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Níveis de uréia na ração de novilhos de quatro grupos genéticos: consumo e digestibilidades totais

Effects of feeding dietary urea levels on intake and total digestibility for steers of four genetic groups

Resumos

Objetivou-se determinar o tempo necessário para adaptação às dietas e avaliar o efeito de quatro níveis de uréia na ração (0; 0,65; 1,3 e 1,95% na matéria seca [MS]), sobre os consumos e as digestibilidades aparentes totais da MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHO), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não-fibrosos (CNF) e o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT) em novilhos holandeses, ½Holandês-Guzerá, ½Holandês-Gir e puros Zebu. Os animais foram distribuídos em quatro quadrados latinos (grupos genéticos) 4 x 4, constituído por quatro animais, quatro períodos experimentais e quatro tratamentos (rações). Os animais foram alimentados com dieta composta por 50% de feno de capim-tifton 85 e 50% de concentrado, contendo 12% PB, com níveis crescentes de uréia. O primeiro período experimental teve duração de 19 (13 para adaptação à dieta e seis para a coleta de fezes). A partir da avaliação do consumo diário de MS no período de adaptação, avaliou-se a possibilidade de redução na adaptação às dietas nos períodos subseqüentes. A fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) foi utilizada como indicador do fluxo de matéria seca fecal. Uma vez que as médias para o consumo de MS, para cada nível de uréia utilizado, desde o 1º até o 12º dia do período de adaptação, não diferiram da média padrão (do 13º dia), o período de adaptação às dietas dos períodos experimentais subseqüentes foi reduzido para 10 dias. O consumo, em kg/dia, foi maior para os animais holandeses, seguido pelos mestiços e pelos animais Zebu. A digestibilidade total da MS não foi influenciada pelos grupos genéticos nem pelos níveis de uréia nas rações.

digestão total; ingestão; novilhos; mestiços; nitrogênio não-protéico


The effects of diet adaptation protocol by steers and of feeding four dietary urea levels (0, 0.65, 1.3, and 1.95%, dry matter - DM basis) on intake and total apparent digestibility of DM, organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), total carbohydrates (CHO), neutral detergent fiber (NDF), nonfiber carbohydrates (NFC) and total digestible nutrients intake (TDN) for Holstein, ½ Holstein-Guzera, ½ Holstein-Gir and Zebu steers were evaluated in this trial. The animals were assigned to four 4x4 latin squares (genetic groups): four animals, four experimental periods and four treatments (diets). The animals were fed diets (12% CP, with increasing urea levels) with 50% tifton-85 bermudagrass hay and concentrate. The first experimental period lasted 19 days, 13 days for adaptation and 6 days for feces collection. The possibility of reducing diet adaptation in the subsequent periods was investigated by evaluating daily DM intake in the adaptation period. The indigestible acid detergent fiber (FDAi) was used as marker of fecal dry matter flow. The adaptation to diets of the subsequent experimental periods was reduced by 10 days, because DM intake means, for each urea level, from 1st to 12th day of adaptation did not differ from the standard mean (13th day). The intake, expressed as kg/day, was higher for Holstein animals, followed by the crossbreds and Zebu. Total DM digestibility was affected nor by the genetic groups, neither by the dietary urea levels.

intake; digestibility; genetic groups; steers; urea


RUMINANTES

Níveis de uréia na ração de novilhos de quatro grupos genéticos: consumo e digestibilidades totais1 1 Parte da Tese de Doutorado do primeiro autor, parcialmente financiada pela FAPEMIG.

Effects of feeding dietary urea levels on intake and total digestibility for steers of four genetic groups

Luciana Navajas RennóI; Sebastião de Campos Valadares FilhoII; Rilene Ferreira Diniz ValadaresIII; Paulo Roberto CeconIV; Alfredo Acosta BackesV; Francisco Palma RennóVI; Dorismar David AlvesVI; Polyana Albino SilvaVII

IProfessora da UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos, Juiz de Fora-MG. CEP 36048-000 (lnrenno@hotmail.com)

