.9 days, and the average length of stay in the pediatric intensive care unit was 9.1 ± 3.5 days; the mortality rate was 1.5% (1/66). The peak inspiratory pressure remained at 30cmH2O during the first four days of mechanical ventilation and then decreased before extubation (25 cmH2O; p < 0.05). Pneumothorax occurred in 10% of the sample and extubation failure in 9%, which was due to upper airway obstruction in half of the cases. The cumulative fluid balance on mechanical ventilation day four was 402 ± 254mL, which corresponds to an increase of 9.0 ± 5.9% in body weight. Thirty-seven patients (56%) exhibited a weight gain of 10% or more, which was not significantly associated with the ventilation parameters on mechanical ventilation day four, extubation failure, duration of mechanical ventilation or length of stay in the pediatric intensive care unit. Conclusion: The rate of mechanical ventilation for acute viral bronchiolitis remains constant, being associated with low mortality, few adverse effects, and positive cumulative fluid balance during the first days. Better fluid control might reduce the duration of mechanical ventilation.
  • Avaliação de custo-efetividade da passagem de cateter venoso central guiada por ultrassonografia comparada com a técnica convencional sob perspectiva da fonte pagadora Artigos Originais

    Noritomi, Danilo Teixeira; Zigaib, Rogério; Ranzani, Otavio T.; Teich, Vanessa

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar o custo-efetividade da inserção de cateter venoso central guiada por ultrassonografia em tempo real, em comparação com a técnica tradicional, que é baseada na técnica de reparos anatômicos externos, sob a perspectiva da fonte pagadora. Métodos: Uma simulação teórica, baseada em dados de literatura internacional foi aplicada ao contexto brasileiro, ou seja, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi estruturada uma árvore de decisão, que apresentava as duas técnicas para inserção de cateter venoso central: ultrassonografia em tempo real versus reparos anatômicos externos. As probabilidades de falha e complicações foram extraídas de uma busca nas bases PubMed e Embase, e os valores associados ao procedimento e às complicações foram extraídos de pesquisa de mercado e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Cada alternativa de passagem do cateter venoso central teve um custo calculado por meio do seguimento de cada um dos possíveis caminhos da árvore de decisão. A razão de custo-efetividade incremental foi calculada considerando-se a divisão do custo incremental médio da técnica de ultrassonografia em tempo real comparada à técnica de reparos anatômicos externos pelo benefício incremental médio, em termos de complicações evitadas. Resultados: O custo final médio avaliado pela árvore de decisão, considerando a incorporação da ultrassonografia em tempo real e a redução de custo por diminuição de complicações, para a técnica de reparos anatômicos externos foi de R$262,27 e, para ultrassonografia em tempo real, de R$187,94. O custo incremental final foi de -R$74,33 por cateter venoso central. A razão de custo-efetividade incremental foi -R$2.494,34 por pneumotórax evitado. Conclusão: A inserção de cateter venoso central com auxílio de ultrassonografia em tempo real esteve associada à diminuição da taxa de falhas e complicações, além de hipoteticamente reduzir custos na perspectiva da fonte pagadora, no caso o SUS.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate the cost-effectiveness, from the funding body's point of view, of real-time ultrasound-guided central venous catheter insertion compared to the traditional method, which is based on the external anatomical landmark technique. Methods: A theoretical simulation based on international literature data was applied to the Brazilian context, i.e., the Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS). A decision tree was constructed that showed the two central venous catheter insertion techniques: real-time ultrasonography versus external anatomical landmarks. The probabilities of failure and complications were extracted from a search on the PubMed and Embase databases, and values associated with the procedure and with complications were taken from market research and the Department of Information Technology of the Unified Health System (DATASUS). Each central venous catheter insertion alternative had a cost that could be calculated by following each of the possible paths on the decision tree. The incremental cost-effectiveness ratio was calculated by dividing the mean incremental cost of real-time ultrasound compared to the external anatomical landmark technique by the mean incremental benefit, in terms of avoided complications. Results: When considering the incorporation of real-time ultrasound and the concomitant lower cost due to the reduced number of complications, the decision tree revealed a final mean cost for the external anatomical landmark technique of 262.27 Brazilian reals (R$) and for real-time ultrasound of R$187.94. The final incremental cost of the real-time ultrasound-guided technique was -R$74.33 per central venous catheter. The incremental cost-effectiveness ratio was -R$2,494.34 due to the pneumothorax avoided. Conclusion: Real-time ultrasound-guided central venous catheter insertion was associated with decreased failure and complication rates and hypothetically reduced costs from the view of the funding body, which in this case was the SUS.
  • Fatores prognósticos para mortalidade e recuperação da função renal em doentes com lesão renal aguda e necessidade de suporte renal em cuidados intensivos Artigos Originais

