Estudos realizados dentro de um grande projeto financiado pela Academia Brasileira de Ciências na década de 1970 concluíram que a fauna de pequenos mamíferos da região semiárida da Caatinga do Brasil é empobrecida e altamente restrita a afloramentos graníticos mésicos devido à falta de capacidades fisiológicas para a conservação de água das suas espécies. Este trabalho enfoca a abundância de pequenos mamíferos em cinco habitats típicos da Caatinga. A análise indireta de gradiente mostra que três variáveis ambientais teóricas explicam a maior parte da variância presente na matriz de abundâncias da comunidade. A análise direta de gradiente mostra que nenhuma dessas variáveis está altamente correlacionada à disponibilidade de afloramentos graníticos. Nossos dados também sugerem que a abundância na Caatinga não é particularmente baixa quando comparada a biomas vizinhos e que os fatores subjacentes ao uso do habitat pelos pequenos mamíferos da Caatinga é mais complexo do que previamente suposto.
Adaptabilidade; análise de gradiente; eletividade; riqueza; sucesso de captura