IIProfessor da UFV, Departamento de Zootecnia, Viçosa-MG. CEP 36571-000

IIIProfessora da UFV, Departamento de Veterinária, Viçosa-MG. CEP 36571-000

IVProfessor da UFV, Departamento de Informática, Viçosa-MG. CEP 36571-000

VZootecnista, Doutor em Zootecnia

VIDoutorando em Zootecnia, DZO/UFV, Viçosa-MG. CEP 36571-000

VIIMestranda em Zootecnia, DZO/UFV, Viçosa-MG. CEP 36571-000

RESUMO

Objetivou-se determinar o tempo necessário para adaptação às dietas e avaliar o efeito de quatro níveis de uréia na ração (0; 0,65; 1,3 e 1,95% na matéria seca [MS]), sobre os consumos e as digestibilidades aparentes totais da MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHO), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não-fibrosos (CNF) e o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT) em novilhos holandeses, ½Holandês-Guzerá, ½Holandês-Gir e puros Zebu. Os animais foram distribuídos em quatro quadrados latinos (grupos genéticos) 4 x 4, constituído por quatro animais, quatro períodos experimentais e quatro tratamentos (rações). Os animais foram alimentados com dieta composta por 50% de feno de capim-tifton 85 e 50% de concentrado, contendo 12% PB, com níveis crescentes de uréia. O primeiro período experimental teve duração de 19 (13 para adaptação à dieta e seis para a coleta de fezes). A partir da avaliação do consumo diário de MS no período de adaptação, avaliou-se a possibilidade de redução na adaptação às dietas nos períodos subseqüentes. A fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) foi utilizada como indicador do fluxo de matéria seca fecal. Uma vez que as médias para o consumo de MS, para cada nível de uréia utilizado, desde o 1º até o 12º dia do período de adaptação, não diferiram da média padrão (do 13º dia), o período de adaptação às dietas dos períodos experimentais subseqüentes foi reduzido para 10 dias. O consumo, em kg/dia, foi maior para os animais holandeses, seguido pelos mestiços e pelos animais Zebu. A digestibilidade total da MS não foi influenciada pelos grupos genéticos nem pelos níveis de uréia nas rações.

Palavras-chave: digestão total, ingestão, novilhos, mestiços, nitrogênio não-protéico

ABSTRACT

The effects of diet adaptation protocol by steers and of feeding four dietary urea levels (0, 0.65, 1.3, and 1.95%, dry matter - DM basis) on intake and total apparent digestibility of DM, organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), total carbohydrates (CHO), neutral detergent fiber (NDF), nonfiber carbohydrates (NFC) and total digestible nutrients intake (TDN) for Holstein, ½ Holstein-Guzera, ½ Holstein-Gir and Zebu steers were evaluated in this trial. The animals were assigned to four 4x4 latin squares (genetic groups): four animals, four experimental periods and four treatments (diets). The animals were fed diets (12% CP, with increasing urea levels) with 50% tifton-85 bermudagrass hay and concentrate. The first experimental period lasted 19 days, 13 days for adaptation and 6 days for feces collection. The possibility of reducing diet adaptation in the subsequent periods was investigated by evaluating daily DM intake in the adaptation period. The indigestible acid detergent fiber (FDAi) was used as marker of fecal dry matter flow. The adaptation to diets of the subsequent experimental periods was reduced by 10 days, because DM intake means, for each urea level, from 1st to 12th day of adaptation did not differ from the standard mean (13th day). The intake, expressed as kg/day, was higher for Holstein animals, followed by the crossbreds and Zebu. Total DM digestibility was affected nor by the genetic groups, neither by the dietary urea levels.

Key Words: intake, digestibility, genetic groups, steers, urea

Introdução

A alimentação corresponde à maior parcela dos custos de produção da carne bovina. Entre os nutrientes que compõem a ração, a proteína é o que possui custo relativo mais elevado (Velloso, 1984). Nesse sentido, a utilização da uréia como fonte de nitrogênio em rações para ruminantes tem sido vantajosa, tanto pela disponibilidade e concentração de nitrogênio quanto pelo baixo custo unitário de nitrogênio (Paulino et al., 1982), além de não causar decréscimo na produtividade ou aparecimento de problemas de saúde para dos animais (Huber, 1984).

De acordo com Josahkian (1999), 80% do rebanho bovino brasileiro possuem genes de raças de origem zebuína (Bos indicus), seja na forma de animais puros seja como produtos de cruzamentos. Portanto, estudos que apontem possíveis diferenças quanto à eficiência na utilização dos nutrientes entre os grupos genéticos assumem relevância quando se busca a implementação de sistemas eficientes de produção.

