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Degradação de tecidos foliares de feno de braquiária tratado com uréia e submetido à digestão in vitro

Um experimento utilizando feno de Brachiaria decumbens tratado com níveis crescentes de uréia (0, 20, 40 e 80 g/kg de MS) e submetido a diferentes tempos de digestão in vitro (0, 6, 12, 24 ou 72 horas), foi conduzido com o objetivo de se avaliar quais tecidos foliares têm a degradação mais afetada pela amonização e digestão.Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, num arranjo fatorial 4 × 5, com três repetições. Os dados foram submetidos à análise multivariada. O feno tratado com uréia apresentou a menor proporção de tecidos remanescentes após a digestão in vitro. Os tecidos que tiveram a degradação mais afetada pela amonização foram a bainha do feixe vascular e o esclerênquima. O feno tratado com 80 g uréia/kg MS e submetido à digestão in vitro por 24 ou 72 horas apresentou a menor proporção de tecidos com parede celular espessa e lignificada, como bainha do feixe vascular e esclerênquima. O tratamento com uréia também reduziu o tempo necessário para degradação dos tecidos foliares. O feno tratado com uréia e submetido a 12 horas de digestão apresentou a mesma proporção de tecidos que o feno não-tratado e submetido a 24 ou 72 horas de digestão in vitro. A epiderme e o tecido vascular lignificado apresentaram menor degradação após a digestão in vitro. Os resultados indicaram que o tratamento com uréia contribuiu para a desestruturação da parede celular, aumentando a degradação microbiana dos tecidos e reduzindo o tempo necessário para a sua digestão.

amonização; análises histológicas; anatomia foliar; Brachiaria decumbens; gramínea C4


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