Acessibilidade / Reportar erro

Pimelodus paranaensis, sp. n., um novo Pimelodidae (Pisces, Siluriformes) do Alto Paraná, Brasil

Resumos

Descreve-se Pimelodus paranaensis, sp. n., da bacia do Alto Paraná, Brasil, com base em 20 exemplares. A nova espécie pode ser assim diagnosticada: (i) dentes presentes e formando duas áreas isoladas no vômer; (ii) faixa pré-maxilar de dentes com um ângulo projetado para trás; (iii) teto do crânio coberto por pele fina; (iv) comprimento da nadadeira adiposa 3,9 a 4,3 vezes no comprimento padrão; (v) a maior altura da nadadeira adiposa 3,1 a 4.3 vezes no seu comprimento; (vi) região dorsal do corpo de cor castanha com pequenas manchas arredondadas, castanho-escuras. Apesar de possuir dentes vomerianos como em Pimelodus albicans, e como em certos exemplares de P. clarias (sensu Eigenmann & Eigenmann, 1890), achamos que as verdadeiras relações desta nova espécie e sua situação genérica só poderão ser estabelecidas após uma nova boa revisão do grupo.


Pimelodus paranaensis, n. sp., from the Upper Paraná basin, is described on the basis of 20 specimens. The new species can be diagnosed as follows: (1) teeth present and forming two isolated on the vomer; (2) premaxillary band of teeth with a backward projecting angle; (3) top of head covered with thin layer of skin; (4) adipose fin basis 3,9 to 4.6 in standard length; (5) greatest depth of adipose fin 3.1 to 4.3 in its length, (6) dark spots along the dorsum. In spite of having teeth on the vomer as Pimelodus albicans, and as some specimens of P. clarias (sensu Eigenmann & Eigenmann, 1890) and in being similar to Bagropsis reinhardti in many respects, we feel that the true relationships and the generic status of the new species can be established only after a thorough revision of the group.


Pimelodus paranaensis, sp. n., um novo Pimelodidae (Pisces, Siluriformes) do Alto Paraná, Brasil

Heraldo A Britski; Francisco Langeani

Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. São Paulo, SP. Bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq / MCT)

RESUMO

Descreve-se Pimelodus paranaensis, sp. n., da bacia do Alto Paraná, Brasil, com base em 20 exemplares. A nova espécie pode ser assim diagnosticada: (i) dentes presentes e formando duas áreas isoladas no vômer; (ii) faixa pré-maxilar de dentes com um ângulo projetado para trás; (iii) teto do crânio coberto por pele fina; (iv) comprimento da nadadeira adiposa 3,9 a 4,3 vezes no comprimento padrão; (v) a maior altura da nadadeira adiposa 3,1 a 4.3 vezes no seu comprimento; (vi) região dorsal do corpo de cor castanha com pequenas manchas arredondadas, castanho-escuras. Apesar de possuir dentes vomerianos como em Pimelodus albicans, e como em certos exemplares de P. clarias (sensu Eigenmann & Eigenmann, 1890), achamos que as verdadeiras relações desta nova espécie e sua situação genérica só poderão ser estabelecidas após uma nova boa revisão do grupo.

ABSTRACT

Pimelodus paranaensis, n. sp., from the Upper Paraná basin, is described on the basis of 20 specimens. The new species can be diagnosed as follows: (1) teeth present and forming two isolated on the vomer; (2) premaxillary band of teeth with a backward projecting angle; (3) top of head covered with thin layer of skin; (4) adipose fin basis 3,9 to 4.6 in standard length; (5) greatest depth of adipose fin 3.1 to 4.3 in its length, (6) dark spots along the dorsum. In spite of having teeth on the vomer as Pimelodus albicans, and as some specimens of P. clarias (sensu Eigenmann & Eigenmann, 1890) and in being similar to Bagropsis reinhardti in many respects, we feel that the true relationships and the generic status of the new species can be established only after a thorough revision of the group.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Orlando Moreira Filho, da Universidade Federal de São Carlos pela execução dos serviços de fotografia e a Ricardo Macedo Correa e Castro, da F.F.C.L. Ribeirão Preto-USP que leu os originais, fez uma série de sugestões, e procedeu os cálculos de regressão linear expressos na tabela 2.

  • Borodin, N.A., 1927. Pimelodus platicirris, new species, and other notes on Brasilian catfishes. Amer. Mus. Novitates, No. 271, 4 pp.
  • Britski, H.A., 1972. Peixes de água doce do Estado de São Paulo, in Poluição e Piscicultura. Ed Comiss. Interest. Bacia Paraná-Uruguai, São Paulo:79-108.
  • Eigenmann, C. H. & R. S. Eigenmann, 1890. A revision of the South American Nematognathi or Cat-fishes. Occ. Pap. Califórnia Acad. Sci. 1:1-508, 1 mapa.
  • Mees, G.F., 1974. The Auchenipteridae and Pimelodidae of Suriname (Pisces, Nematognathi). Zool. Verhand., No. 132, 256 pp., 41 figs., 15 pls.
  • Ribeiro, A. de M., 1918. Lista dos peixes brasileiros do Museu Paulista (1a parte). Rev. Mus. Paulista 10:705-736.
  • Ringuelet, R.A., 1975. Zoogeografia y ecologia de los peces de aguas continentales de la Argentina y consideraciones sobre las areas ictiológicas de América del Sur. Ecosur 2(3):1-22.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Ago 2009
  • Data do Fascículo
    1988
Sociedade Brasileira de Zoologia Caixa Postal 19020, 81531-980 Curitiba PR Brasil, Tel./Fax: +55 41 3266-6823, - Curitiba - PR - Brazil
E-mail: sbz@bio.ufpr.br