A ingestão de matéria seca (MS) é o fator mais importante na nutrição, pois estabelece as quantidades de nutrientes disponíveis para saúde e produção animal (NRC, 2001). Conrad et al. (1964) relatam que o controle do consumo de alimentos é explicados pelos mecanismos físico e fisiológico, enquanto Mertens (1994) afirma que a ingestão de MS também é controlada por fatores psicogênicos. Para este autor, o mecanismo físico se refere à distensão física do rúmen-retículo, o fisiológico, ao balanço energético e o psicogênico, à resposta comportamental do animal frente a fatores inibidores ou estimuladores no alimento, ou no manejo alimentar, que não está relacionado ao valor energético do alimento, nem ao efeito de enchimento.

Parte da variação na capacidade dos ruminantes de consumir alimentos tem como princípio a genética. estimação. As informações da literatura referentes ao consumo voluntário em diferentes grupos genéticos variam muito, em razão das diferenças nas condições experimentais, como dieta e clima, e são insuficientes no tocante às características do animal, como peso vivo e proporção do trato gastrointestinal (Weston, 1982).

Alves (2001) verificou diferenças para o consumo de MS, expresso em kg/dia e em % do peso vivo (PV), em animais cruzados ½Holandês-Gir, ½Holandês-Guzerá e puros Indubrasil na fase de recria (PV inicial médio de 257 kg) e relatou maior consumo de MS (kg/dia) para os animais ½Holandês-Guzerá (23,90 e 22,33% superior aos consumos dos ½Holandês-Gir e puros Indubrasil, respectivamente).

Feijó et al. (1997) avaliaram o efeito da substituição do farelo de soja (0, 50 e 100%) por uréia sobre o consumo de MS de bovinos F1 Pardo-Suíço x Nelore em confinamento, alimentados com silagens de milho ou sorgo à vontade e concentrado na proporção de 0,72% PV. O consumo de MS tendeu a ser menor à medida que o farelo de soja foi substituído por uréia (10,38; 10,15 e 10,00 kg/dia, respectivamente, para 0; 50 e 100% de uréia). Entretanto, Magalhães et al. (2002) alimentaram bovinos com grau de sangue variando de ½Holandês-Zebu até Holandês puro por cruza com 0; 0,65; 1,3 e 1,95% de uréia na MS (no último tratamento, a uréia substituiu em 100% o farelo de soja, com 65% de volumoso) e relataram que o consumo de MS não foi afetado pela inclusão de uréia no concentrado, observando-se consumo médio de 2,55% PV.

Hennessy et al. (1995) avaliaram o efeito da suplementação protéica com uréia, caseína e farelo de algodão em dietas com feno de baixa qualidade em animais de diferentes genótipos Bos taurus, Bos indicus e cruzados e não observaram diferença na digestibilidade da MS entre as dietas ou entre os grupos genéticos.

Este trabalho foi conduzido com o objetivo de determinar o tempo necessário para a adaptação às dietas e avaliar o efeito de quatro níveis de uréia na ração (0; 0,65; 1,3 e 1,95% na matéria seca [MS], sobre os consumos, as digestibilidades totais da MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHO), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não-fibrosos (CNF) e o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT), em novilhos Holandeses, ½Holandês-Guzerá, ½Holandês-Gir e puros Zebu.

Material e Métodos

O experimento foi conduzido nas dependências do Laboratório de Animais e no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG.

Foram utilizados 16 animais, castrados, de quatro grupos genéticos (Holandês, ½Holandês-Guzerá (½ Hol-Guz), ½Holandês-Gir (½Hol-Gir) e puros Zebu), sendoquatro animais de cada grupo, com peso vivo (PV) médio inicial de 330, 294, 289 e 198 kg, respectivamente, mantidos em regime de confinamento, em baias individuais cobertas, com piso de concreto revestido de borracha, com 3 x 3 m de área, dotadas de comedouros de alvenaria e bebedouros individuais. Os animais foram distribuídos em quatro quadrados latinos (representados pelos grupos genéticos) 4 x 4, constituídos de quatro animais, quatro períodos experimentais e quatro tratamentos (rações).

Os novilhos foram alimentados com feno de capim-tifton 85 (Cynodon spp) e concentrado, na relação 50:50. As rações continham aproximadamente 12% de PB, com níveis crescentes de uréia (0; 0,65; 1,3 e 1,95% na MS) e com 12,70; 24,96; 37,51 e 45,95% da PB na forma de compostos nitrogenados não-protéicos. As rações foram formuladas de acordo com o NRC (1996).

