RESUMO
Ultimamente, no mercado de alimentos vem crescendo a demanda por produtos provenientes da agricultura orgânica. O Brasil lidera a produção de cachaça e produz cerca de 1,6 bilhões de litros/ano. Para a melhoria do produto, tem-se buscado novas tecnologias em toda a cadeia produtiva e utilizado matéria-prima orgânica na produção de cana-de-açúcar para a obtenção da bebida. O presente trabalho teve por objetivos traçar o perfil físico-químico e cromatográfico de onze amostras de cachaça orgânica provenientes de alguns estados brasileiros. Foram identificados e quantificados os componentes secundários e contaminantes por meio das análises físico-químicas, cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e análises cromatográficas em fase gasosa (CG). Pelos resultados encontrados observou-se um percentual significativo das cachaças orgânicas pesquisadas, onde estas apresentaram parâmetros fora dos limites exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), sendo encontrado valores inadequados de 18,20% para ésteres, 9,10% para cobre e extrato seco. Esta contaminação é acarretada pela má condução durante o processo pelos produtores, onde não estão observando as boas práticas de fabricação determinadas e/ou normatizadas pela legislação brasileira.
Palavras-chave:
Identificação; Quantificação; Compostos voláteis; Carbamato de etila