    Gaião, Sérgio Mina; Gomes, André Amaral; Paiva, José Artur Osório de Carvalho

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Identificar fatores prognósticos relacionados com a mortalidade ou com a não recuperação da função renal. Métodos: Estudo monocêntrico, prospectivo, realizado em um serviço de medicina intensiva de um hospital universitário, entre 2012 e 2015. Incluíram-se doentes com lesão renal aguda em suporte renal contínuo. Foram coletados parâmetros clínicos e analíticos, assim como foi investigado o motivo para o início e o término do suporte renal. Resultados: Foram incluídos 41 doentes, 43,9% deles com sepse. O Simplified Acute Physiology Score II (SAPS-II) foi de 56, com mortalidade prevista de 59,8% e verificada de 53,7%. A etiologia da lesão renal aguda foi principalmente multifatorial (56,1%). Os sobreviventes apresentaram menor balanço hídrico acumulado (mediana de 3.600mL com intervalo interquartil de 1.175 - 8.025 versus 12.000mL [6.625 - 17.875] e p = 0,004. Os doentes que recuperaram função renal apresentaram SAPS II mais baixo do que os que não recuperaram (51,0 [45,8 - 56,2] versus 73 [54 - 85]; p = 0,005), assim como menor balanço hídrico (3850 [1.425 - 8.025] versus 11.500 [6.625 - 16.275]; p = 0,004). Conclusão: SAPS II na admissão e balanço hídrico acumulado durante o suporte renal foram fatores de risco para mortalidade e para a não recuperação da função renal em doentes graves com lesão renal aguda e necessidade de suporte renal.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: Identify prognostic factors related to mortality and non-recovery of renal function. Methods: A prospective single-center study was conducted at the intensive care medicine department of a university hospital between 2012 and 2015. Patients with acute kidney injury receiving continuous renal replacement therapy were included in the study. Clinical and analytical parameters were collected, and the reasons for initiation and discontinuation of renal replacement therapy were examined. Results: A total of 41 patients were included in the study, of whom 43.9% had sepsis. The median Simplified Acute Physiology Score II (SAPSII) was 56 and the mortality was 53.7%, with a predicted mortality of 59.8%. The etiology of acute kidney injury was often multifactorial (56.1%). Survivors had lower cumulative fluid balance (median = 3,600mL, interquartile range [IQR] = 1,175 - 8,025) than non-survivors (median = 12,000mL, IQR = 6,625 - 17,875; p = 0.004). Patients who recovered renal function (median = 51.0, IQR = 45.8 - 56.2) had lower SAPS II than those who do not recover renal function (median = 73, IQR = 54 - 85; p = 0.005) as well as lower fluid balance (median = 3,850, IQR = 1,425 - 8,025 versus median = 11,500, IQR = 6,625 - 16,275; p = 0.004). Conclusions: SAPS II at admission and cumulative fluid balance during renal support therapy were risk factors for mortality and non-recovery of renal function among critically ill patients with acute kidney injury needing renal replacement therapy.
  • Uso de cânula venovenosa com duplo-lúmen para oxigenação por membrana extracorpórea em paciente com síndrome de angústia respiratória aguda com prévia inserção de filtro na veia cava inferior: relato de caso Relatos De Caso

    Palizas Jr., Fernando; García, Christian Casabella; Norese, Mariano

    Resumo em Português:

    RESUMO A oxigenação por membrana extracorpórea é utilizada em casos de hipoxemia refratária em diversas condições clínicas. Pacientes vítimas de traumatismo torácico geralmente desenvolvem síndrome da angústia respiratória aguda. Em razão do elevado risco de sangramentos, as complicações trombóticas que se apresentam neste contexto são particularmente difíceis de tratar e, geralmente, demandam a inserção de um filtro na veia cava inferior, com a finalidade de prevenir a migração de êmbolos oriundos das veias distais para a circulação pulmonar. Neste artigo, apresentamos o caso de um paciente com traumatismo torácico, que apresentou grave síndrome de angústia respiratória aguda, com necessidade de utilizar oxigenação por membrana extracorpórea aplicada por meio da introdução de uma cânula com duplo-lúmen na veia jugular interna direita. Este procedimento foi realizado tendo em vista a prévia inserção de um filtro na veia cava inferior, por conta da ocorrência de trombose venosa profunda em ambas as panturrilhas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Extracorporeal membrane oxygenation is used in refractory hypoxemia in many clinical settings. Thoracic trauma patients usually develop acute respiratory distress syndrome. Due to high risk of bleeding, thrombotic complications present in this context are particularly difficult to manage and usually require insertion of an inferior vena cava filter to prevent embolism from the distal veins to the pulmonary circulation. Here, we present a case of a thoracic trauma patient with severe acute respiratory distress syndrome requiring venovenous extracorporeal membrane oxygenation via a right internal jugular double lumen cannula due to a previously inserted inferior vena cava filter caused by distal bilateral calf muscle vein deep vein thrombosis.
  • Endocardite pneumocócica em válvula aórtica nativa - apresentação fulminante Relatos De Caso

    Domingues, Kevin; Marta, Liliana; Monteiro, Isabel; Leal, Margarida

    Resumo em Português:

    RESUMO A endocardite pneumocócica é uma entidade rara, cuja incidência se situa entre 1% e 3% dos casos de endocardite de válvula nativa. Esta patologia tem um prognóstico naturalmente adverso, com elevada mortalidade. Relata-se predileção pela válvula aórtica, de forma que é frequente que se apresente com insuficiência cardíaca. Apresentamos o caso de uma paciente do sexo feminino com 60 anos de idade e história pregressa de sinusite, admitida com diagnóstico de pneumonia. Após rápida deterioração, com sinais de choque séptico, ela foi transferida para a unidade de terapia intensiva. O ecocardiograma transesofágico revelou grave refluxo aórtico, devido à presença de vegetações valvares. As hemoculturas foram positivas para Streptococcus pneumoniae. A paciente foi submetida à cirurgia cardíaca e apresentou múltiplas complicações pós-operatórias. Apesar disso, apresentou lenta, porém completa recuperação. A endocardite infecciosa deve ser afastada em caso do surgimento de qualquer suspeita, e a ecocardiografia deve ser realizada precocemente nos pacientes com resposta insuficiente aos vasopressores e inotrópicos. Pacientes com endocardite pneumocócica se beneficiam de uma abordagem agressiva, com realização precoce da intervenção cirúrgica.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Pneumococcal endocarditis is a rare entity, corresponding to 1 to 3% of native valve endocarditis cases. It has a typically adverse prognosis, with high mortality. There is a reported predilection for the aortic valve; thus, a common presentation is acute left heart failure. We present a case of a 60-year-old woman with a history of sinusitis, who was admitted with the diagnosis of pneumonia. She rapidly deteriorated with signs of septic shock and was transferred to the critical care unit. The transesophageal echocardiogram revealed severe aortic regurgitation due to valve vegetations. Blood cultures were positive for Streptococcus pneumoniae. She underwent cardiac surgery and had multiple postoperative complications. Nonetheless, the patient made a slow and complete recovery. Infectious endocarditis should be ruled out if any suspicion arises, and echocardiography should be performed in an early stage in patients with poor response to vasopressors and inotropes. Patients with pneumococcal endocarditis benefit from an aggressive approach, with performance of early surgery.
  • Heliox no tratamento do mal asmático: relato de casos Relatos De Caso

    Carvalho, Inês; Querido, Sara; Silvestre, Joana; Póvoa, Pedro

    Resumo em Português:

    RESUMO O hélio foi descoberto em 1868 pelo astrônomo francês Pierre-Jules-César Janssen e teve seu uso terapêutico pela primeira vez na obstrução das vias aéreas, feito por Barach, quase 70 anos depois, em 1934. O heliox é caracterizado por sua baixa densidade, o que lhe confere melhor fluidez sob condições de turbulência, minimizando a pressão das vias aéreas e facilitando a ocorrência de um fluxo laminar. Este artigo apresenta dois casos clínicos de doentes com mal asmático sob ventilação mecânica, refratários à terapêutica, em que se recorreu ao heliox, permitindo uma otimização da eficácia do tratamento farmacológico convencional. Apesar de sua utilização permanecer esporádica e sua verdadeira eficácia não se encontrar bem demonstrada, as propriedades físicas únicas do hélio e a melhoria teórica do fluxo de ar nas vias aéreas obstruídas fomentam o interesse e a pesquisa científicos. Sua aplicação pode ter lugar simultaneamente em terapêuticas convencionais nas exacerbações graves e refratárias da doença obstrutiva grave.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Helium was discovered in 1868 by the French astronomer Pierre-Jules-César Janssen and was first used as a therapeutic treatment for airway obstruction by Barach almost 70 years later, in 1934. Heliox is characterized by its low density, which makes it more fluid under conditions of turbulence, thus minimizing airway pressure and facilitating the occurrence of laminar flow. The present article describes two clinical cases of patients with status asthmaticus subjected to mechanical ventilation and refractory to treatment in whom heliox was used, which allowed optimization of the efficacy of conventional pharmacological treatments. Although heliox is still used sporadically and its true efficacy has not been well demonstrated, the unique physical properties of helium and the theoretical improvement of the airflow in obstructed airways have produced scientific interest and stimulated research. Heliox can be used simultaneously with conventional therapies in cases of serious and refractory exacerbations of severe obstructive disease.
  • Para: Ventilação não invasiva com pressão positiva pós-extubação: características e desfechos na prática clínica Carta Ao Editor

    Santos, Pedro Silva; Esquinas, Antonio M.
  • Resposta para: Ventilação não invasiva com pressão positiva pós-extubação: características e desfechos na prática clínica Resposta Dos Autores

    Yamauchi, Liria Yuri; Figueiroa, Maise; Silveira, Leda Tomiko Yamada da; Travaglia, Teresa Cristina Francischetto; Bernardes, Sidnei; Fu, Carolina
  • ERRATA Errata

Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB Rua Arminda, 93 - Vila Olímpia, CEP 04545-100 - São Paulo - SP - Brasil, Tel.: (11) 5089-2642 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rbti.artigos@amib.com.br