As proporções dos ingredientes dos concentrados são apresentadas na Tabela 1, a composição bromatológica dos concentrados e do feno, na Tabela 2, e a composição das rações, na Tabela 3.

O primeiro período experimental teve duração de 19 dias (13 dias de adaptação à dieta e seis para as coletas de fezes). Durante o período de adaptação, as sobras foram previamente recolhidas e pesadas todos os dias, para determinação do consumo diário de MS. A partir da avaliação do consumo diário de MS no período de adaptação, estudou-se a possibilidade de redução na adaptação às dietas nos períodos subsequentes. Os animais foram pesados ao início e ao final de cada período experimental.

Os alimentos foram fornecidos à vontade, uma vez ao dia, às 8 h, de modo a permitir 10% de sobras, que foram previamente recolhidas e pesadas diariamente durante o período de coletas, para determinação do consumo diário. Também foram realizadas amostras compostas do feno fornecido, dos concentrados, por tratamento, e das sobras, por animal em cada período. Todas as amostras foram devidamente armazenadas a -15ºC e, posteriormente, foram pré-secas em estufa ventilada a 55°C, processadas em moinho com peneira de malha de 1 mm e submetidas às análises laboratoriais.

A fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) foi utilizada como indicador interno para se estimar a produção fecal e determinar a digestibilidade aparente total dos nutrientes. As amostras de alimentos, sobras e fezes foram incubadas em sacos de ankom (filter bag 57) no rúmen, por um período de 144 horas, segundo adaptação da técnica descrita por Cochran et al. (1986), assumindo-se o resíduo como indigestível.

As coletas de fezes foram feitas diariamente, em seis dias consecutivos, com intervalos de 26 horas entre os dias, iniciando-se às 8 horas do dia 1 e terminando às 18 horas do dia 6. As amostras foram pré-secas em estufa de ventilação forçada a 55ºC, por 72-96 horas, processadas em moinho com peneira de 1 mm, elaborando-se uma amostra composta por animal por período, com base no peso seco de cada subamostra. As amostras compostas foram devidamente acondicionadas em recipientes de vidro e submetidas às análises laboratoriais.

As determinações de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), nitrogênio total, extrato etéreo (EE), fibra em detergente ácido (FDA) e lignina (LIG) foram realizadas conforme Silva & Queiroz (2002). Os teores de nitrogênio não-protéico (NNP), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) foram determinados conforme Licitra et al. (1996). O teor de fibra em detergente neutro (FDN) foi determinado de acordo com Pell & Schofield (1993), utilizando-se o método da autoclave, conforme descrição de Rennó et al. (2002). Além da determinação da FDN corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) nos alimentos, esse procedimento foi efetuado também nas amostras de sobras e fezes para os cálculos de consumo e para estimativa da digestibilidade total da FDN e dos CNF.

Os teores de carboidratos totais (CHO) foram obtidos pela equação: 100 - (%PB + %EE + %Cinzas) (Sniffen et al. 1992), enquanto os de carboidratos não-fibrosos (CNF), pela diferença entre CHO e FDNcp nos alimentos. A determinação dos teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) foi feita conforme recomendação do NRC (2001), a partir da equação: NDT= PBD + 2,25EED + FDND + CNFD, em que PBD é a PB digestível; EED, o EE digestível; FDND, a FDN digestível e CNFD, os CNF digestíveis. Os teores de NDT foram calculados pela relação entre os consumos de NDT e MS.

Os resultados foram interpretados estatisticamente por meio de análises de variância e regressão, utilizando-se o Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas SAEG – (UFV, 1995).

Os critérios adotados para escolha do modelo foram o fenômeno estudado, o coeficiente de determinação (r2, em %), calculado como a relação entre a soma de quadrado da regressão e a soma de quadrado de tratamento, e a significância dos coeficientes de regressão, aplicando-se o teste T, a 5% de probabilidade.

Os quatro quadrados latinos foram analisados em conjunto. Para comparação entre os grupos genéticos, foi efetuado o teste Tukey, a 5% de probabilidade.

A comparação do consumo diário de MS durante o primeiro período de adaptação às dietas foi realizada pelo teste de Dunnett, a 5% de probabilidade.

