Avaliaram-se os consumos, as digestibilidades ruminal e intestinal e as taxas de passagem e de digestão de nutrientes em bovinos alimentados com dietas constituídas de silagem de milho, cana-de-açúcar triturada e fornecida in natura, cana triturada e ofertada após 72 horas de armazenamento, cana-de-açúcar ensilada com 1 % de cal e sem tratamento e um mesmo concentrado fixado em 1% do peso corporal. Todos os volumosos foram corrigidos com ureia/sulfato de amônio para conterem 10% de proteína bruta. Utilizaram-se cinco bovinos fistulados no rúmen, com peso médio de 240 kg ± 15 kg, distribuídos em um quadrado latino 5 × 5. Foram realizadas coletas totais de fezes, abomasal e dois esvaziamentos pela manhã. Os animais alimentados com dietas à base de silagem de milho apresentaram maiores digestibilidades ruminal da proteína e intestinal do extrato etéreo, taxas de ingestão, passagem e de digestão da matéria seca, justificando os maiores consumos de matéria seca e fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp). As maiores taxas de passagem nos animais alimentados com dietas à base de cana-de-açúcar in natura justificam os maiores consumos de matéria seca e FDNcp em relação ao observado com o fornecimento de silagens de cana-de-açúcar. Animais consumindo dietas contendo silagem de milho apresentam maiores taxas de passagem da matéria seca e digestão da FDNcp. Dietas contendo cana-de-açúcar in natura, armazenada ou não, favorecem o consumo e a taxa de passagem da matéria seca, em relação a dietas com cana ensilada. O uso de cal na ensilagem não melhora a digestibilidade dos nutrientes nem a taxa de passagem da dieta. A cana-de-açúcar armazenada por 72 horas possui características digestíveis semelhantes às da cana-de-açúcar in natura.
consumo; digestão; FDN; matéria seca; ruminantes; taxa de passagem