Resultados e Discussão

Constam na Tabela 4 as médias para os consumos de MS, expressos em kg/dia, em função dos dias do primeiro período experimental, para cada nível de uréia na ração. As médias, para cada nível de uréia utilizado, desde o 1º ao 12º dia do período de adaptação, não diferiram (P>0,05) da média-padrão (do 13° dia), sugerindo que pode ser utilizado menor período de adaptação para dietas com estes níveis de uréia. Segundo Huber & King (1981), a adaptação à uréia na dieta pode ocorrer de 14 a 42 dias, por meio do aumento gradativo do fornecimento da uréia na ração. Ressalta-se que, nesse estudo, o fornecimento da ração foi de forma completa, uma vez ao dia. Desse modo, a adaptação às dietas dos períodos experimentais subsequentes foi reduzida para 10 dias.

Na Tabela 5, são apresentados os consumos médios diários de MS, MO, PB, EE, CHO, FDN, CNF e NDT, expressos em quilogramas por dia (kg/dia), os consumos de FDN e NDT, expressos em porcentagem do peso vivo (% PV) e os respectivos coeficientes de variação, para os grupos genéticos; Holandês, ½Holandês-Guzerá, ½Holandês-Gir e Zebu.

Os consumos de MS, MO, PB, CHO, CNF e NDT, em kg/dia, dos animais holandeses não diferiu dos consumos do grupo Holandês-Guzerá (P>0,05), mas foram superiores (P<0,05) aos dos animais Holandês-Gir, que, por sua vez, não diferiram entre si (P>0,05). Por outro lado, os animais zebuínos apresentaram o menor consumo (P<0,05), ressaltando-se, no entanto, que o peso inicial desses animais foi inferior (198 kg) ao dos outros grupos genéticos, que apresentaram, respectivamente, 330, 294, 289, para os holandeses e os mestiços Holandês-Guzerá e Holandês-Gir, o que pode explicar, pelo menos em parte, o menor consumo de MS, em kg/dia, pelos zebuínos.

Gonçalves (1988) e Andrade (1992), em avaliação do consumo de MS por animais holandeses, mestiços Holandês-Zebu e zebuínos, verificaram que os Holandeses apresentaram o maior consumo, os mestiços, consumo intermediário (porém estatisticamente não diferente do consumo dos holandeses), e os zebuínos, o menor consumo. Estrada (1996) relatou que o consumo dos animais Nelore foi em média 25% inferior ao de três grupos de mestiços, enquanto Rodriguez et al. (1996) não encontraram diferença entre o consumo de MS, expresso em g/kg0,75 e em % do PV, de animais Nelore e holandeses.

Quanto ao consumo de EE, os animais holandeses não diferiram dos mestiços (P>0,05), mas foram superiores aos zebuínos (P<0,05).

Os consumos de FDN (em kg/dia), calculados com a FDNcp nos alimentos ou nos alimentos e nas sobras, foram superiores para os animais holandeses (P<0,05) e não diferiram entre os mestiços (P>0,05), mas foram superiores aos dos animais Zebu (P<0,05). Apenas para o consumo de FDN, em kg/dia, os animais holandeses diferiram dos Holandês-Guzerá.

O consumo de FDN, quando expresso em %PV, não diferiu entre os novilhos holandeses e mestiços (P>0,05), mas foi superior ao apresentado pelos zebuínos (P<0,05). O consumo do grupo Holandês-Gir foi semelhante ao do Zebu (P>0,05). Em virtude do consumo de FDNcp ter sido menor que 1,2% PV (Tabela 5), sugerido por Mertens (1992) como o valor partir do qual a ingestão de alimentos é controlada pelo efeito de enchimento no rúmen para vacas em lactação, pode-se inferir que o consumo de alimentos desse estudo, com dieta contendo 50% de volumoso, foi limitado pela demanda energética. Segundo Conrad et al. (1964), em dietas com digestibilidade inferior a 66%, os fatores físicos determinam a ingestão de alimentos, enquanto, no caso de dietas com digestibilidade superior a este percentual, a ingestão de matéria seca é controlada por fatores fisiológicos.

Os consumos entre os animais mestiços, em kg/dia ou %PV, não diferiram entre si (P>0,05), o que está de acordo com os obtidos por Andrade (1992), que descreveu consumos semelhantes de MS e MO, em g/kg0,75 para animais ½ e ¾Holandês-Zebu, e Fernandes (2001), que observou ingestões similares de MS (2,14%PV) entre animais mestiços Holandês-Zebu e Caracu-Zebu.

O consumo de NDT, expresso em % PV, não diferiu (P>0,05) entre os novilhos holandeses e mestiços (média de 1,65% PV), porém, foi superior (P<0,05) ao dos zebuínos (1,25% PV), o que possivelmente foi um reflexo do menor consumo de MS (kg/dia) por esses animais. A ingestão de NDT foi, em média, 24% maior para os animais holandeses e mestiços em relação aos zebuínos.

Quando foi avaliado o consumo de MS em % PV, houve interação entre grupos genéticos e níveis de uréia na ração, que será avaliada separadamente, conforme descrição na Tabela 7.

Os consumos médios diários de MS, MO, PB, EE, CHO, FDN, CNF e NDT, expressos em quilogramas por dia (kg/dia), os consumos de FDN e NDT, expressos em porcentagem do peso vivo (% PV), e as respectivas equações de regressão, para os níveis de uréia das dietas, podem ser visualizados na Tabela 6.

Não houve influência dos níveis de uréia nas rações sobre nenhum dos consumos estudados. Segundo Haddad (1984), o uso de uréia acima de 1,0% da MS da ração pode afetar a palatabilidade e reduzir o consumo de alimentos. Wilson et al. (1975), no entanto, avaliando o efeito dos níveis crescentes de uréia (1,0; 1,65; 2,30 e 3,0% na MS) em rações, fornecendo uréia via oral ou diretamente no rúmen, observaram que a uréia parece reduzir o consumo quando incluída na dieta em níveis acima de 2%. Salienta-se que nesse estudo, o nível mais alto de uréia foi de 1,95% da MS.

Magalhães et al. (2002), em estudo conduzido com bovinos com grau de sangue variando de ½ Holandês-Zebu até Holandês puro por cruza, com os mesmos níveis de uréia na MS e 65% de volumoso (composto por 70% de silagem de milho e 30% de silagem de capim-elefante), relataram que o consumo de MS não foi afetado pela inclusão de uréia no concentrado.

Similarmente, Ferreira et al. (1996) forneceram dieta contendo 70% de volumoso (silagem de milho e cana-de-açúcar na proporção de 77:23 na MS), com diferentes níveis de substituição do farelo de algodão pela uréia (0; 8,14; 16,73 e 25,7% na ração) para novilhos Holandês-Zebu e Seixas et al. (1999) submeteram bovinos cruzados (Bos taurus x Bos indicus) a dietas contendo 63% de silagem de milho (13% de PB) e três concentrados protéicos (à base de farelo de algodão, uréia [1,3% na MS] ou amiréia) e constataram que a utilização de uréia não promoveu alteração no consumo de MS ou PB. No entanto, Feijó et al. (1997) e Silva et al. (1997), ao avaliarem o efeito da substituição do farelo de soja (0, 50 e 100%) por uréia em dietas para bovinos F1 Pardo-Suíço-Nelore e Nelore, respectivamente, relataram tendência de queda no consumo de MS após a adição de uréia.

As médias e equações de regressão para o consumo de MS, expresso em % PV, encontram-se na Tabela 7. Houve interação de níveis de uréia e grupos genéticos (P<0,05). Os grupos genéticos apresentaram diferentes comportamentos para cada nível de uréia. De maneira geral, houve tendência de menor consumo para os animais Zebu, em relação aos demais grupos genéticos, para os níveis 0; 0,65 e 1,3% de uréia na MS. Ressalta-se que, para o maior nível de uréia na ração (1,95% na MS), os animais zebuínos apresentaram o menor (P<0,05) consumo de MS (1,22% PV), em relação aos demais grupos, que não diferiram entre si (P>0,05).

Dentro dos grupos genéticos Holandês, ½Holandês-Guzerá e ½Holandês-Gir, a inclusão de níveis crescentes de uréia não influenciou o consumo de MS, com médias de 2,42; 2,35 e 2,20 %PV, para os respectivos grupos genéticos. Somente para o grupo Zebu, o consumo de MS em %PV, foi afetado de forma linear decrescente pela inclusão de uréia (P<0,01).

Portanto, pode-se inferir maior sensibilidade dos zebuínos à inclusão, sobretudo para o nível mais elevado de uréia na dieta, confirmando a informação de Paulino (1999) de que o grau de sangue dos animais é uma importante variável a ser avaliada na utilização da uréia e que, em animais zebuínos, o controle de consumo pela uréia é mais efetivo (Paulino et al., 1983)que em animais mestiços leiteiros.

Ressalta-se que o consumo de MS expresso em %PV consiste em importante unidade de mensuração do consumo em animais, pois viabiliza a comparação consistente entre experimentos. Neste estudo, o consumo dos animais (fistulados) dos grupos ½Holandês-Guzerá e ½Holandês-Gir foi de 2,35 e 2,20%PV, respectivamente, semelhante ao relatado por Alves (2001), de 2,3l e 2,25%PV, em novilhos dos mesmos grupos genéticos, mesma procedência, confinados com PV inicial semelhante aos desse estudo.

O consumo dos animais zebuínos (1,87% PV) para os três primeiros níveis de uréia (0; 0,65 e 1,3% MS) foi próximo do registrado em outros experimentos com animais zebuínos fistulados, como os de Carvalho et al. (1997) e Ladeira et al. (1999), que avaliaram diferentes níveis inclusão de concentrado nas dietas e relataram médias de 1,80 e 1,99% PV, respectivamente; Valadares et al. (1997), que trabalharam com níveis de PB na ração e encontraram média de 1,80%PV; Ítavo et al. (2002) que, com os mesmos animais utilizados neste experimento, estudaram os níveis de concentrado na dieta e descreveram média de 2,01%PV.

Na Tabela 8, são apresentados os coeficientes de digestibilidade totais da MS, MO, PB, EE, CHO, FDN e CNF e os respectivos coeficientes de variação, para os grupos genéticos Holandês, ½Holandês-Guzerá, ½Holandês-Gir e Zebu.

O coeficiente de digestibilidade da MS não diferiu (P>0,05) entre os grupos genéticos, apesar das diferentes ingestões de MS observadas (Tabela 5). Vários pesquisadores que conduziram ensaios de digestibilidade, como Garcia (1982), Gonçalves (1988), Hennessy et al. (1995), Estrada (1996) e Fernandes (2001), observaram não haver diferenças entre grupos genéticos para a digestão da MS. No entanto, Andrade (1992), Oliveira et al. (1994) e Rodriguez et al. (1997) registraram comportamentos distintos para a digestão total da MS por diferentes grupos genéticos.

As digestibilidades totais da MO, PB, CHO, FDN, FDNcp e CNFcp não diferiram entre os grupos genéticos (P>0,05), como observado para a digestão da MS. A digestibilidade total do EE e dos CNF, no entanto, apresentou diferença (P<0,05) entre os grupos genéticos, com o maior valor de EE para o grupo Holandês-Gir e o menor para o grupo Holandês. A digestibilidade dos CNF não diferiu (P>0,05) à dos novilhos Holandês-Gir e Zebu e foi superior (P<0,05) à dos novilhos Holandês-Guzerá, enquanto a dos Holandeses situou-se em condição intermediária.

As médias, equações de regressão e os coeficientes de determinação das digestibilidades totais da MS, MO, PB, EE, CHO, FDN e CNF, em função dos níveis de uréia, são apresentadas na Tabela 9. Com exceção da digestibilidade dos CNFcp, que apresentou comportamento linear decrescente em função dos teores de uréia da dieta, as demais variáveis não foram influenciadas pelos tratamentos, o que pode ser atribuído ao fato de o consumo de MS e de nutrientes não ter sido influenciado pelo aumento do nível de uréia na dieta.

Ao avaliar a suplementação protéica com uréia, caseína e farelo de algodão em dietas contendo feno de baixa qualidade, Hennessy et al. (1995) relataram que a suplementação não influenciou a digestibilidade total da MS.

Em estudo com novilhos alimentados com 50% de feno, submetidos à infusão contínua com uréia (0,4 ou 1,2% da MS), Firkins et al. (1987) afirmaram que a digestão total da MO e da FDN não foi influenciada pelos níveis de uréia, apresentando médias de 67,30 e 51,90%, respectivamente, próxima às encontradas neste trabalho.

Conclusões

O consumo de MS e dos nutrientes foi maior para os animais holandeses, seguidos pelos mestiços e zebuínos.

A digestibilidade total da MS não foi influenciada pelos grupos genéticos nem pelos níveis de uréia nas rações.

Literatura Citada

Recebido em: 10/05/04

Aceito em: 11/05/05

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  • 1
    Parte da Tese de Doutorado do primeiro autor, parcialmente financiada pela FAPEMIG.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Nov 2005
    • Data do Fascículo
      Out 2005

    Histórico

    • Aceito
      11 Maio 2005
    • Recebido
      10 Maio 2004
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